Moto Guzzi V85 TT
#31

(17-05-2019 às 10:07)dfelix Escreveu:  Está lá uma amarelinha em exposição, matriculada e os pneus têm marcas de uso.
Também concordo que é o esquema de cores que lhe fica melhor. E o que mais chama a atenção!
Mas este cinza está longe de ser feio.


Ontem comecei a escrever um resumo do que achei da moto.
Mas depois de o reler senti que estava a ser demasiado crítico em alguns aspectos e a passar uma imagem menos positiva quando na realidade até gostei bastante da moto.

Agora tb estou curioso... essa por acaso nunca testei.

Diz lá coisas bigsmile

Live After Death...

Os Ferros...

In life, nothing happens by chance...
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#32

Ontem à noite escrevi uma espécie de resumo do que achei da V85TT.
Mas quando o voltei a ler, fiquei com a sensação que estava a passar uma imagem menos positiva de algo que até me agradou bastante.
Entretanto, e enquanto a memória ainda está fresca, corrigi algumas coisas e adicionei outras.

Para vos poupar dum texto longo e aborrecido sobre uma moto que certamente será irrelevante para a maioria, começo já pela conclusão:

Gostei da moto.
Para quem pretende uma maxi-trail, com um motor adequado, bem equipada, dentro duma linha estética moderna mas inspirada em traços clássicos, fora das opções mais banais e por um preço atractivo... é uma excelente opção!

______ ______ ______

Quanto à experiência e conclusões pessoais sobre a mesma... é mais ou menos isto:

A primeira surpresa foi o peso.
Não por ser pesada. Mas por parecer pesada.
Entregaram-me a moto atestada com os 23 litros que aquele tanque leva.
E a minha reacção foi levantá-la com tanta força que... quase ia tombando para o outro lado!
Não é que seja uma moto leve, mas o peso está bem distribuído e não se faz sentir seja parada ou nas manobras.

Não será moto adequada para quem tem baixa estatura.
Não é das mais altas dentro deste segmento. Mas o banco é largo o suficiente para obrigar a abrir a perna e dificultar a chegar ao chão.
Para terem uma ideia, tenho 1,66 e de botas rasas e com o bico do pé direito assente no chão não consigo com o pé esquerdo empurrar o descanso até ao fim da mola! Tenho que sair da moto para colocar o descanso!
Alguém na casa do 1,75 estará certamente no "sweet spot".
Há um banco opcional mais baixo. Mas não sei se será também mais estreito.

A questão da estatura também se aplica à protecção aerodinâmica.
Habitualmente condutores mais pequenos até costumam ficar mais protegidos.
Mas neste caso não é bem assim! Inicialmente fez-me alguma confusão a enorme turbulência que sentia no capacete. Mas bastou esticar o pescoço e endireitar o corpo para concluir que a zona protegida pelo ecrã é... um pouco mais acima!
Não sei se o ecrã será regulável.

Esta V85TT é surpreendentemente confortável.
A posição direita com guiador largo é muito agradável e certamente permite longos percursos sem que se torne cansativo.
As suspensões cumprem devidamente a sua função mesmo em mau piso.
O banco é espaçoso e tem um bom sentar, sem ser demasiado duro nem demasiado mole. E é muito aderente. O que também não facilita quem tenha de se chegar para um lado ou para outro de forma a alcançar o chão.
Puxando o corpo para trás fica-se devidamente encaixado na "almofada" que separa a área do passageiro.

O quadrante é um LCD bastante completo e com boa visualização.
É bastante informativo, porém achei pouco arrumado, pouco intuitivo e algo confuso.
O taquímetro é uma barra azul que sobe num formato redondo que tenta parecer os tradicionais. Mas não é muito perceptível, tal como a cor demasiado clara dos números não ajuda a quem ainda não está habituado perceber a quantas vai.
A velocidade instantânea actualiza demasiado rápido, e algumas vezes chamou-me a atenção pois ficava ali indecisa entre que número mostrar e parecia estar a piscar.
A alternância entre o modo diurno e nocturno é excelente. (mas também foi a primeira vez que passei num túnel enquanto conduzia uma moto com quadrantes LCD)

Os comandos e selectores são soberbos.
Do melhor que já vi e experimentei até hoje.
Bonitos, com a arrumação certa, agradáveis ao toque com luvas e muito simples de usar.

