(01-04-2016 às 13:10)LoneRider Escreveu: Olha lá....
Eu não sou engenheiro mas aprendi que a maior atrito maior perda de energia.
Onde é que existe atrito, nas engrenagem e superfícies em movimento.
Tendo uma corrente uma inúmera quantidade de peças em atrito permanente não perde mais que um veio que para além da união elástica apenas tem duas engrenagens?
Está certo que a corrente pode estar bem lubrificar, mas os veios tem as suas articulações lubrificadas também.
Além disso, por ser uma transmissão mais directa e menos elástica, é por isso que nas reduções malucas a roda bloqueia com mais facilidade não?
Se é assim no sentido inverso da transmissão de força, não será igual no sentido normal?
Já agora, os carros abandonaram as correntes de transmissão só por uma questão de resistência à torção!?
Nas engrenagens existe contacto e deslizamento continuo durante o engrenamento. Isto é difícil de explicar por aqui...
E existe algum escorregamento sempre. O deslizamento das superficies só é nulo sobre o ponto correspondente aos círculos primitivos das engrenagens. Quando se usa dentando normal existem essencialmente duas razões para fazer correcção de dentando, uma é interferência e outra é precisamente para equilibrar o desgaste das rodas. Quando uma engrenagem é relativamente maior que a outra os dois problemas agravam-se, sendo que (se não se corrigir o dentado) o desgaste será maior na roda mais pequena. Com dentando corrigido há desgaste mas tenta-se equilibrar nas duas rodas.
Com dentando helicoidal em vez do recto é a mesma coisa, com a vantagem de o engrenamento se fazer de forma mais progressiva.
Mas como já disse, apesar de tudo as engrenagens tem um rendimento muito bom. Perdendo um pouco no caso de pinhão coroa (e muito se formos para os sem-fim).
O problema muitas vezes é a cadeia. É certo que é menos elástica pois os elementos são mais rígidos mas não é mais directa. Quer na corrente quer nas correias tens uma relação (pinhão-cremalheira, ou entre as duas polias), na transmissão por veio terás à partida pelo menos duas uma em cada ponta.
A verdade é que no fim de contas as perdas entre os vários sistemas de transmissão numa mota não serão significativamente diferentes...
Esta imagem não é especifica para motas mas a ideia é a mesma. Da esquerda para a direita: Correias, Corrente, Engrenagens (sendo que no caso das transmições por veio existe engrenagens conicas que são um bocadinho inferiores as cilíndricas, mas é quase igual)
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--Cláudio A. B. Silva--