Ensaio Honda CBR 500R
#1

A Honda CBR 500R pertence a uma classe de desportivas acessíveis, que podem ser conduzidas com carta A2 e que tem tido especial sucesso, inclusivamente em pista, já que tem servido de base não só para a organização de Troféus monomarca como também integra o grupo de motos homologadas pela DORNA para correr no Campeonato do Mundo de Supersport 300.

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No Campeonato do Mundo Supersport 300, que obteve enorme sucesso em 2017, ano de arranque do mesmo, com nove provas disputadas em circuitos europeus, a Honda CBR500 R do piloto espanhol Mika Perez obteve o 4º lugar da classificação geral atrás das Yamaha de Marc Garcia e Alfonso Coppola e da Kawasaki de Scott Deroue.

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Este ano de 2018 em Portugal, dado o sucesso que o Campeonato do Mundo de Supersport 300, com quase 60 inscritos ao longo do ano nas várias provas, a Federação de Motociclismo Portugal decidiu lançar também a prova Supersport 300 inserida no seu Campeonato Nacional de Velocidade.
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Decidimos por isso ir tomar contacto com uma das suas protagonistas e conhecer melhor o seu desempenho. No grupo de motos homologadas para competir em Supersport 300 encontram-se para além da Honda CBR 500R, também a Yamaha R3, a Kawasaki Ninja 300, que para 2018 sobe de cilindrada para 400, a KTM RC 390 e a Benelli 302 R.

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Sendo a Honda CBR 500R a de maior cilindrada, 471cc, e de maior potência, 48 cv, decidimos começar pela mesma. O modelo em questão foi lançado já em 2013 mas as suas linhas continuam actuais e a sua estética e dimensão fazem lembrar a sua irmã mais velha de 1000cc.

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A primeira impressão é a de uma moto desportiva leve, muito ágil e até algo confortável na sua posição de condução, considerando o segmento a que pertence, a deixar perceber a intenção da Honda em dotar este modelo de maior polivalência, no sentido de a mesma poder ser uma desportiva para o dia a dia.

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O ensaio decorreu em dias chuvosos com piso molhado pelo que apreciámos a progressividade do seu motor, com a potência a aparecer de forma linear e progressiva, sem grandes picos, o que facilitou a sua condução e compensou a menor aderência que as estradas proporcionavam.

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Gostámos do conforto das suspensões, embora em condução mais agressiva se mostrassem algo brandas, o que acabámos também por ajustar as mesmas em pré-carga na frente e atrás, pois ambas permitem esse ajuste.

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O motor bi-cilíndrico em linha debita 48 cv às 8.500 rpm e tem um binário máximo de 43 Nm às 7.000 rpm. É um motor “redondo” com red line logo antes das 9.000 rpm o que significa que não é um motor muito rotativo e que prima antes pela suavidade e por um binário bem distribuído ao longo de todo o seu regime. Sentimos por isso a falta de um comportamento mais vivo e aquele despertar que se espera de uma moto de cariz desportivo nos regimes mais altos.

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Gostámos do equilíbrio que a CBR 500R demonstrou na sua condução, muito fácil de inserir em curva, ágil e ao mesmo tempo segura nas trajectórias em condução mais agressiva. A travagem, que inclui ABS, revelou-se acertada para as prestações da CBR 500R e o tacto do travão da frente é excelente como é habitual nas Hondas. Não sentimos falta de um segundo disco na frente, até porque o piso molhado não nos permitiu abusar demasiado da sua condução. No entanto há a considerar que as restantes motos deste segmento todas montam apenas um disco na dianteira. Sentimos a falta de maior rigidez da suspensão dianteira em travagens mais incisivas pelo que, como já referimos, ajustámos ligeiramente a pré-carga da mesma.

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Os acabamentos são excelentes, o banco é inclusivamente bastante confortável e a proteção aerodinâmica, apesar da posição de condução ter uma postura naturalmente direita, realidade que não se espera numa desportiva, é eficaz e garante conforto extra quando circulamos a maior velocidade ou quando temos que realizar trajectos mais longos. A caixa de 6 velocidades é algo dura nas reduções.

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O painel de informação totalmente digital é bastante completo e de simples leitura, com conta kms total e dois parciais, indicador de nível de combustível, indicador de velocidade e de rotações também, relógio e indicadores luminosos, no topo do mesmo, de óleo, temperatura, ponto morto, luzes, piscas e ABS.

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Ficamos na expectativa de a ver em pista já a partir de Abril próximo aos comandos de jovens pilotos que venham a eleger a mesma para competir em Supersport 300 no CNV de 2018.

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A Honda CBR 500R está disponível em 4 cores, Mate Black, Millenium Red, Pearl White e Graphite Black e

tem um PVP de 6.600,- euros

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Fonte : MotorSport

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#2

De momento não tenho jardim... devil

A minha máquina (e ex):
KTM 1290 SuperAdventure S
KTM 1290 Super Duke GT
Kawasaki Versys 1000
Yamaha FZS 600 Fazer

[Imagem: censorship2.jpg]
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#3

Conheço...ja fiz uns kms em cima de uma.
É "maneirinha", conduz-se bem, economica, carta A2, ainda chega perto dos 190km/h... bigsmile
Mas...nao é de todo o meu estilo thumbsdown
Faz -me doer as mãos, os pulsos, as costas, os rins.... lol
(Tou velho!!!) troll
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#4

Depois de ler a tua assinatura percebi o. Porque das tuas dores....

Convém também ter alguma preparação física para mais facilmente adaptar-se a determinadas ergonomias.

Por último....
Envelhecer é inevitável.
Amadurecer é uma opção.

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#5

Bom tópico!

Nunca tinha lido nada sobre esta CBR, gostei...

Honda CX 400 '83 Eurosport
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#6

Utilitária com saias....

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#7

(06-01-2018 às 16:12)LoneRider Escreveu:  Utilitária com saias....

Nem mais nem menos...

Mais vale logo uma despida...

Live After Death...

Os Ferros...

In life, nothing happens by chance...
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#8

(16-01-2018 às 13:32)FerroH Escreveu:  
(06-01-2018 às 16:12)LoneRider Escreveu:  Utilitária com saias....

Nem mais nem menos...

Mais vale logo uma despida...

Talvez a única vantagem desta mota resida precisamente no facto de ter saias, com a consequência de resistir menos, logo ganhar algo em velocidade ponta!

Dai a ser considerada como uma desportiva vai um caminho bué longo...

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#9

Bem..não acho que seja de todo uma moto para pista..mas cada maluco com a sua panca.


Enviado do meu iPhone usando o Tapatalk
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#10

A adaptação aos circuitos deve-se por vários motivos.

Primeiro porque o campeonato de SuperSport onde competiam R6, CBR 600 e companhia vai desaparecer.
Depois porque existe uma demanda no mercado por estas pseudo desportivas e depois porque é uma categoria de entrada, económica e que servirá de escola a novos talentos.

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