(17-09-2020 às 14:34)marco.clara Escreveu: Uma vez mais, entendo pelos teus comentários que estás a assumir o papel do advogado do Diabo. Ainda não é claro para mim se "entendes a situação" ou se "concordas com a situação". Custa-me compreender que qualquer motociclista possa estar de acordo com a implementação deste tipo de restrições, quer porque nos toca pessoalmente, quer porque temos um ponto de vista mais detalhado sobre o que isso implica. Mas uma vez mais... são opiniões, e podemos ter de concordar em discordar.
Se a pergunta é se estou de acordo com a proibição de circulação de motas com escapes com níveis de ruído acima do permitido em certas zonas urbanas? Obviamente que sim. No fundo o que se trata é de fazer valer uma lei que já existe (proibição dos escapes passarem dos 95db). Ao contrário de outras leis (ou interpretações de leis) essas sim no meu entender persecutórias (como alguns dos critérios que temos ouvido falar nas redes sociais para atribuição de multas por alterações aos veículos), as referentes aos níveis de poluição e ruído terão sempre a minha aprovação. O meu direito a ter um escape ruidoso não se sobrepõe ao de terceiros terem um espaço urbano livre de poluição. Sempre foi a minha posição neste e noutros assuntos.
Não estou contra os escapes aftermarket só porque sim. Gosto de um bom ronco de motor como qualquer outra pessoa, mesmo que ache um desperdício de dinheiro. Fossem mais baratos, legais, não invalidassem garantias e cumprissem os requisitos legais de emissões e ruído, já teria um na CB há muito tempo. O meu problema com isto é que nenhuma destas premissas ainda se realizou. E provavelmente se algum dia se realizar, deixam de ser equipamentos apelativos. Até tive sorte nisso porque gosto do som de origem da CB.
Se enquanto grupo praticante de uma actividade não formos capazes de seguir as regras estipuladas para todos (concorde-se ou não com elas), temos necessariamente de estar preparados para as consequências desse incumprimento, como em tudo na vida.