A propósito da partilha do nelsonajm, aproveitei para lançar mais um tópico sobre personalidades do motociclismo: Wayne Rainey. Apesar de já ter falado dele aqui pela inevitabilidade de relacionar o seu nome com o de Kevin Schwantz, é óbviamente uma personalidade que merece ter aqui também o seu próprio espaço.

Citar:Wayne Wesley Rainey (nascido a 23 de outubro de 1960) foi um piloto americano de MotoGP. Durante o final dos anos 80 e o começo dos anos 90, venceu o Campeonato do Mundo de 500cc três vezes e Daytona 200 uma vez. Caracterizou-se pelo seu estilo de condução suave e calculado.



História
Rainey começou sua carreira de piloto no AMA Grand National Championship, uma série que englobava quatro disciplinas distintas de pista de terra e corridas de rua. Em 1981, terminou a temporada Grand National como o 15º classificado em pista de terra no país. Após o seu sucesso na classe de rookies nas 250cc, a Kawasaki contratou-o para competir no AMA Superbike Championship de 1982 como companheiro de equia do então campeão nacional Eddie Lawson. No ano seguinte, Lawson mudou-se para o circuito de Grand Prix e Rainey assumiu o papel de piloto principal, conquistando o Campeonato Nacional de 1983 pela Kawasaki.

Em 1984, aceitou uma oferta para competir na recém formada equipa de corridas Kenny Roberts Yamaha nas 250cc do Campeonato do Mundo de Grandes Prémios. Numa temporada menos bem-sucedida (1 pódio e dificuldade em iniciar a moto), ele voltou para casa em 1985 para se juntar à equipa Maclean Racing nas classes US 250 e Fórmula 1, e depois à equipa americana da Honda de 1986 a 1987, onde competiu em Superbike e F1. Foi durante o Campeonato Nacional de Superbike de 1987 que a sua intensa rivalidade começou com Kevin Schwantz enquanto os dois disputavam o título. Rainey venceu o campeonato, mas a feroz rivalidade entre os dois concorrentes estava apenas começando. Sua rivalidade era tão intensa que eles continuaram sua batalha durante as corridas transatlânticas de 1987, nas quais supostamente eram companheiros de equipa competindo contra uma equipa de pilotos britânicos.



Em 1988, Rainey voltou à Europa, juntando-se novamente à Team Roberts Yamaha, desta vez na principal divisão de 500cc montando a YZR500. Seu arqui-rival Schwantz seguiu-o para a Europa, assinando uma corrida de 500cc para a equipa Suzuki. Os dois continuariam sua rivalidade nas pistas de corrida em toda a Europa, levando um ao outro a níveis mais altos de competitividade. Em 1988, Rainey venceu sua primeira corrida no campeonato mundial no GP da Inglaterra. Também em 1988, ele e seu companheiro de equipa da Team Roberts Yamaha, Kevin Magee, venceram a prestigiosa corrida de resistência Suzuka 8 horas no Japão. Em 1989, Rainey terminou em segundo lugar atrás de Eddie Lawson, vencendo três corridas e subindo ao pódio em todas as corridas que terminou.



De 1990 a 1992, Rainey conquistou três coroas consecutivas nas 500cc pela Yamaha. Rainey esteve envolvido numa campanha árdua com Kevin Schwantz enquanto procurava seu quarto título consecutivo em 1993. Liderava os pontos do campeonato com uma margem de 11 pontos sobre Schwantz e liderava o GP quando sofreu sua queda no GP da Itália de Misano. Deslizou no cascalho em alta velocidade, quebrando sua coluna contra a superfície projetada como recurso de segurança para corridas de carros. A lesão entregou o título a seu grande rival, Schwantz. Os ferimentos de Rainey deixaram-no permanentemente paralisado do peito para baixo.



Depois de ligar para Williams, dono da equipa, para conselho, Rainey mais tarde tornou-se o gerente da equipa Marlboro Yamaha por alguns anos. Após a temporada de 1995, Schwantz retirou-se do Grande Prémio, em parte devido a lesões incómodas e em parte porque perder o grande rival que havia disparado sua intensidade competitiva o fez ver sua própria mortalidade muito mais claramente.

Rainey recusou-se a desistir das corridas apesar da sua deficiência e agora conduz um Superkart controlado à mão na série World SuperKart, com base no norte da Califórnia.

Ele mora em Monterey, Califórnia, numa casa que foi construída com vista para o circuito Mazda Raceway Laguna Seca, pouco antes do seu acidente. O circuito nomeou uma curva em sua homenagem, a Rainey Curve, uma esquerda apertada de velocidade média que segue a famosa curva de saca-rolhas. Rainey foi introduzido no Hall of Fame da AMA em 1999. A FIM nomeou-o uma lenda do Grande Prémio em 2000. Foi introduzido no Hall of Fame do Automobilismo Internacional em 2007. Em 2003, foi um dos pilotos participantes no documentário sobre corridas de motos, "Faster".

Fonte: Wikipedia

Citar:Wayne Rainey é o último dos grandes Campeões Multi-Mundiais americanos a agraciar o MotoGP. O californiano venceu três títulos de 500cc consecutivos de 1990 a 1992 e juntou-se a equipas como Kenny Roberts Snr., Freddie Spencer e Eddie Lawson num legado americano forte que também foi aprimorado por nomes como Kevin Schwantz, Kenny Roberts Jnr. e Nicky Hayden.



Robusto na Yamaha, Rainey foi um dos protagonistas da chamada era dourada da classe rainha no final dos anos 80 e início dos anos 90. O facto de ter vencido três campeonatos ao competir com talentos como Schwantz, Lawson, Mick Doohan e Wayne Gardner, numa época em que os dois tempos de 500cc eram os mais rápidos e brutais, colocam-no por direito nas lendas do MotoGP.



Emergindo ao mesmo tempo que Schwantz através das suas disputas nas corridas de Superbike dos EUA, Rainey foi colocado sob as asas de Kenny Roberts Snr. na sua primeira campanha nas 500cc em 1988. Causou uma impressão imediata com sua dedicação, estudo cuidadoso e estilo de pilotagem. Uma vitória de estreia no Grande Prémio chegou naquele ano em Donington Park e mais seis pódios foram somados pela terceira no geral.

Nas temporadas seguintes, até a fase final de 1993, Rainey conquistou 24 vitórias e 65 pódios, mas não ficou imune a lesões, pois muitas vezes tentava compensar as deficiências dos esforços da Yamaha para competir com o poder do NSR da Honda e da Suzuki RGV. O fatídico último ano ter-lhe-ia entregue o seu quarto título, se um acidente pouco característico ao liderar o Grande Prémio de Misano não tivesse levado o número um a cair no cascalho e causar a ruptura de sua sexta vértebra torácica.

A consistência e a implacabilidade de Rainey na busca pela realização desportiva chegaram a tal ponto que os erros do homem tendiam a chamar mais a atenção do que a sua capacidade fantástica de galvanizar pontos e pódios, mesmo quando aparentemente contra as probabilidades. Um embaixador requintado e respeitado do MotoGP, continua a competir em Karts até hoje e é um visitante frequente do Grande Prémio dos EUA no circuito de Laguna Seca, perto de sua casa atual.

Fonte: MotoGP

Obrigado pela partilha Marco

O Mister Perfect.