(08-07-2016 às 13:12)Johnny_1056 Escreveu: Surpreendeste-me, mas tal não quer dizer que tenhas feito má escolha.
Está longe de ser uma má escolha.
É extremamente competente em cidade.
Muito ágil e maneável no transito. Leve e com um ângulo de guiador que permite facilmente contornar os obstáculos em filas compactas.
Em estrada aberta é ágil, curva muito bem, e o motor é mais do que adequado.
A Ducati foi feliz na forma como reformulou o 803cc da Monster 796 para esta moto, com a entrega de binário posicionada precisamente nos regimes em que é mais utilizada.
Aliás, a entrega é tão adequada que se consegue circular em boas estradas e vias rápidas a uma velocidade cruzeiro de 130-140 khm com resposta garantida do acelerador quando necessário.
Já acima disso, por falta de protecção aerodinamica e pela posição de braços abertos torna-se penoso.
Mas enrolando o punho ela responde.
Atinge mais facilmente os 180 do que aquilo que o condutor consegue suportar. A partir daí precisa de embalar até esgotar a 6ª nos 200.
Não é o habitat natural dela.
E os consumos são bastante racionais.
Pelas contas que fiz anda nos 5L/100 com uma utilização despreocupada percorrendo ambientes variados (30% cidade/ 50% nacionais/ 20% AE).
Isto significa que apesar do depósito só levar 13.5L, consegue-se uma autonomia superior a 200km até acender a luz da reserva.
Pontos positivos a assinalar:
- Curva para caralho! Apesar de ser uma moto de estrada com geometria de trail com jante 18' na frente e orientada a um público alvo que a procura sobretudo pela estética, não deixa de oferecer uma experincia de condução que é expectável de uma Ducati.
- O Pirelli MT60RS é soberbo. Nunca imaginei que um pneu "dual purpose" feito por encomenda sobretudo para garantir o look retro e um aspecto "van van" fosse tão competente.
Em asfalto agarra muito bem e o perfil tolera inclinações consideráveis graças a uma margem totalmente "slick" nas extremidades.
Fora de estrada é satisfatório. Melhor que qualquer pneu de estrada, mas longe de ser um pneu offroad.
- A travagem é poderosa. É certo que só um disco... mas 330mm. Igual aos da Panigale.
Pontos negativos a assinalar:
- A caixa é solta, com demasiado curso no pedal e pontos mortos fantasma. Já acontecia nas Moster e nesta não é excepção.
Há quem diga que não é defeito mas sim feitio... mas em termos comparativos a outras motos não deixa de ser um ponto negativo.
- O motor tem um trabalhar barulhento devido ao desmo. Mais uma vez trata-se feitio. Mas um problema para os condutores que tal como eu são paranoicos com tudo o que são vibrações misteriosas e alterações de ruido.
- A instrumentação poderia ser mais detalhada. A estética que lembra os Casio dos anos 80 numa moto que toda ela transpira anos 60 é discutivel, mas cumpre a sua função. Porém, para um modelo de 2015 há certas coisas que é suposto todas as motos novas trazer, sobretudo dentro desta gama de preços. Refiro-me a indicador de velocidade engranada e consumos.