Tenere 900
#41

(03-05-2022 às 17:25)pareias Escreveu:  O que é uma atitude bastante mais sensata do que a nossa, diga-se.

é um efeito secundário mais ou menos comum da pobreza esse.
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#42

Falam da transição energética e que os construtores já não deviam apostar num mercado (motores a combustão) que tem o seu fim a vista. Sinceramente não acho que as coisas sejam assim tao lineares como aparentam. Até porque o Carlos já mencionou uns quantos pontos importantes. Mas qualquer pessoa que não tenha uma mota só como meio de transporte, de ir de ponto A a ponto B, duvido seriamente que esteja ansioso pela chegada dos motores eléctricos.

Alias, pessoal já com alguns anos disto e que tem motas de media cilindrada para cima, maior parte ainda espera que os motores a combustão estejam cá uns bons anos. Até agora, ainda não ouvi ninguém no que toca as motas, ansioso por fazer essa transição, e como o Carlos bem disse, nem sequer ainda existem alternativas minimamente apelativas, tanto quanto à componente técnica, pratica e financeira. Logo eu só vejo mais que normal, que ainda se vá apostando nos motores a combustão. A transição não será nada fácil, ainda para mais neste país, onde onde o estrangulamento econômico se vai acentuando cada vez mais e mais.
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#43

No fundo, o problema da Suzuki é financiero, mas também é uma questão de visão de mercado.

Ou seja, o MotoGP é um laboratório de inovação e desenvolvimento.
Mas para quê desenvolver uma tecnologia que já pouco tem para dar e que já poucos a querem?

Não seria mais fácil investir em desenvolver tecnologias alternativas?

Ainda há não muito tempo li algo sobre isso mesmo, onde marcas como a Toyota, Yamaha y KHI estavam metidas até ao pescoço!

É por aí que eu acho que vão as coisas e não passam exclusivamente por baterias eléctricas.
Aliás, a transição energética ainda não disse onde nos vai levar, até porque existem várias tecnologias em desenvolvimento que emitem 0 emissões.

Que o pessoal vai ser nostálgico dos motores que transformam energia química em mecânica através de deitar fumo pelo escape, isso não discuto. Mas que a transição está aí é indiscutível e o abandono da Suzuki do moto GP, donde tem uma tradição que remonta as fundações da empresa dos teares, pode ser só mais um sinal do que ao longo do nosso tempo vai acontecer.
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#44

A grande questão a resolver, para além da densidade de energia, é a degradação das baterias.

Há relatos de VW ID-4 com 10% de degradação no primeiro ano de uso.

Não é a questão do preço de aquisição, o ID-4 custa o mesmo que um Tiguan, nem da autonomia nominal. Toda a gente vê que o custo do carro elétrico está na bateria e mesmo assim a durabilidade desse componente é muito pobre.

Numa moto, com a autonomia nominal já muito baixa, uma degradação de 10% pode significar a perda de interesse.

Obviamente que serão necessários muitos anos até a tecnologia estabilizar.

Vocês comprariam uma moto a gasolina com perda de autonomia de 10% por ano?
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#45

(03-05-2022 às 17:23)Liquid_Fire Escreveu:  o problema é que nem a r125 os putos hoje em dia compram, os poucos que querem mota querem uma nmax pratica ou um scooter electrica yamaha

Depende de como encaras a moto e para o que a vais usar. Nós somos da "escola" em que a moto era sobretudo paixão e culto.

Hoje em dia, especialmente com a abertura do mundo das motos a encartados de outras categorias, assistiu-se também a uma massificação e generalização do fenómeno... e são esses que a meu ver, encaram a moto apenas como um mero meio de transporte, para fugir e furar o trânsito, cansados de horas dentro de um automóvel.

Mas continua a haver esse pessoal, mesmo novo, que vê tal como nós, a moto como paixão e culto. E esses, mesmo que por limitações económicas, acabam a preferir outras propostas que não uma simples scooter. E as marcas "made in China" têm ajudado bastante à proliferação deste fenómeno, pois conseguem oferecer algo diferente (mais que não seja, em aparência), de baixa cilindrada, a um custo reduzido (o mesmo que custaria uma mais desinteressante PCX ou uma NMax), para pessoas que mesmo condicionadas economicamente, vêm na moto algo mais que um mero meio de transporte.

