Test Drive Kawazaki Z900RS
#1

O dia amanheceu molhado, com o vento a obrigar as nuvens a correr de encontro às montanhas. Desde a passadeira que me obrigava a correr, olhava pelos enormes vidros do ginasio como as gotas iam caindo no chão. Mais um dia de férias, mais uma madrugada a mais de 150 ppm, mais uma t-shirt molhada, menos 600 calorias activas.

Depois do banho, o pequeno almoço e olhadelas furtivas ao relogio para não me atrasar.

Será que nao me vão deixar fazer o test drive?

Que seja o que tiver que ser. Eu vou lá, a mota está lá, só não saímos os dois do stand se o vendedor não quiser!

Pela primeira vez nos ultimos 2 anos vou fazer um Test Drive a uma mota. O ultimo test que fiz foi à Integra e desde então, por não ter interesse em comprar , ou por falta de disponibilidade, deixei de parte esta forma de criar opiniao sobre as motas que existem no mercado.

Desta vez, aproveito a oportunidade para me estrear na edição das minhas opiniões sobre as motas objecto de teste. Não vão haver isenções, porque se trata de uma opiniao pessoal, da qual se pode estar de acordo ou não, mas sem deixar de ser o meu ponto de vista sobre os diferentes aspectos que avalio numa mota!

Desta feita a eleita foi uma moto que deriva de uma Street Fighter, que foi adaptada para encaixar na corrente estilistica vintage.

A Z900RS é uma neo-classica com um aspecto dos anos 70, quando a familia Z se estreou na andadura motociclistica.



Não é facil ficar indiferente as linha classicas da mota, que inicialmente fazem lembrar a primeira Z, mas que se vai misturando com aquele paracer familiar das Zephyr dos anos 80.

Como estava a chover, o teste foia feito essencialmente em ambiente urbano, onde a generosidade do motor acompanhava a sua sauvidade até as 5500 rpm. Altura em que deixava de haver sauvidade e abundava a genorosidade!

De facto a Z acelera muito bem, com um som proprio de um tetra, capaz de nos catapultar para velocidades de telejornal.



A medida que a velocidade aumenta, maior é a força que fazemos para nos agarrar.

Para mim o maior defeito da mota reside aqui, na falta de apoios para combater as inercias da mota, que aliada à inexistente protecção aerodinamica, limita uma ciclistica/ motor excelente no que a prestaçoes se refere.

Andar em auto estrada a velocidades acima de 120km/h é mentira. A falta que me faz a minha Maria das Curvas, com aquele barrigão enorme que nos apoia nas acelerações e travagens, e nos protege de boa parte da tareia que nos da o vento.

 



A Z-RS esta bem acabada, com tudo no seu sitio, um painel sobrio mas com toda a informaçao necessaria (incluido a ciclo lunar e um calendario menstrual configuravel), com um equipamento dentro do normal, suspensões regulaveis com um tarado algo firme mas que permite ler bem a estrada, um motor estupendo, iluminaçao LED, uma boa distribuiçao de pesos que a torna muito maneavel e uns pneus (GPR300) que encaixam muito bem no que se propõe.

 



 

Não houve muito tempo para mais, lamentando que tenha que a ir entregar quando as estradas começavam a secar-se.

Seria, sem duvida, uma excelente representante do neo-classissismo na minha garagem....

I just don't run with the crowd!

www.loneriderendlessroad.com
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#2

Gosto desta esta burra.
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#3

Realmente é muito bonita. Dentro deste estilo que não é do meu agrado, está estaria sem problemas na minha garagem.

A minha máquina (e ex):
KTM 1290 SuperAdventure S
KTM 1290 Super Duke GT
Kawasaki Versys 1000
Yamaha FZS 600 Fazer

[Imagem: censorship2.jpg]
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#4

neste estilo para mim tá a Nine-T a frente.
mas tem sua beleza também, gostei do painel de instrumentos.

[Imagem: Qfzl0I1.png]
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#5

A mota é porreira pois! Quanto ao teu relato, tenho a dizer que faltou um videozito com um front to back e mais uns pormenores. Que isto de ler...dá uma trabalheira. lol lol lol
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#6

Acho interessante a abordagem neo-retro feita, com as linhas muito próximas das Zephyr, dada pelo depósito arredondado, caixa da instrumentação, jantes raiadas, banco e guarda-lamas traseiro...

Borram a pintura toda, quanto lhe espetam com aquele motor, o radiador e o braço oscilante com mono-amortecedor... cuja aparência não consegue "coser" com o restante aspecto clássico da moto.

Olho para ela e vejo uma neo-clássica da linha base do depósito, para cima... ou se tapar o motor e trem traseiro.

Infelizmente este tipo de abordagem, também se assiste em outras concorrentes... olhe-se o (mau) exemplo da XSR. Acaba por ser um outro tipo / conceito de moto travestida. E neste domínio, tinham muito a aprender com algumas marcas europeias.

[Imagem: QKmafvp.png]
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#7

Acho que de certo modo será essa mistura que acaba por me agradar com umas linhas semelhantes à antiga mas que são actuais também. Percebo o que dizes Carlos, mas como o antigo não me é apelativo, desta forma gosto mais.

A minha máquina (e ex):
KTM 1290 SuperAdventure S
KTM 1290 Super Duke GT
Kawasaki Versys 1000
Yamaha FZS 600 Fazer

[Imagem: censorship2.jpg]
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#8

Gosto do aspecto, mas infelizmente, motores a ar com alhetas fininhas já é coisa do passado.... Temos que aceitar a coisa e louvar o trabalho para ao menos darem-nos motos com aspecto de Superbike à anos 70.

[Imagem: SM4eYt9.png]
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#9

Tive o privilégio de me ser emprestado um chanato destes enquanto deixei a Versys na revisão dos 12000km.

Estou a gostar bastante da experiência, mas tal como o Lone referiu... ainda que tenha motor para velocidades não é mota para isso pela sua ergonomia. Posição demasiado direita e alta e em AE a partir dos 120km/h é um porradão no peito que começa a ser uma luta manter lá em cima. Na minha opinião o facto de o banco ser quase na linha do depósito prejudica nesse ponto, ao contrário das desportivas e similares, não se torna natural(nem sequer confortável) deitar em cima do depósito para amenizar o efeito da vento de frente que decorre da deslocação a velocidades mais altas. Certamente o facto de estar habituado a apanhar com vento zero também ajuda a que esta sensação de porrada frontal seja mais alta. Mas o motor é outra coisa. E voltar a pegar nos 4 cilindros fez-me ter ainda mais saudades deles quando comparado com os 2 cilindros da Versys. E o barulhinho dela a trabalhar... delicioso.


Resumindo... é grande mota, mas não dava para o meu dia a dia. Pode ser coisa para meter na garagem um dia que seja rico e possa começar a fazer colecção lol Sendo que é um estilo que sempre gostei, por exemplo a CB Seven Fifty é mota que me enche a vista, ainda que nunca tenha tido a oportunidade de testar nenhuma.
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#10

Eu também tive a experiência de ter uma 600 naked durante algum tempo. E vindo de uma mota de pista, jasus, é uma diferença brutal, 110 para cima já é masoquismo, até porque esta que eu andava, protecção aerodinâmica era zero.  Para ajudar a festa, era arrefecida a ar e óleo, ou seja basicamente é so ar!  lol um dia destes fui andar de calçoes e vinha uma brasa de tal maneira da parte da cabeça do motor e colectores que ate fiquei com a perna vermelha, jurei para nunca mais! Um gajo tem que começar a dar gas mesmo sem querer para nao esturricar as pernas!  lol
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