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21-04-2015 às 19:52 (Mensagem modificada pela última vez: 21-04-2015 às 19:52 por
carlos-kb.)
Um motor a dois tempos, sendo mais "rotativo e explosivo" que um quatro tempos, gastará sempre mais., especialmente se for uma média cilindrada 4t, como seja a Hornet (cujo motor ate tem fama de ser "mamão"). Uma 125 2t como é uma DTR facilmente passa de valores na casa dos 5 a 6 litros, e não é preciso abusar muito com ela. E depois ainda tem o gasto de oleo a fazer pesar ainda mais a factura.
Lembro de NSR125 a comerem 7 aos 100..... Ou RGV250 a mandarem-se para os 9, sem grande esforço.
Por outro lado, não é pela Hornet ter 4 cilindros que irá mamar mais que uma outra 600 twin ou triple por exemplo. Tem mais que ver com o tipo de admissão e configuração da mesma.
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Isso será um grande negócio!
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(21-04-2015 às 19:25)Bad Attitude Escreveu: Uma mota a dois tempos com 1 cilindro gasta mais que uma com 4 cilindros?
Não vou a teimar porque não tenho a certeza mas ...
Como o Carlos disse não tem nada a ver com o nº de cilindros!
E quando disse isto, falo por experiência própria...
Ricardo - Honda CB500X
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(21-04-2015 às 23:37)Bad Attitude Escreveu: Obrigado aos dois pela explicação, não fazia ideia que consumi-se assim tanto
Fica então aqui a correcção para o que disse
Vivendo e aprendendo
A questão é precisamente ser um motor a 2 tempos. Claro que uma 125 cc a 4t, quase que "anda a ar"!
Olha aqui os consumos indicados no fuelly....
Yamaha DT125R Mileage Honda Hornet600 mileage Apesar de a informação em relação à DTR ser mais restrita (apenas 1 utilizador) dá para ter a ideia.
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A mim aconteceu-me algo semelhante.
Depois de cerca de 2 anos a usar diariamente uma CBF125, fartei-me de enrolar punho à saída de casa e desenrolar punho à chegada ao trabalho (e vice-versa), a fazer 50kms por dia com ela, a levar porrada de vento e a ser perigosamente ultrapassado por carros e pesados em vias rápidas.
Curiosamente a troca foi a mesma: uma Hornet 600 de 98 rigorosamente impecável. Dei mais uns trocos na altura mas valeu bem a pena. Durante o tempo todo que a tive teve uma única avaria no retificador de corrente, de resto foi fazer a manutenção e andar com ela. Uma mota espetacular que me deixou bastantes saudades...
No meu caso foi o tipo de utilização que fazia que determinou a troca, mais do que questões de consumos (a CBF125 gastava 3L/100) ou outros racionais.
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22-04-2015 às 00:23 (Mensagem modificada pela última vez: 22-04-2015 às 00:34 por
carlos-kb.)
Kfeast.... estive mais ou menos como tu ainda há poucos dias. Apareceu-me a possibilidade de ir buscar uma VFR1200F (s/ DCT), vermelhinha, com (pasme-se) 6 mil kms, de 2011 ou 2012 (já não posso precisar ao certo), por 8500 euros. Rapidamente falei aqui em casa à patroa, que até nem me disse que não, contrapondo apenas que era mais urgente trocar-se um dos carros.
Contactei o vendedor, que me disse que a moto estava num stand no Forte da Casa, e que haveria a possibilidade de lá ir, para ver quanto me davam pela retoma da Blu.
No entanto, comecei a fazer continhas de cabeça, não tanto em termos de valor, mas mais pelo que iria ganhar e perder com esta troca. É certo que ficaria com uma moto bem mais nova, com pouquissímos kms, com melhor motor e mais performante. Mas por outro lado, perderia polivalência, economia de utilização (a VFR gasta entre 1,5 a 2 lts. a mais que a F800ST, por cada 100kms) e facilidade de uso (a VFR1200 é substancialmente mais pesada, um pouco maior e menos manobrável).
Pensei então também.... tenho uma moto, apesar de ser de 2007, está praticamente nova, estou habituadíssimo a ela, gosto mesmo muito do seu desempenho.... e com ela faço tudo o que poderia ou iria fazer com a VFR, mas com muito menos dinheiro. A VFR só ganha assim em prestações, mas para o sumo que eu retiro de uma moto, essa diferença entre as duas seria ínfima.
Achei por bem deixar-me ficar assim quieto, e nem sequer a fui ver. Entretanto foi já vendida. Mas não me arrependo da decisão.
E tem piada que quem a comprou, pertence ao grupo dos motorrad fans, no FB. Disse que andava à procura de uma K1200/1300S e encontrou esta VFR, e nem pesou duas vezes. E na troca de palavras e comentários de outros tantos membros, li uma coisa que ainda mais me fez perceber como fiz bem.... um outro proprietário actual de uma K1300S, que antes tinha precisamente uma F800ST, e que diz que sente imensas saudades da mesma, pois com a K apenas ganhou em prestações, e apenas o fez por na época ainda estar em tempo de "vacas gordas".
Quer isto dizer que, terás de ser tu a confrontar a paixão e a razão. Ponderares os prós e contras dessa troca, e no que vais sair a ganhar e/ou a perder. E agires em conssonância.
Mas uma coisa é certa.... tu ao trocares uma DTR por uma Hornet, ganharás bem mais, que eu ganharia em trocar a ST800 pela VFR1200F.
Questão de tomar uma decisão.... que por vezes se torna difícil.
Boa sorte!
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(22-04-2015 às 00:07)Bad Attitude Escreveu: E ainda temos como referiste a questão do óleo (acho que se chama autolub)
Autolube (auto-lubrificação) é o nome dado ao sistema que possibilita que a mistura combustível seja feita pela própria moto. Tem por isso um reservatório de óleo à parte e um "doseador" que mistura a gasolina com o óleo na proporção certa, essencial para o funcionamento de um motor a 2 tempos, que por sua vez ainda vai ser misturada na(s) cuba(s) do(s) carburador(es) com a componente gasosa (ar), para que se dê a combustão.
Caso não tivesse auto-lube, a mistura gasolina/óleo teria de ser feita antes de a meter no depósito de combustível.