É tudo mto giro descobrir qual é a melhor marca...até ela ficar sozinha a correr e não ter como encher uma grelha de 25 motos. O desporto motorizado é mais complexo que isso.
Hoje em dia as motas da rua para a pista estão nas Superstock, não nas Superbikes onde tens motas que em certas pistas fazem tempos de qualificação de motogp ( não confundir com fazer pole positions no motogp ).
Exigir às marcas que façam modelos em produção ao nível do que usam nas Superbikes não fica ao preço das RC213 ou Desmosedici suponho logo impraticável a números de produção elevados para homologações.
Mal comparando podemos falar do WTCC onde foi tudo tão equilibrado que até Ladas ganhavam corridas ( nem sei se campeonatos lol ). Não é isso que queremos no nosso desporto.
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(13-04-2018 às 08:39)YontikoBT Escreveu: Façam, então, como fizeram na F1, que o meu velhote tanto apreciava e que agora já nunca vê: motores iguais para todos, limitados a uma certa cilindrada e numero obrigatorio de cilindros, todos com os mesmos pneus. Sim, é verdade que há mais "variedade" de vencedores de corridas. Mas a F1 não é um campeonato do melhor piloto, apenas. É tambem um campeonato de marcas. E, se cada marca não pode apresentar as suas soluções e inovações tecnologicas para ser a melhor, que competição existe?
Se essas categorias estão a morrer, acabam de as matar. Eu sou fã da Yamaha e do VR46. Quero que a minha marca e o meu piloto sejam os melhores, sempre. No MotoGP, estão os dois juntos, marca e piloto, e torço por eles, quero que ganhem. No mundial de velocidade, que actualmente não sigo, quero que ganhe a MINHA MARCA, a Yamaha. Qual a logica de não ganhar e saber que não ganhei porque as motos foram limitadas para "dar mais competitividade ao campeonato"?
Yontiko... acho que estás a fazer comparações algo fora de contexto, (já não referindo es exemplo em relação a outros desportos), mas especialmente quando falas de formula 1 ou de MotoGP, não fossem as máquinas que correm nestes campeonatos, protótipos especialmente desenvolvidos para os mesmos.
Ainda assim, por exemplo, nas Moto2, não deixas de ter também apenas e um só fornecedor de motores (Honda e que passarão a ser Triumph), que são todos iguais para todas as equipas.
No caso das WSBK a coisa é totalmente diferente, em termos de conceito. As máquinas que lá competem são versões para pista, derivadas das máquinas de produção e disponíveis ao público em geral. E por isso mesmo, algumas destas restrições são descabidas, quando as motos de produção não as contemplam.
E porque não? Se é uma competição, que ganhe o melhor. Se querem ser melhores, invistam na investigação e desenvolvimento.
De maneira nenhuma ficaria escandalizado se fosse uma Benelli a ganhar o MotoGP, se ganha mais corridas é porque tem o melhor conjunto moto/piloto. Se, mesmo assim, preferia que ganhasse a "minha" marca? Claro! Mas se existe uma marca melhor, que consegue ser mais competitiva, que mal tem em ganhar?
Limitar as melhores marcas para as piores ficarem em pé de igualdade... enfim, não me parece correcto. Serem motos todas iguais e esperar que seja o melhor piloto a ganhar seria giro, se fosse um campeonato de pilotos apenas. Mas não é, é um campeonato de pilotos e marcas. Ter a melhor maquina e ser obrigado a limita-la, perdendo velocidade de ponta ou poder de aceleração é, no minimo, estupido e imagino a frustração das marcas que são obrigadas a fazer isso em nome da competitividade, audiencias televisivas e direitos de transmissão. Daqui a pouco chegamos ao ponto do futebol, em que são as estações de televisão que fazem o calendario dos jogos, ignorando por completo o essencial: tempo de recuperação de jogadores e consequente qualidade do espectaculo... é que jogadores estafados não jogam o mesmo que jogadores descansados.
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A introdução das "peças de concessão" e o equipamento extra estar numa lista de "peças aprovadas" não me parece de todo mal.
Já a questão das redução dos limites de rotação é parvo...
Mas também toda uma série de limitações que já existiam no passado o eram.
Compreendo que seja complicado criar uma equivalência entre diferentes tipos de motorização.
Mas limitações para equilibrar diferenças dentro do mesmo tipo de motorização já é um pouco exagerado.