A qualidade geral de construção e acabamentos tal como habitual nas marcas italianas, parece conciliar o que de melhor se faz... com um ou outro pormenor do pior!
As estruturas metálicas têm soldaduras com bom aspecto. O quadro aparenta ser robusto. As peças de fundição são bastante perfeitas e sem marca do molde. A pintura tem excelente aspecto e passa uma imagem de durabilidade. Sobretudo no motor que combina o preto texturizado com apontamentos "escovados". As cablagens estão muito bem arrumadas sem fios pendurados ou fichas à vista.
Por outro lado algumas tampas parece que foram desenhadas "a olho" sem o devido cuidado com as distâncias a outros componentes. E acessórios como os piscas parecem frágeis, alguns já com sinais de condensação numa unidade que não tinham sequer 1000km percorridos.

A travagem é muito competente.
Não oferece o tacto e sensibilidade que habitualmente se encontra em outros géneros.
Mas é bastante responsiva e sente-se "morder".
O ABS não é intrusivo. Consegue-se fazer chiar o pneu da frente antes de se sentir activar.

As suspensões parecem perfeitamente adequadas ao que esta moto se destina.
São muito competentes numa perspectiva de conforto sem se revelar demasiado moles ou com afundamento excessivo nas travagens.
Porém, acabam por evidenciar as suas limitações assim que se impõe outro tipo de andamento.
Sendo reguláveis certamente será possível obter outro tipo de configuração, mas que provavelmente sem o mesmo compromisso quanto ao conforto.

O motor é o que me despertava maior curiosidade e alguma expectativa.
Afinal, trata-se duma unidade refrigerada a ar derivada do V9 (que tem 55cv) espremido a 80cv poucos meses antes de rebentar o Euro 5!

Bicilíndricos com arquitecturas mais tradicionais são habitualmente motores que entregam bastante binário desde cedo e mantém alguma progressividade e linearidade ao longo da subida de regime. Porém, ao contrário da minha expectativa, este não é assim!

É muito dócil nos baixos regimes.
Não "bate" nem reage ao acelerador de forma bruta. É muito silencioso, civilizado e com uma sonoridade metálica bastante agradável proveniente da distribuição.
Mas quando entra nas 4-5K rpm solta um rugido por debaixo do depósito e começa-se finalmente a sentir o binário! É a partir daqui que ganha outra alma... mas também rapidamente acaba a festa, pois rapidamente esgota e o quadrante vira uma autêntica árvore de natal com várias luzes amarelas a piscar.

Não é um motor nervoso que suba explosivamente na rotação.
Sente-se até alguma latência entre o enrolar do punho e a resposta.
E quando se corta punho, a aceleração cai muito rápido.

E isto é um pouco estranho quando se trabalha com a caixa.
Num ritmo mais entusiasmado com passagens directas não é evidente. Mas numa utilização "normal" recorrendo à embraiagem, por muito rápido que se efectue a sequência de cortar punho, engrenar e desembraiar, a rotação parece cair mais do que o suposto fazendo-se sentir na transmissão.
(nota: não tem quickshifter)

O facto da transmissão ser por veio também tem influência.
Pois sendo um sistema bastante directo e com pouca elasticidade torna mais difícil mascarar este tipo de reacção.
É quase inevitável comparar esta motorização com o boxer da BMW que tem também o faz, porém mesmo em gerações mais antigas não é tão evidente. Porque a rotação não cai tão abruptamente.

Mas a caixa mecanicamente é muito precisa.
O pedal é curto, sem folgas, transmite perfeitamente a passagem e não encontrei qualquer ponto morto fantasma ou evidências que os possa sequer ter!
Por outro lado, o escalonamento é estranho e sugere um enorme salto entre relações como acontecia nas caixas de 5... embora esta seja de 6.

Fiz a N250 entre Sacavém e Frielas, que tem umas curvas porreiras (especialmente esta) e numa perspectiva mais "apimentada" rapidamente evidencia as suas limitações.
Não quero com isto dizer que após alguma habituação seja impossível espremer em curvas mais técnicas. No entanto, a sensação que transmite é que obriga a um empenho considerável na inserção em curva, que transmite pouca sensibilidade ao longo desta e necessita de algumas correcções pois tende a abrir as trajectórias.

Não sei até que ponto os pneus terão influência.
Desconheço o feedback que o mercado possa ter dos Tourance Next... mas não me impressionaram propriamente pela positiva.

