Fiz na passada semana um test drive à nova Street Twin da Triumph.
Igualzinha a esta da foto:
A Street Twin é a nova "entry level" do catálogo da Triumph.
Segue uma receita idêntica à da Ducati Scrambler: Uma base simples, bem construída e aspecto simpático que pode posteriormente levar uns quantos acessórios para se adaptar ao estilo do freguês.
Nada que a Triumph não tivesse já tentado no passado com a antecessora Bonneville SE, logo será injusto dizer que copiou a receita.
A minha expectativa com a Street Twin era baixa.
Sobretudo porque as specs não são propriamente entusiasmantes: 54cv para 198 Kg a seco (217kg atestada)
À vista, surpreendeu pelo detalhe e qualidade de construção.
Sobretudo tendo em conta que se trata de uma moto "europeia" de 8.900EUR.
A qualidade de construção é muito boa.
Tem detalhes soberbos como a linha de escape que à primeira vista parece uma peça única sem costuras ou soldaduras. O catalizador e as restantes modernices foram disfarçados de forma exemplar.
O mesmo se passa com o radiador. Tão discreto que nem parece se tratar de uma moto de refrigeração liquida.
Os instrumentos são elegantes e bonitos. Mas... falta-lhe conta-rotações.
Aparte disto toda a informação está lá: Do indicador da velocidade engrenada ao estado do dtc e abs passando pelos consumos, comutando através dum botão no punho.
Mesmo que a intenção fosse conservar a estética, poderiam perfeitamente ter colocado as rotações num dos ecrãs do LCD, ou pelo menos uma luz avisadora.
A primeira reacção ao pegar nela foi a embraiagem. Leve como uma pena!
Depois... o binário! Apesar das specs à primeira vista não entusiasmarem, a resposta ao acelerador é muito boa. O motor é cheio e a resposta sente-se.
No entanto, é uma sensação que se esgota quando entramos em altos regimes.
É uma moto surpreendentemente fácil de conduzir.
É baixa, o que a torna numa excelente opção para fêmeas e condutores de menor estatura.
E apesar de pesada, por ser muito compacta e com um centro de gravidade baixo, não se sente.
Os únicos pontos negativos...
- A caixa (de 5 velocidades) é por vezes um pouco "seca". O pedal tem demasiado curso.
Não achei que fosse incompetente. Mas nota-se que ela foi projectada para funcionar bem nos regimes baixos de cidade... pecando nos médios-altos.
- Toda a parafernália de botões de luzes, selector de pisca e corte-corrente não está ao nível do resto. Não é pior que o equipamento que equipa actualmente a maioria das motos das gamas de entrada. Mas têm um ar chinês que não acompanha a qualidade premium dos instrumentos, farol e um sem número de outros detalhes.
Gostei muito desta nova Street Twin.
Está muito acima de todas a expectativas que tinha.
Não é uma moto para quem procura algo... desportivo.
Não é uma moto para quem queira reforçar a sua masculinidade à porta do café.
Não é uma moto para o motociclista experiente que pretende encher o ego numa voltinha de fim-de-semana.
Mas... é uma excelente opção para primeira moto.
Ou mesmo última moto. (para o reformado ou saudosista)
Ou para quem já tem o tal "canhão desportivo" ou "moto de macho" e procura uma solução catita para o dia-a-dia que ofereça facilidade de utilização e economia... sem ter que optar por uma scooter ou algo degradante como uma NC*X.
Igualzinha a esta da foto:
A Street Twin é a nova "entry level" do catálogo da Triumph.
Segue uma receita idêntica à da Ducati Scrambler: Uma base simples, bem construída e aspecto simpático que pode posteriormente levar uns quantos acessórios para se adaptar ao estilo do freguês.
Nada que a Triumph não tivesse já tentado no passado com a antecessora Bonneville SE, logo será injusto dizer que copiou a receita.
A minha expectativa com a Street Twin era baixa.
Sobretudo porque as specs não são propriamente entusiasmantes: 54cv para 198 Kg a seco (217kg atestada)
À vista, surpreendeu pelo detalhe e qualidade de construção.
Sobretudo tendo em conta que se trata de uma moto "europeia" de 8.900EUR.
A qualidade de construção é muito boa.
Tem detalhes soberbos como a linha de escape que à primeira vista parece uma peça única sem costuras ou soldaduras. O catalizador e as restantes modernices foram disfarçados de forma exemplar.
O mesmo se passa com o radiador. Tão discreto que nem parece se tratar de uma moto de refrigeração liquida.
Os instrumentos são elegantes e bonitos. Mas... falta-lhe conta-rotações.
Aparte disto toda a informação está lá: Do indicador da velocidade engrenada ao estado do dtc e abs passando pelos consumos, comutando através dum botão no punho.
Mesmo que a intenção fosse conservar a estética, poderiam perfeitamente ter colocado as rotações num dos ecrãs do LCD, ou pelo menos uma luz avisadora.
A primeira reacção ao pegar nela foi a embraiagem. Leve como uma pena!
Depois... o binário! Apesar das specs à primeira vista não entusiasmarem, a resposta ao acelerador é muito boa. O motor é cheio e a resposta sente-se.
No entanto, é uma sensação que se esgota quando entramos em altos regimes.
É uma moto surpreendentemente fácil de conduzir.
É baixa, o que a torna numa excelente opção para fêmeas e condutores de menor estatura.
E apesar de pesada, por ser muito compacta e com um centro de gravidade baixo, não se sente.
Os únicos pontos negativos...
- A caixa (de 5 velocidades) é por vezes um pouco "seca". O pedal tem demasiado curso.
Não achei que fosse incompetente. Mas nota-se que ela foi projectada para funcionar bem nos regimes baixos de cidade... pecando nos médios-altos.
- Toda a parafernália de botões de luzes, selector de pisca e corte-corrente não está ao nível do resto. Não é pior que o equipamento que equipa actualmente a maioria das motos das gamas de entrada. Mas têm um ar chinês que não acompanha a qualidade premium dos instrumentos, farol e um sem número de outros detalhes.
Gostei muito desta nova Street Twin.
Está muito acima de todas a expectativas que tinha.
Não é uma moto para quem procura algo... desportivo.
Não é uma moto para quem queira reforçar a sua masculinidade à porta do café.
Não é uma moto para o motociclista experiente que pretende encher o ego numa voltinha de fim-de-semana.
Mas... é uma excelente opção para primeira moto.
Ou mesmo última moto. (para o reformado ou saudosista)
Ou para quem já tem o tal "canhão desportivo" ou "moto de macho" e procura uma solução catita para o dia-a-dia que ofereça facilidade de utilização e economia... sem ter que optar por uma scooter ou algo degradante como uma NC*X.