Na essência e acerca dos pontos de protesto referenciados, tenho a dizer:
- o facto das motos pagarem o mesmo que os automóveis nas portagens;
Completamente de acordo. Não faz nem tem qualquer sentido que uma moto, pelas suas características, peso, dimensões, capacidade e nº ocupantes, pagar o mesmo que um veículo que por exemplo, transporte 7 passageiros, como um monovolume (ao qual se abriu a excepção, por interesses económicos e favores à AutoEuropa, de estar incluido na classe 1). Os 30% de desconto com a VV é um rebuçadinho amargo e que serve para calar a boca, mas que no fundo não traduz a justiça monetária do pagamento da diferença entre uma moto e um ligeiro de classe 1... e não é extensível a 100% das vias portajadas.
- os valores e formulas de calculo do imposto único circulação (IUC);
Concordo que a tabela de valores de IUC para motos está obsoleta (tem mais de 25 anos), está estagnada (só altera valores em função da inflação, mas omite a actualização dos escalões por antiguidade) e está desfasada da realidade actual do mercado e parque motociclístico. No entanto, parem de dizer que mesmo uma moto de escalão mais alto é um veículo de "luxo"... pois se assim se pode considerar, comparando com os automóveis ligeiros pré 07/2007, para os automóveis posteriores a esta data (que já são a maioria nas nossas estradas), não tem qualquer sentido. Um utilitário de 4 rodas, de baixa cilindrada paga o mesmo ou mais que uma moto no escalão mais alto.
Também desconfio que quando se mexer na coisa, não será para facilitar (a velha história de dar com uma mão mas tirar com a outra)... e certamente as motos mais recentes e de cilindradas maiores levarão um exponencial aumento de IUC, em detrimento da actualização dos valores para as motos mais antigas (ou eventualmente as respectivas isenções).
- o exorbitante imposto sobre combustíveis;
Esta questão passa pela unidade nacional e não somente pela reclamação de um nicho, como são os motociclistas... e especialmente de quem tem mais poder e peso nesta matéria (como disse o midnight), como são em empresas de transportes, camionagem, logística, fornecimento de bens, taxis, transportes públicos, bombeiros, etc... Acredito que se houvesse inicialmente uma mobilização nacional destes, a restante sociedade iria aderir por efeito "bola de neve". Temos o recente exemplo francês.
Uma manifestação pouco expressiva sobre este assunto, apenas da parte de um grupo como sejam os motociclistas, será apenas e só uma gota no oceano e o efeito será praticamente invisível.
- a politica de prevenção rodoviária que só se traduz na caça à multa;
Sobre este tema, acho que há aqui uma clara incongruência.
Claro que há excesso de zelo das autoridades, em determinadas situações, mas que acabam a ser esporádicas e isoladas. Aqui a coisa passa também por entender a postura do "quem não deve , não teme".
Todos nós sabemos quando infringimos, porque infringimos e ao que estamos sujeitos. Achar que a punição é caça, quando a coisa passa também pelo respeito das normas vigentes, é assunto do foro individual de cada um. E subverter essa questão, acho pouco sustentado ou razoável.
Agora, se concordo com melhor prevenção, formação e educação, com vista a melhor estatísticas negativas? Claro que sim. A par da criação de mais e melhores condições de segurança nas vias, sinalização, etc... Mas que isso não seja o mote para reclamar das muitas punições por autêntico e deliberado desrespeito às normas vigentes.
Eu também infrinjo (e não é pouco)... mas sei quais as consequências que daí podem advir.
- o facto das motos pagarem o mesmo que os automóveis nas portagens;
Completamente de acordo. Não faz nem tem qualquer sentido que uma moto, pelas suas características, peso, dimensões, capacidade e nº ocupantes, pagar o mesmo que um veículo que por exemplo, transporte 7 passageiros, como um monovolume (ao qual se abriu a excepção, por interesses económicos e favores à AutoEuropa, de estar incluido na classe 1). Os 30% de desconto com a VV é um rebuçadinho amargo e que serve para calar a boca, mas que no fundo não traduz a justiça monetária do pagamento da diferença entre uma moto e um ligeiro de classe 1... e não é extensível a 100% das vias portajadas.
- os valores e formulas de calculo do imposto único circulação (IUC);
Concordo que a tabela de valores de IUC para motos está obsoleta (tem mais de 25 anos), está estagnada (só altera valores em função da inflação, mas omite a actualização dos escalões por antiguidade) e está desfasada da realidade actual do mercado e parque motociclístico. No entanto, parem de dizer que mesmo uma moto de escalão mais alto é um veículo de "luxo"... pois se assim se pode considerar, comparando com os automóveis ligeiros pré 07/2007, para os automóveis posteriores a esta data (que já são a maioria nas nossas estradas), não tem qualquer sentido. Um utilitário de 4 rodas, de baixa cilindrada paga o mesmo ou mais que uma moto no escalão mais alto.
Também desconfio que quando se mexer na coisa, não será para facilitar (a velha história de dar com uma mão mas tirar com a outra)... e certamente as motos mais recentes e de cilindradas maiores levarão um exponencial aumento de IUC, em detrimento da actualização dos valores para as motos mais antigas (ou eventualmente as respectivas isenções).
- o exorbitante imposto sobre combustíveis;
Esta questão passa pela unidade nacional e não somente pela reclamação de um nicho, como são os motociclistas... e especialmente de quem tem mais poder e peso nesta matéria (como disse o midnight), como são em empresas de transportes, camionagem, logística, fornecimento de bens, taxis, transportes públicos, bombeiros, etc... Acredito que se houvesse inicialmente uma mobilização nacional destes, a restante sociedade iria aderir por efeito "bola de neve". Temos o recente exemplo francês.
Uma manifestação pouco expressiva sobre este assunto, apenas da parte de um grupo como sejam os motociclistas, será apenas e só uma gota no oceano e o efeito será praticamente invisível.
- a politica de prevenção rodoviária que só se traduz na caça à multa;
Sobre este tema, acho que há aqui uma clara incongruência.
Claro que há excesso de zelo das autoridades, em determinadas situações, mas que acabam a ser esporádicas e isoladas. Aqui a coisa passa também por entender a postura do "quem não deve , não teme".
Todos nós sabemos quando infringimos, porque infringimos e ao que estamos sujeitos. Achar que a punição é caça, quando a coisa passa também pelo respeito das normas vigentes, é assunto do foro individual de cada um. E subverter essa questão, acho pouco sustentado ou razoável.
Agora, se concordo com melhor prevenção, formação e educação, com vista a melhor estatísticas negativas? Claro que sim. A par da criação de mais e melhores condições de segurança nas vias, sinalização, etc... Mas que isso não seja o mote para reclamar das muitas punições por autêntico e deliberado desrespeito às normas vigentes.
Eu também infrinjo (e não é pouco)... mas sei quais as consequências que daí podem advir.