A V85TT parece corresponder aquilo a que está vocacionada.
E não tenho qualquer dúvida que é uma excelente moto para quem tenciona numa perspectiva relaxada fazer uso urbano diário, alinhar em passeios de fim-de-semana e ocasionalmente carregá-la com as malas para viagens maiores.
Acredito que será competente o suficiente para estradas de terra batida e trilhos simples. (não me aventurei mais do que entrar num terreno com terra batida e erva pois não me senti confortável o suficiente para a meter no sitio onde a atascasse ou pudesse tombar por faltar comprimento de perna.)

Usei no modo "road" e tendo em conta que os restantes é o de chuva e offroad, deduzo que o comportamento normal dela seja mesmo assim.
E até vejo vantagens no comportamento pouco linear que descrevi atrás.
Pois a suavidade em baixas torna-a muito fácil de conduzir em condições de trânsito lento e compacto onde os "twins" convencionais têm um comportamento on/off levando ao uso recorrente da embraiagem.
Apanhei bastante trânsito em boa parte do meu percurso devida a umas obras que iniciaram na Av. Infante D. Henrique. E dei por mim a tentar conservar a moto dentro deste regime que provou ser bem adequado. Por outro lado, acaba por se recorrer excessivamente à caixa.

No que diz respeito a consumos não prestei muita atenção.
A moto foi me entregue com o depósito de 23 litros atestado e indicava no quadrante uma autonomia pouco acima dos 450km.
Fazendo as contas, isto andará na casa dos 5L/100.

Para uma moto abaixo dos 12.000 euros parece-me bastante interessante tendo em conta todo o conjunto.
A única moto no mercado que me parece enquadrada com a V85TT será a nineT Urban G/S cujo preço base é 14.700 (sem o ASC e as jantes raiadas) e cuja oferta de opcionais não se compara sequer com o que esta já trás de origem.

(acho que não me esqueci de nada que possa ser relevante)
Responder
#33

clap  Muito bom. A condensação nos piscas também ocorre em certas japonesas novas. Estão a poupar (a 'esquecer-se') nas borrachas que antigamente ligavam os plásticos.
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#34

(17-05-2019 às 12:24)dfelix Escreveu:  Ontem à noite escrevi uma espécie de resumo do que achei da V85TT.
Mas quando o voltei a ler, fiquei com a sensação que estava a passar uma imagem menos positiva de algo que até me agradou bastante.
Entretanto, e enquanto a memória ainda está fresca, corrigi algumas coisas e adicionei outras.

Para vos poupar dum texto longo e aborrecido sobre uma moto que certamente será irrelevante para a maioria, começo já pela conclusão:

Gostei da moto.
Para quem pretende uma maxi-trail, com um motor adequado, bem equipada, dentro duma linha estética moderna mas inspirada em traços clássicos, fora das opções mais banais e por um preço atractivo... é uma excelente opção!

______ ______ ______

Tb gosto em termos de estética... sim, inspirada em traços clássicos tipo anos 80



(17-05-2019 às 12:24)dfelix Escreveu:  Quanto à experiência e conclusões pessoais sobre a mesma... é mais ou menos isto:

A primeira surpresa foi o peso.
Não por ser pesada. Mas por parecer pesada.
Entregaram-me a moto atestada com os 23 litros que aquele tanque leva.
E a minha reacção foi levantá-la com tanta força que... quase ia tombando para o outro lado!
Não é que seja uma moto leve, mas o peso está bem distribuído e não se faz sentir seja parada ou nas manobras.

Não será moto adequada para quem tem baixa estatura.
Não é das mais altas dentro deste segmento. Mas o banco é largo o suficiente para obrigar a abrir a perna e dificultar a chegar ao chão.
Para terem uma ideia, tenho 1,66 e de botas rasas e com o bico do pé direito assente no chão não consigo com o pé esquerdo empurrar o descanso até ao fim da mola! Tenho que sair da moto para colocar o descanso!
Alguém na casa do 1,75 estará certamente no "sweet spot".
Há um banco opcional mais baixo. Mas não sei se será também mais estreito.

A questão da estatura também se aplica à protecção aerodinâmica.
Habitualmente condutores mais pequenos até costumam ficar mais protegidos.
Mas neste caso não é bem assim! Inicialmente fez-me alguma confusão a enorme turbulência que sentia no capacete. Mas bastou esticar o pescoço e endireitar o corpo para concluir que a zona protegida pelo ecrã é... um pouco mais acima!
Não sei se o ecrã será regulável.

