Não são intenções novas. Quando comecei nisto das motas, nos primeiros anos da década de 90, já a recém fundada UE (que surgiu em seguimento da anterior CEE), veio cheia de medidas novas e altamente restritivas, a aplicar aos motociclos, sendo a mais célebre delas todas, o limite máximo de potência a 100cv. Tanto que houve uma enorme união de todos os motociclistas europeus em torno da defesa dos nossos direitos, com massivas manifestações de milhares, oriundos dos diferentes pontos do velho continente, que ficaram conhecidas como as Eurodemo. O facto é que surtiram efeito e acabaram muitas dessas medidas restritivas a cair por terra.
Mas nesta questão do ruído, não deixo porém de concordar em certo ponto com o Bosco. O pessoal agora queixa-se da actual "perseguição policial incessante" a alterações às características de origem das motos, incidindo estas em maior medida a escapes aftermarket barulhentos. Não acho que o problema seja tanto o escape não ser stock, mas sim o retirar dos dbkillers, com o intuito propositado de fazer ruído. Porque possivelmente, se não houvesse tanta gente a retirar os silenciadores dos escapes, sob alegados pretextos altamente discutíveis como o "loud pipes save lives", talvez a coisa não tivesse chegado a este ponto. Nada contra em meter um akra, por exemplo... agora, tirar-lhe o db-killer de forma propositada, já se está a pedir algo por acréscimo. E por arrasto vem então o resto, como depois os agentes de autoridade fazerem fiscalizações massivas e concertadas às motos, nos habituais locais de ajuntamento, e tudo o que sejam alterações de merda, por mais ínfimas ou ridículas que sejam, acabam a dar multa e a mandar as motos para inspecção B. Claro, como já se disse, estão também os justos, a pagar pelos pecadores.
Regra geral, as medidas repressivas vêm também em seguimento e como consequência das atitudes e posturas ilícitas que (alguns de nós) temos, e é isso que não deveremos esquecer. A velha máxima de que "a liberdade de cada um acaba quando interfere com a liberdade dos demais". Porque, tal como o Marco disse, também nos automóveis, existe pessoal a fazer alterações, e não é por isso que as autoridades acabam a pegar por questões de merda, multando de forma quase indiscriminada todo e qualquer condutor (como se está a assistir nas motos).
E depois são também as entidades oficiais (desde legisladores a fiscalizadores), que em lugar de criarem sistemas de controlo, triagem e sancionamento de quem realmente incumpre, toma todos pelo mesmo, criando medidas restritivas ridículas e abrangentes, como esta que dá mote a este tópico, entre outras. Porque uma moto não faz, em condições originais, assim tanto mais ruído que um automóvel (tanto que o índice decibélico está averbado no DUA. Comparando o DUA da minha mota com o do carro, o da moto indica mais 13db que o do carro).
É mais fácil e barato proibir, do que regular, implementar e controlar.
Não esqueçam que quem restringe e legisla sobre motos, por norma, nunca sentou o seu lustroso traseiro de calças de fazenda, em cima de uma.
Mas nesta questão do ruído, não deixo porém de concordar em certo ponto com o Bosco. O pessoal agora queixa-se da actual "perseguição policial incessante" a alterações às características de origem das motos, incidindo estas em maior medida a escapes aftermarket barulhentos. Não acho que o problema seja tanto o escape não ser stock, mas sim o retirar dos dbkillers, com o intuito propositado de fazer ruído. Porque possivelmente, se não houvesse tanta gente a retirar os silenciadores dos escapes, sob alegados pretextos altamente discutíveis como o "loud pipes save lives", talvez a coisa não tivesse chegado a este ponto. Nada contra em meter um akra, por exemplo... agora, tirar-lhe o db-killer de forma propositada, já se está a pedir algo por acréscimo. E por arrasto vem então o resto, como depois os agentes de autoridade fazerem fiscalizações massivas e concertadas às motos, nos habituais locais de ajuntamento, e tudo o que sejam alterações de merda, por mais ínfimas ou ridículas que sejam, acabam a dar multa e a mandar as motos para inspecção B. Claro, como já se disse, estão também os justos, a pagar pelos pecadores.
Regra geral, as medidas repressivas vêm também em seguimento e como consequência das atitudes e posturas ilícitas que (alguns de nós) temos, e é isso que não deveremos esquecer. A velha máxima de que "a liberdade de cada um acaba quando interfere com a liberdade dos demais". Porque, tal como o Marco disse, também nos automóveis, existe pessoal a fazer alterações, e não é por isso que as autoridades acabam a pegar por questões de merda, multando de forma quase indiscriminada todo e qualquer condutor (como se está a assistir nas motos).
E depois são também as entidades oficiais (desde legisladores a fiscalizadores), que em lugar de criarem sistemas de controlo, triagem e sancionamento de quem realmente incumpre, toma todos pelo mesmo, criando medidas restritivas ridículas e abrangentes, como esta que dá mote a este tópico, entre outras. Porque uma moto não faz, em condições originais, assim tanto mais ruído que um automóvel (tanto que o índice decibélico está averbado no DUA. Comparando o DUA da minha mota com o do carro, o da moto indica mais 13db que o do carro).
É mais fácil e barato proibir, do que regular, implementar e controlar.
Não esqueçam que quem restringe e legisla sobre motos, por norma, nunca sentou o seu lustroso traseiro de calças de fazenda, em cima de uma.