(29-10-2015 às 13:32)OFFICER Escreveu: Fui buscar precisamente ao manual dela. Não aos manuais espalhados por essa net fora que pouca informação têm. A Yamaha nisso é boa, mesmo para motas velhas, disponibiliza manuais.
Mas está lá a graduação que referes, mas não só. Aliás, há manuais que referem o 20W40 apenas para o verão, além de que esse óleo era mineral.
![[Imagem: gfH4b9a.jpg]](http://i.imgur.com/gfH4b9a.jpg)
Como podes ver, vai desde os 10W30 aos 20W50.
Olá boas... Peço desculpa pela ausência mas imperativos chatos familiares têm-me dado cabo da cabeça...
Ora, o problema todo está em "interpretar" essa tabela de Lubrificantes da marca... Pois terás de pegar nela e adequares a muita coisa... Por exemplo, tipo de pilotagem, clima dominante, se rodas mais em cidade ou fora dela, etc...
Em termos gerais, há aspectos desde logo a que não deves fugir... Por exemplo, o API SG e "acima"... Nem deveria aparecer... Pois, abaixo de um API SJ em meu entender, não trás benefícios acrescentados, para além de que a tecnologia de desenvolvimento desses tempos vetustos está largamente ultrapassada...
Um "30" (tradução do lado direito da fórmula multigrade) é fraquinho para Portugal, se atendermos ao motor específico refrigerado a ar e logo um 4 cilindros em linha... Apesar de relativamente pouco potente, aquece e bem... "Funciona", pode ser usado mas em meu entender apenas em desenrascanços... Pessoalmente, o mínimo um 40W... O lado esquerdo, o "10W" (W = Winter) para o motor em causa, não se justifica (encarece o produto)... O que conta é uma fórmula multigrada equilibrada para as várias variáveis... Entre um SAE 15W-40 e um SAE 20W-50 há muita coisa por onde escolher...
Não estiques muito a fórmula multigrade do produto a usar, por exemplo um SAE 10W-50... Pagas muito mais e nem por isso é mais "útil"... Acresce que um dos factores que mais coloca em causa a fiabilidade é o sobreaquecimento (que destrói os polímeros) e tal pode eventualmente (depende também de muitos factores) claudicar a lubrificiência (capacidade de cumprir com as especificações de performance) mínima requerida...
Já quanto à "Precaução", não conta a história toda... É que aditivos anti-fricção todos contêm... A questão está na quantidade e na capacidade de cumprir a especificação anunciada em toda a faixa multigrade (IV = Índice de Viscosidade). Quanto menor a variação da fórmula multigrada, menores quantidades de aditivos anti-fricção serão usados... E quanto maior a temperatura "Winter" (a frio), igualmente menos aditivação será necessária... Ou seja, um lubrificante 100% sintético com alto nível de IV, por exemplo um PAO (com base em polialfaolefina) e reduzida diferença multigrade (ex: SAE 15W-40) será supostamente mais "equilibrado" que um 100% sintético com ainda maior IV, de base éster, mas com maior diferença multigrade (ex: SAE 10W-60)...
Uma coisa que ninguém adianta é esse "equilíbrio" do produto final... Isto é, o conceito de fórmula usado é muito importante... Aspectos fundamentais tidos em conta na competição por exemplo (onde as performances são testadas ao limite), tais como a evaporação, consumos ou resistência do filme lubrificante a toda a "exagerada" dose de necessidade-limite, devem ser bom motivo de escolha... Infelizmente, a maioria dos fabricantes prefere "mais valias" especuladoras do que um preço final justo e comprovado tecnologicamente...
Posso garantir que a antiga gama API SJ Galp Moto Action que testei em competição, era de base em PAO e muitíssimo equilibrada! O 100% sintético S4T e o semi-sintético (ou sintético como agora é moda dizer-se) MS4T eram excelentes nesse aspecto!!! Para o diferencial de preço, o MS4T provou ser um produto fantástico e referencial! Mas na época (2000 a 2002) não podia dizer isso, eheheheh...
Raros minerais para motos SAE 20W-40 encontras no mercado... O antigo Moto Action da gama API SJ (pnúltima creio eu) era excelente...
Acresce que o averbamento da especificação JASO T903 (que data de 1998 e vem sendo evoluída) averba a capacidade do produto não interferir com as embraiagens (quando a lubrificação é conjunta com a do motor) mas não conta a história toda, pois tem uma importante função "paralela" de "prevenção na despolimeração" do lubrificante, pela acção das caixas de velocidade (engrenagens)... Pois, o deslizamento das embraiagens (em banho de óleo), pode resultar também do esmagamento precoce dos polímeros devido ao trabalho das caixas (e do sobreaquecimento consequente) e tal irá comprometer a lubrificação das embraiagens também... Ora isso gera um círculo vicioso em que toda a parte térmica fica ou pode ficar em risco...
https://www.lubrizol.com/MCEO/Spec-Check...troke.html