Esta V85TT é surpreendentemente confortável.
A posição direita com guiador largo é muito agradável e certamente permite longos percursos sem se que se torne cansativo.
As suspensões cumprem devidamente a sua função mesmo em mau piso.
O banco é espaçoso e tem um bom sentar, sem ser demasiado duro nem demasiado mole. E é muito aderente. O que também não facilita quem tenha de se chegar para um lado ou para outro de forma a alcançar o chão.
Puxando o corpo para trás fica-se devidamente encaixado na "almofada" que separa a área do passageiro.

O quadrante é um LCD bastante completo e com boa visualização.
É bastante informativo, porém achei pouco arrumado, pouco intuitivo e algo confuso.
O taquímetro é uma barra azul que sobe num formato redondo que tenta parecer os tradicionais. Mas não é muito perceptível, tal como a cor demasiado clara dos números não ajuda a quem ainda não está habituado perceber a quantas vai.
A velocidade instantânea actualiza demasiado rápido, e algumas vezes chamou-me a atenção pois ficava ali indecisa entre que número mostrar e parecia estar a piscar.
A alternância entre o modo diurno e nocturno é excelente. (mas também foi a primeira vez que passei num túnel enquanto conduzia uma moto com quadrantes LCD)

Os comandos e selectores são soberbos.
Do melhor que já vi e experimentei até hoje.
Bonitos, com a arrumação certa, agradáveis ao toque com luvas e muito simples de usar.

A qualidade geral de construção e acabamentos tal como habitual nas marcas italianas, parece conciliar o que de melhor se faz... com um ou outro pormenor do pior!
As estruturas metálicas têm soldaduras com bom aspecto. O quadro aparenta ser robusto. As peças de fundição são bastante perfeitas e sem marca do molde. A pintura tem excelente aspecto e passa uma imagem de durabilidade. Sobretudo no motor que combina o preto texturizado com apontamentos "escovados". As cablagens estão muito bem arrumadas sem fios pendurados ou fichas à vista.
Por outro lado algumas tampas parece que foram desenhadas "a olho" sem o devido cuidado com as distâncias a outros componentes. E acessórios como os piscas parecem frágeis, alguns já com sinais de condensação numa unidade que não tinham sequer 1000km percorridos.

A travagem é muito competente.
Não oferece o tacto e sensibilidade que habitualmente se encontra em outros géneros.
Mas é bastante responsiva e sente-se "morder".
O ABS não é intrusivo. Consegue-se fazer chiar o pneu da frente antes de se sentir activar.

As suspensões parecem perfeitamente adequadas ao que esta moto se destina.
São muito competentes numa perspectiva de conforto sem se revelar demasiado moles ou com afundamento excessivo nas travagens.
Porém, acabam por evidenciar as suas limitações assim que se impõe outro tipo de andamento.
Sendo reguláveis certamente será possível obter outro tipo de configuração, mas que provavelmente sem o mesmo compromisso quanto ao conforto.

O motor é o que me despertava maior curiosidade e alguma expectativa.
Afinal, trata-se duma unidade refrigerada a ar derivada do V9 (que tem 55cv) espremido a 80cv poucos meses antes de rebentar o Euro 5!

Bicilíndricos com arquitecturas mais tradicionais são habitualmente motores que entregam bastante binário desde cedo e mantém alguma progressividade e linearidade ao longo da subida de regime. Porém, ao contrário da minha expectativa, este não é assim!

É muito dócil nos baixos regimes.
Não "bate" nem reage ao acelerador de forma bruta. É muito silencioso, civilizado e com uma sonoridade metálica bastante agradável proveniente da distribuição.
Mas quando entra nas 4-5K rpm solta um rugido por debaixo do depósito e começa-se finalmente a sentir o binário! É a partir daqui que ganha outra alma... mas também rapidamente acaba a festa, pois rapidamente esgota e o quadrante vira uma autêntica árvore de natal com várias luzes amarelas a piscar.

Não é um motor nervoso que suba explosivamente na rotação.
Sente-se até alguma latência entre o enrolar do punho e a resposta.
E quando se corta punho, a aceleração cai muito rápido.

E isto é um pouco estranho quando se trabalha com a caixa.
Num ritmo mais entusiasmado com passagens directas não é evidente. Mas numa utilização "normal" recorrendo à embraiagem, por muito rápido que se efectue a sequência de cortar punho, engrenar e desembraiar, a rotação parece cair mais do que o suposto fazendo-se sentir na transmissão.
(nota: não tem quickshifter)

O facto da transmissão ser por veio também tem influência.
Pois sendo um sistema bastante directo e com pouca elasticidade torna mais difícil mascarar este tipo de reacção.
É quase inevitável comparar esta motorização com o boxer da BMW que tem também o faz, porém mesmo em gerações mais antigas não é tão evidente. Porque a rotação não cai tão abruptamente.

