(25-10-2017 às 22:32)jofra Escreveu: Acredito mais que seja uma sport tourer (algo tipo a z1000sx) do que uma tracer 1000.
A Sport-Tourer da Yamaha para 2018 há já algum tempo que é conhecida... e vem rejuvenescida para o próximo ano.
https://youtu.be/gROi6kGT4c4 (25-10-2017 às 23:40)vindaloo Escreveu: A crosstourer tem vendas residuais porque a mota e pesada e cansada esteticamente como dinamicamente.
Perfeitamente de acordo. E aquele ar de família que tem com as NC e CB500X, também não augura muitas melhorias nesse capitulo. A par de um preço quase ao nível de uma R1200GS.
(25-10-2017 às 23:40)vindaloo Escreveu: Ha motas bem sucedidas comercialmente como a Varadero (bom motor, embora guloso)ou a FZ1S. Embora nao sejam bem a mesma coisa, o publico mais maduro acolhe estas motas se lhes permitirem alguma emoção.
Sempre vi a Varadero como a solução de recurso para rentabilizarem esse excelente motor proveniente do flop que foi a Firestorm. Havia que lançar na época uma nova Africa Twin, estando em fim de vida a XRV750... A Varadero no fundo foi a primeira Africa Twin de 1000cc, que acentuou a veia asfáltica e acabou a nunca a herdar esse nome... até ter aparecido há 2 anos a CRF1000L. A FZ1 vi-a mais como o compromisso de gajos trintões e de anilha no dedo, que queriam algo que se mexesse bem, mas sem terem de andar encolhidos.
Público maduro? Actualmente vejo-o mais a acolher agora outro tipo de moto... de "mamas descaídas". O universo representativo dos amigos do Luís Salgueiro, do M.C. da Arruda, que ele nos apresentou na crónica da caldeirada, é um belo exemplo estatístico.
(25-10-2017 às 23:40)vindaloo Escreveu: A yamaha ganhava esse espaco, extremando a tenere emagrecendo-a para bater peito com a Africa Twin, e abria uma estradista com motor e algum vinco desportivo a esta hipotetica tracer 10.
Mais facilmente via a Teneré a "crescer" e a reaparecer, para se bater à Africa Twin, do que a Super Teneré, a perder peso e cubicagem. Até porque, voltando a falar da Crosstourer, vejo a SupTeneré mais ou menos no mesmo "tag".... não vende muito.... mas também não chateia e vai continuando a haver um espacinho no catálogo para elas.
(25-10-2017 às 23:40)vindaloo Escreveu: Acredito que mais depressa um cliente de uma xr vai olhar para uma tracer 10, do que um cliente GS olhar para uma super tenere.
Ou não.... acho que nem num, nem noutro caso. O status e aura de uma europeia ainda prevalece. E nisto não falo só da XR, como das outras, especialmente a bolonhesa ou a austríaca.
(25-10-2017 às 23:40)vindaloo Escreveu: E aos outros concorrentes niponicos, falta-lhes o motor que a yamaha ja tem.
Nope. Motores já os outros nipónicos também têm, nas suas superbikes de catálogo... falta-lhes sim é fazer o aproveitamento directo dos mesmos, como a Yamaha já fez para a MT-10, e não ir usando os "restos" das anteriores gerações.
(25-10-2017 às 23:40)vindaloo Escreveu: O que acho foleiro e definitivamente fora de graca e penduricalhar a mt 10 com malas e vidros horrorosos e fazer-se representar dessa maneira com turismo.
Não é isso que a actual MT-10 Tourer Edition ja é? Mas se formos a ver, outros construtores também já têm propostas semelhantes nas suas naked derivadas de desportivas (por exemplo, a Super Duke GT)
(26-10-2017 às 00:46)michelfpinto Escreveu: E as motas que tens nessa lista estão à altura das MTS, XR ou SuperAdventure S?
Na actualidade, dentro deste nicho, não vejo mais nenhuma que não estas três. Nem mesmo a Caponord 1200 ou a Tiger 1200 acho que se enquadre nestes parâmetros ("calças arregaçadas" com motores de desportivas e potências na ordem dos 160 cv).
(26-10-2017 às 00:46)michelfpinto Escreveu: As motas acima, e tirando a Tracer 900 (e a AT que tem um propósito diferente), são motas com uma concepção mais antiga e que não estão ao nível do que melhor se faz hoje. São boas motas, mas não são um "padrão" atual, sendo a continuidade de motas que já vem dos inícios de 2000.
Mas o segmento de mercado ou nicho desse segmento não é feito pela antiguidade das soluções usadas, em cada um dos modelos, mas sim pela generalidade das características e specs que é comum a esses mesmos modelos. Por exemplo, uma Versys, por usar um motor "antigo", não deixa de ter uma Tracer 900 como concorrente directa.
(26-10-2017 às 00:46)michelfpinto Escreveu: Não espero que as japonesas se nivelem por baixo, e embora tenham andado adormecidas durante alguns anos, espero que rejuvenesçam e venham para o mercado com motas que se batam de igual para igual com as Europeias... E para mim, espero que a Yamaha/Kawasaki/Suzuki/Honda lancem motas que se batam com as europeias faz todo o sentido.
Existe aqui a questão do pedigree. É certo que as japonesas são imbatíveis em termos de fiabilidade e robustez... mas só isso não chega para se baterem de igual para igual.
Por muito boas (ou até melhores) que sejam, falta-lhes aquela essência, aquele status e o hype gerado à volta das marcas europeias. Chamem-lhe de marketing, pretenciosismo, vaidosismo ou o que quiserem... o facto é que isso também vende. E não devem ser muitos aqueles com poder económico para comprar uma Ducati, uma BMW ou uma KTM, de repente a "virarem o bico ao prego" e optarem por uma japonesa. Isso está mais que visto e constatado.
(26-10-2017 às 00:46)michelfpinto Escreveu: Mas depreendo pelo que escreveste que a Ducati lançar a MTS 950 foi um tiro no pé e não faz sentido.
Pelo contrário. Os italianos nesse aspecto são astutos... ainda mais quando eles mexem os cordelinhos e têm os alemães a injectar dinheiro fresco e a pagar as contas. Aproveitar o estatuto que a 1200 já tem, e lançar uma moto à sua imagem, com o o Testastretta 937cc já existente, e mais barata (pelo preço equivalente a qualquer maxi-trail japonesa de 1000cc), é uma grande jogada.
Eu se estivesse comprador de uma nipónica trail de 1000cc, depois de ver que a MS950 está no mesmo price tag, nem pensava duas vezes, e ia buscar a Ducati.
(26-10-2017 às 00:46)michelfpinto Escreveu: E em relação à crosstourer teve mais ou menos o mesmo sucesso comercial que a mota que tens, a VFR1200, foram um tiro ao lado do que o mercado procurava...
Estás a confundir coisas diferentes. As maxi-trail estão na ordem do dia.... as sport-tourer, contrariamente, estão em vias de extinção.
A Cross-tourer não vende pelas razões acima enunciadas, mas não deixa de ser uma maxi-trail... e tem congéneres suas a venderem que nem pãezinhos quentes.
A VFR1200F é uma sport-tourer... e infelizmente teve vendas mais ou menos na mesma linha das suas congéneres K12/13S ou Z1000SX. Venderam-se (ou vão-se vendendo) residualmente, mas estão longe de ter algum sucesso comercial. Tanto que a maior parte delas têm vindo a ser descatalogadas. Neste momento, e tirando alguns entusiastas, não é o que o público procura.