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(12-04-2018 às 22:18)carlos-kb Escreveu: (12-04-2018 às 20:29)Johnny_1056 Escreveu: Alguém se lembra do que foi uma Honda RC30, uma máquina pronta a correr à saída da caixa, sendo suficiente retirar o material "street legal" e enfiar-lhe umas carenagens de fibra.
Claro que me lembro... VFR750R! Ou a sua sucessora RC45... com o nome "comercial" de RVF750.
(Mas esta tirada é digna de ser guardada.... vou metê-la nos meus "favoritos", Johnny. Afinal, não é todos os dias que te vemos a enaltecer uma Honda.
)
Boas;
Carlos-kb, como diz o nosso estimado Dfelix, não confundamos m#rda com pastéis-de-nata!!
A RC30 é uma verdadeira moto de corrida, um puro-sangue à nascença, algo muito especial, tão especial como o prova a sua longa carreira desportiva. Ainda no Verão passado estive ao lado da RC de Juan Lopez Melia, a última a abandonar o WSBK.
Por outro lado, a RC45 é uma utilitária desportiva de estrada que só conseguiu algum sucesso porque o HRC decidiu gastar um comboio de dinheiro.
Curiosamente, em 1993 estive no Autódromo do Estoril na prova portuguesa onde ainda participava a tal RC30 e o nosso Alex Vieira fez a apresentação da RC45.
Actualmente o campeonato precisa de motos boas à nascença e sem preparação.
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(13-04-2018 às 18:46)Johnny_1056 Escreveu: Carlos-kb, como diz o nosso estimado Dfelix, não confundamos m#rda com pastéis-de-nata!!
A RC30 é uma verdadeira moto de corrida, um puro-sangue à nascença, algo muito especial, tão especial como o prova a sua longa carreira desportiva. Ainda no Verão passado estive ao lado da RC de Juan Lopez Melia, a última a abandonar o WSBK.
Por outro lado, a RC45 é uma utilitária desportiva de estrada que só conseguiu algum sucesso porque o HRC decidiu gastar um comboio de dinheiro.
Sim.... as RC45 surgiram ensombradas com vários problemas ao início, ainda mais quando surgem no seguimento das RC30.
Ainda assim não deixou de ser uma moto ganhadora (dentro e fora do campeonato de SBK, e especialmente no Mundial de Resistência) criando uma reputação enorme no historial de desportivas da Honda, tanto ou mais que a sua antecessora. A sigla RVF consagrou-se com um significado especial e é um marco nas V4 desportivas na marca do "galinheiro".
Mas achei peculiar e nem estranhei considerares a RC45 assim... Afinal, para quem
>>tem uma R1 para ir ao pão<< 
, chamar de utilitária a uma RVF 750, é a coisa mais natural do mundo.
Só de olhar para ela, vemos inclusivé que é uma moto indicada para andar em cidade e levar todos os dias para o emprego.
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Boas;
Carlos-kb, vamos lá com calma.
A RC45 nunca teve o requinte de construção da RC30.
A sigla RVF apareceu antes da RC30, as famosas motos de corrida do HRC exclusivamente para o Japão.
Esta sigla só aparece associada à RC45 para lhe dar um certo ar de coisa "especial".
Curiosamente, a Honda baixou a bola e contratou o mais improvável piloto para lhes dar o único campeonato do mundo: John Kocinski.
O Mago Tony Scott considerava-a uma moto de estrada um pouco mais refinada, sendo este uma referência na preparação desta moto, ao ponto de ser visitado pelo presidente do HRC na sua casa e este lhe ter pedido desculpa pelo mau trabalho realizado.
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Mais uma vez aqui fala a inveja.
Existem marcas que procuram inovar e às vezes falham nas suas intenções.
Muitas outras apenas copiam o que as outras já fizeram.
Nos campionatos do mundo das motos de serie, existem marcas que ganharam campeonatos com motores em linha, em V, de 2 e 4 cilindros. Apostas feitas com boa dose de risco à mistura, mas que foram ganhas, mesmo quando as motas são boas para o dia a dia, o que as faz ainda mais meritórias.
O que as outras fizeram foi copiar e repetir a mesma receita de sucesso, depois do caminho desbravado.
Ter sucessos desportivos à sombra de uma moto que é mal engendrada é muito pouco contento para uma marca que podia fazer bem melhor.
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Boas;
A Yamaha e as outras que se dedique a fazer motos a sério!!
Comparem essa m#rda de chocolateiras com o que foram as antigas 250 (TZR, RGV, NSR, KR1 e afins).