(26-02-2015 às 16:39)Johnny_1056 Escreveu:  Boas;
Queres comparar a estrutura duma qualquer japonesa com a da MV-Agusta, mesmo tendo em conta o guito russo para suportar as corridas??
É uma vergonha para as japonesas, principalmente quando são as que mais apostam comercialmente neste segmento.

Uma coisa é uma equipa japonesa. Outra são equipas europeias sem apoio de fábrica a correr com máquinas japonesas (mas antigas e inferiores por sinal) face a uma MV desenhada com as SSP em mente, e apoio de fábrica.

A MV mostrou que um projecto bem pensado de raiz com o apoio necessário vai ganhar. Simples. Foi pena a Triumph não o ter conseguido á 7 ou 8 anos atrás.

Boas;
Simples?? Não consigo vislumbrar simplicidade nisso...
Uma marca que ainda há meia dúzia de anos lutava pela sobrevivência após décadas de inexistência está actualmente a lutar num campeonato mundial, isto para mim é digno de registo.
E não vejo nada de simples nisso.

O facto de ser ou não digno de registo não tem a ver com se foi simples ou não. Desenharam uma mota brutal e apostaram financeiramente no projecto. É claro que ia dar resultados.

E o facto das japonesas terem motos mais antigas e inferiores só é responsável pela diferença entre as japonesas e a MV, não pela superioridade da MV. E isso vai-se ver em campeonatos nacionais.

(26-02-2015 às 16:39)Johnny_1056 Escreveu:  Queres comparar a estrutura duma qualquer japonesa com a da MV-Agusta, mesmo tendo em conta o guito russo para suportar as corridas??

Mas não existe estrutura japonesa a suportar corridas!
Não existem equipas de fábrica japonesas!
Existem é equipas privadas que utilizam máquinas japonesas.

Se te sair o euromilhões e decidires criar uma equipa para correr nas wss, podes chegar à Yamaha Portugal e conseguir um acordo para te cederem umas motos e equipamento.
Isso coloca-os na posição de patrocinador. Mas não faz de ti uma equipa de fábrica.

A MV Agusta é o único construtor que tem uma presença assumida como "oficial"... e um milionário russo que gosta de corridas a pegar os ordenados.

(26-02-2015 às 19:28)Duke Escreveu:  A MV mostrou que um projecto bem pensado de raiz com o apoio necessário vai ganhar. Simples. Foi pena a Triumph não o ter conseguido á 7 ou 8 anos atrás.

Pensado de raíz?
Diria mais sentido de oportunidade e muita sorte...

Sentido de oportunidade no sentido de que as equipas dominantes de outros tempos já não o são porque desinvestiram ou abandonaram.
A F3 é efectivamente a única moto NOVA entre modelos que até podem trazer um parafuso melhor afinado cada ano, mas não sofrem revisões profundas há quase uma década.

Depois sorte... porque conseguiu montar uma boa estrutura com bons profissionais provientes de equipas moribundas.

(26-02-2015 às 19:28)Duke Escreveu:  É uma vergonha para as japonesas, principalmente quando são as que mais apostam comercialmente neste segmento.

Á excepção deste ano, quando foi a ultima vez que um construtor japonês anunciou um modelo novo com o objectivo de ser referência no segmento das desportivas?
Já lá vão alguns anos.. certo?
Se calhar não são os que mais apostam comercialmente neste segmento!

(26-02-2015 às 20:43)Johnny_1056 Escreveu:  Uma marca que ainda há meia dúzia de anos lutava pela sobrevivência após décadas de inexistência está actualmente a lutar num campeonato mundial, isto para mim é digno de registo.

Despacharam a husqvarna prá BMW por alguns 90 milhores (que entretanto já foi despachada prá KTM)
Depois despacharam-se á Harley que lhes pagou dívidas e injectou o capital que lhes permitiu comprar umas Daytonas para desmanchar e fazer um motor parecido...
Até que a crise rebenta, e o Castiglioni compra de novo a MV capitalizada e sem dívidas por apenas mais 1 euro que vendeu!

Lá está.. sentido de oportunidade e muita sorte...

Dfelix, nao fui eu que disse que as japonesas apostavam comercialmente neste segmento, retifica lá isso

Boas;
Dfelix, não acho que seja bem assim. A Kawasaki ainda participa oficilamente apoiada pela marca, a Honda participa com a Ten Kate que está oficialmente ligada à marca, a Yamaha até quase desaparecer corria com apoio da BYRD, um departamento apoiado pela marca, a única que desapareceu mesmo a nível oficial foi a Suzuki.
Concordo que a MV Agusta é a única que aparece com o seu "Reparto Corse" de modo mais oficial, mas continuam a existir outras com dedo da casa-mãe.
Curiosamente, a MV Agusta foi buscar os técnicos da Yamaha que ficaram desempregados com a saída desta.

A MV Agusta merece reconhecimento por tudo aquilo que está a fazer, mesmo admitindo o factor sorte.
Faz-me, de certa forma, lembrar a Ducati em MotoGP.