Mas a caixa mecanicamente é muito precisa.
O pedal é curto, sem folgas, transmite perfeitamente a passagem e não encontrei qualquer ponto morto fantasma ou evidências que os possa sequer ter!
Por outro lado, o escalonamento é estranho e sugere um enorme salto entre relações como acontecia nas caixas de 5... embora esta seja de 6.

Fiz a N250 entre Sacavém e Frielas, que tem umas curvas porreiras (especialmente esta) e numa perspectiva mais "apimentada" rapidamente evidencia as suas limitações.
Não quero com isto dizer que após alguma habituação seja impossível espremer em curvas mais técnicas. No entanto, a sensação que transmite é que obriga a um empenho considerável na inserção em curva, que transmite pouca sensibilidade ao longo desta e necessita de algumas correcções pois tende a abrir as trajectórias.

Não sei até que ponto os pneus terão influência.
Desconheço o feedback que o mercado possa ter dos Tourance Next... mas não me impressionaram propriamente pela positiva.

A V85TT parece corresponder aquilo a que está vocacionada.
E não tenho qualquer dúvida que é uma excelente moto para quem tenciona numa perspectiva relaxada fazer uso urbano diário, alinhar em passeios de fim-de-semana e ocasionalmente carregá-la com as malas para viagens maiores.
Acredito que será competente o suficiente para estradas de terra batida e trilhos simples. (não me aventurei mais do que entrar num terreno com terra batida e erva pois não me senti confortável o suficiente para a meter no sitio onde a atascasse ou pudesse tombar por faltar comprimento de perna.)

Usei no modo "road" e tendo em conta que os restantes é o de chuva e offroad, deduzo que o comportamento normal dela seja mesmo assim.
E até vejo vantagens no comportamento pouco linear que descrevi atrás.
Pois a suavidade em baixas torna-a muito fácil de conduzir em condições de trânsito lento e compacto onde os "twins" convencionais têm um comportamento on/off levando ao uso recorrente da embraiagem.
Apanhei bastante trânsito em boa parte do meu percurso devida a umas obras que iniciaram na Av. Infante D. Henrique. E dei por mim a tentar conservar a moto dentro deste regime que provou ser bem adequado. Por outro lado, acaba por se recorrer excessivamente à caixa.

No que diz respeito a consumos não prestei muita atenção.
A moto foi me entregue com o depósito de 23 litros atestado e indicava no quadrante uma autonomia pouco acima dos 450km.
Fazendo as contas, isto andará na casa dos 5L/100.

Para uma moto abaixo dos 12.000 euros parece-me bastante interessante tendo em conta todo o conjunto.
A única moto no mercado que me parece enquadrada com a V85TT será a nineT Urban G/S cujo preço base é 14.700 (sem o ASC e as jantes raiadas) e cuja oferta de opcionais não se compara sequer com o que esta já trás de origem.

(acho que não me esqueci de nada que possa ser relevante)

O texto está longo mas nada disso, não está aborrecido:
Muito bom.
Obrigado

Live After Death...

Os Ferros...

In life, nothing happens by chance...
Responder
#35

(17-05-2019 às 14:13)FerroH Escreveu:  O texto está longo mas nada disso, não está aborrecido:
Muito bom.
Obrigado
concordo!
Responder
#36

Boas;
Dfelix, obrigado pelo registo do ensaio. Não está longo, não perdestes tempo com divagações, nada tem de aborrecido e sei que posso contar com a tua opinião.
Thank's Mate!!
Responder
#37

E como tá longo, o Ferro fez questão de o incluir todo no seu post. censored lol
Responder
#38

(17-05-2019 às 15:50)el_Bosco Escreveu:  E como tá longo, o Ferro fez questão de o incluir todo no seu post. censored lol

Nem mais...

Comigo é assim... ou é ou não é... lol

Live After Death...

Os Ferros...

In life, nothing happens by chance...
Responder
#39

Foi ali no representante no Braço de Prata, certo. Ainda não saí a horas decentes do trabalho para lá passar.


Ou seja, porreira a mota!
Os comandos parecem muito agradáveis ao olho, um pouco diferentes do que se vê.
Responder
#40

Sim, na officina moto.
A moto está a sair bem e pelos vistos tem despertado a atenção.
Para testar tive de agendar, e olhando para o papel até estava bem preenchido.
Responder




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