[FerroH]

Quickshifter? Se algum dia chegar a uma desportiva relativamente moderna e a usar em circuito ou uma dragster das a sério, fora isso não faz sentido.

Mas já usaste alguma vez, destes modernos, com up&down, para teres termo comparativo, ou é só porque sim?

Boas;
FerroH, não, ainda não usei plenamente um quickshifter a sério. Ainda não me sinto sequer à vontade para o fazer a ponto de notar que consigo ser mais rápido. Eu sei que as passagens são mais rápidas, mas para quê quando se anda em estrada e se tem ou pelo menos tento manter uma certa margem de segurança.
Acredito que, no fim de mudar o meu chip no cérebro, consigo ir buscar algum tempo numa tentativa de volta rápida em circuito. Mas como há tanto tempo que não consigo lá meter os cotos...

Antes de passar para mim, conhecendo-te, sabendo que és mais velho do que eu, que já experimentastes coisas que me deixam roído de inveja, deixo-te os seguintes situações:
- na HD Evolution, como é que se passa de caixa rapidamente? Não dá, tudo tem aquele tempo, aquela rotação certa em que elas entram que nem seda. Não vale a pena inventar sob o risco de fazer cagada e com um resultado ainda mais lento do que se tentasse fazer normalmente. Deixa a mudança entrar e depois o motor faz o seu trabalho;
- na Ducati, uma máquina diferente, performante, mas com uma caixa precisa mas dura que necessita de decisão e quando isso acontece dá para sentir que se está a fazer como deve de ser;
- na GSXR marreca, uma referência a nível de robustez, nota-se a inércia daquele motor e caixa, mas sabe-se que está lá para tudo sem partir.

Estes são apenas 3 exemplos que eu sei que conheces muito bem. Tu ainda vens dum tempo em que se ensinava que a caixa era para tratar bem, para cuidar, mesmo sabendo que ela resiste-

Passando para 3 exemplos meus:
- a TDM, tem uma caixa precisa, mas dura como cornos, o motor tem sede de rotação, para fazer as coisas bem tem que ser naquele tempo certo;
- a VMax, um motor a sério, mas pesado, tal como a caixa, para funcionar bem precisa de calma e decisão para não fazer asneira, um pouco como a HD que acima referi, mas com mais margem de rotação e que transmite mais confiança;
- a R1 velha, precisa, sempre a funcionar bem, mesmo em rotações já mais altas. Aceita tudo, mas há-de haver um dia que vai mostrar cicatrizes e correspondente factura. Se perguntarem se é mais robusta que a da "marreca" sabes qual a resposta, não sabes?

Decididamente, para uso civil prescindo totalmente do sistema.

Boas Johnny_1056,

Não fui eu que te fiz a pergunta "neste post" sobre o quickshifter, eu já tinha dito antes que dispenso isso, mesmo.

Naturalmente para quem gosta do quickshifter.. usem a vontade!

E sim, esses são apenas 3 exemplos que conheço muito bem, sem duvida alguma.
No entanto e felizmente há muitos mais modelos tb conheço bem.

Sim sou mais velho que tu e neste "nosso" Mundo que são as Motos, já são realmente muitos consecutivos de motos, já tive muitas a já andei com tudo de um pouco... nisso não tenham pena de mim porque já irei de barriga bem cheia..........

Quanto a esses teus 3 exemplos, tb conheço muito bem e entendo perfeitamente a tua explicação.

E sim sei qual é a resposta...

Abraço

[LoneRider]

Eu nunca andei numa mota com
Quick Shift.
Pelo que tenho lido e pelo que tenho percebido as sensações são em tudo semelhantes ao DTC das Honda. (já sei que haverá pessoas a descabelar-se com isto)
É correto quando se diz que a entrega do motor é mais linear e que este em conjunto com uma embraiagem deslizante é possível aproveitar a chicha do motor. Mas, se não houver controle de travão motor electrónico, em down shift continua a haver "desiquilibrio" de massas.
É óbvio que torna a coisa mais confortável em estrada mas é no circuito onde ele se sente em casa.

Este sistema, dentro do tráfico caótico da cidade, onde rodas a rotações baixas e com constantes chamadas à toma de força é inservivel (nisto o DTC ganha aos pontos).

Eu ando diariamente com um veículo de caixa automática, que comparativamente com uma caixa manual é muito mais económica, fiável e confortável, mas que filtra toda e qualquer sensação gerada pelo binário de uma tomada de força.

Yep, sou um romântico.

Para mim, pouco me convence se deixo de ter as sensações de um sistema convencional.
Trabalhar a embraiagem cria fadiga e é mais lento, mas mantém o filho da truta do sorriso.
Quando experimentar o Quick Shift, deve estar para breve, logo digo se se confirma o tédio previsto ou não...

[dmanteigas]

Não tem praticamente nada a ver como DCT da Honda. O DCT funciona independentemente das rotações e se for 100% automático permite acelerar sem sequer haver recurso a uma caixa de velocidades. Podes alterar na manualmente na manete esquerda a velocidade e aí talvez tenha algumas similaridades. Mas não confundir os propósitos: quickshifter=condução desportiva / DCT=condução citadina

[Fz1000]

A R1 por exemplo tem 2 modos de QS, o 1 para mudanças em ritmo elevado, aka, altas rotações, e o 2, para cidade, aka baixas.

[Johnny_1056]

A R1 por exemplo tem 2 modos de QS, o 1 para mudanças em ritmo elevado, aka, altas rotações, e o 2, para cidade, aka baixas.

Boas;
E quantas vezes já a meteste numa pista?
Quanto tempo consegues cortar por passagem de caixa?

[LoneRider]

Olha pá.
O DCT existe porque existe uma caixa de velocidades.
O objectivo é uma transmissão de binário o mais linear possível.
Até aqui tanto o Quick Shitf como o DCT correm paralelos, buscam o mesmo propósito por caminhos diferentes.
Devo recordar que o DTC foi desenvolvido inicialmente para ser aplicado numa mota com muitos argumentos desportivos e até tenho gente conhecida que as levou aos Circuitos e não ficou para trás!

Nao estava a comparar, mas sendo consciente que ambos buscam uma transmissão o mais linear possível da força, utilizei o exemplo do DTC como ponto de referência para te dizer, especialmente a ti, que entendo o que queres dizer, é correcto boa parte do teu raciocínio mas mesmo assim, porque gosto, vou preferir os sistemas convencionais.

[Fz1000]

A R1 por exemplo tem 2 modos de QS, o 1 para mudanças em ritmo elevado, aka, altas rotações, e o 2, para cidade, aka baixas.

Boas;
E quantas vezes já a meteste numa pista?
Quanto tempo consegues cortar por passagem de caixa?

Em pista 0.
O que é irrelevante para o que se está a falar. Por razões que já foram expostas.

Não quer dizer que não explore a mota, e quem me conhece sabe que o faço, dando utilidade a todos os modos de condução disponíveis.

[LoneRider]

Para isso é preciso perceber mais de informática e menos de motos....

[dmanteigas]

Olha pá.
O DCT existe porque existe uma caixa de velocidades.
O objectivo é uma transmissão de binário o mais linear possível.
Até aqui tanto o Quick Shitf como o DCT correm paralelos, buscam o mesmo propósito por caminhos diferentes.
Devo recordar que o DTC foi desenvolvido inicialmente para ser aplicado numa mota com muitos argumentos desportivos e até tenho gente conhecida que as levou aos Circuitos e não ficou para trás!

Nao estava a comparar, mas sendo consciente que ambos buscam uma transmissão o mais linear possível da força, utilizei o exemplo do DTC como ponto de referência para te dizer, especialmente a ti, que entendo o que queres dizer, é correcto boa parte do teu raciocínio mas mesmo assim, porque gosto, vou preferir os sistemas convencionais.

Certo "jefe"

Só quis mesmo clarificar que apesar do DCT ter surgido na VFR1200F, na atualidade a maior aposta e que mais sucesso comercial faz é mesmo na NC750 pois pela sua arquitetura, é um sistema que funciona muito bem em condução citadina (ao contrário do QS) e permite aos proprietários de PCX comprarem NCs sem sentirem grandes diferenças na condução.

[Mr.Ricky]

Todas as minhas motos foram charutos, e nunca tive nenhuma com QS, mas fiz o test drive à MV Agusta Rivale com QS, e aquilo no grito a mandar tiros é a p#$@ da loucura!

Fiquei fã! Mas vivo bem sem isso, porque para a utilização que dou à moto nunca iria usar o QS...