(03-05-2022 às 17:45)Lifeinloops Escreveu:  Penso que o facto de não existir nenhuma "Tesla" dos motociclos é a causa disso mesmo também

Mas o facto é que existe uma "Tesla" dos motociclos. A Energica oferece-te soluções de motos com locomoção eléctrica, completíssimas, estética consensual e boas performances. Mas... extremamente caras!

E dar 25 ou 30 mil euros por uma moto, com os handicaps que as eléctricas (ainda) têm, dá que pensar.

https://www.energicamotor.com/en/

(03-05-2022 às 17:45)Lifeinloops Escreveu:  pergunto-me se caso existi-se o equivalente de tal companhia no mundo de duas rodas, a situação estivesse noutro pé. por outro lado provavelmente não existe devido à fraca plataforma que um veiculo de 2 rodas oferece para se implementar a atual tecnologia elétrica.

A autonomia depende directamente da capacidade de armazenamento de carga. E por princípio, quanto mais / maiores baterias, mais capacidade. Mas as baterias são pesadas. Uma moto está sempre limitada pelo espaço disponível para as albergar, bem como pelo peso que vai ser incrementado. Uma Ego, por exemplo, para uma autonomia (anunciada) de 200km, pesa mais de 280kg.

E tecnologia híbrida numa moto, então será para esquecer, pois se para incluir 1 sistema, já existem limitações, então com um sistema híbrido, mais se complica.

(03-05-2022 às 17:45)Lifeinloops Escreveu:  na minha opinião vamos passar sem dúvida pelos combustíveis biodegradaveis

Nisto da transição energética, as motos ainda são vistas como "um mal menor". Basta ver até que as exigências em termos de normas ambientais são bem menos pesadas que para os veículos de 4 (ou mais) rodas.
Acredito que essa dita transição irá centrar-se mais noutro tipo de veículos que não as motos... e ainda iremos / teremos motores de combustão por bom tempo, nas duas rodas.

[Imagem: QKmafvp.png]
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#46

nessa caso até sao mais baratas do que eu pensava, eu julgava algo na casa dos 40mil para cima.

O bom do combustivel biodegradavel é que serve para alimentar o motor a combustão, eu também acho que ainda vão andar por cá muitos mais anos os motores
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#47

(04-05-2022 às 12:47)Lifeinloops Escreveu:  nessa caso até sao mais baratas do que eu pensava, eu julgava algo na casa dos 40mil para cima.

Depende. A questão é quando comparas uma elétrica, desse montante, com uma congénere com motor "poluente" (em termos de conceito, specs e prestações), que te custaria (hipoteticamente), menos 10 mil!

O site da Energica não tem preços (possivelmente só por configurador e/ou contacto directo). Mas estou a falar de cabeça, dos valores que vi afixados, no stand deles, aquando da visita à EICMA, há já uns anitos.

No entanto, usadas, neste site podes ver os valores que (ainda) pedem por elas... em diferentes países.

https://www.oparking-moto.pt/motos-em-se...a-ego.html

[Imagem: QKmafvp.png]
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#48

(04-05-2022 às 12:31)carlos-kb Escreveu:  Mas o facto é que existe uma "Tesla" dos motociclos.

Não sei se existe propriamente algo que se possa considerar "Tesla" dos motociclos.
Porque a própria "Tesla" é um fenómeno onde algumas características acessórias inovadoras a colocam num patamar acima do que propriamente representa enquanto veículo.

Diria que a Tesla tornou-se foi uma espécie de Apple dos EV's.
Onde a concorrência por muito que apresente melhores soluções não terá a mesma aura do ponto de vista de branding.

A Energica é um excelente exemplo de player que apresenta propostas interessantes.
Tal como a Zero num patamar mais realista para o comum utilizador final.
Ironicamente ambos são construtores sem história.

Dentro dos que têm tradição tudo parece andar a apanhar bonés.

A proposta que poderá ser interessante será o que possa derivar do actual protótipo desenvolvido pela Triumph em parceria com uma catrefada de entidades que incluem a Williams... e cujo investimento está a ser feito com dinheiro da coroa.
Algo que acaba por surgir também como uma necessidade.
Já que o Boris parece bastante decidido em acabar com os fósseis.
Mas sem deixar a industria nacional sofrer muito com isso.
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#49

(05-05-2022 às 11:05)dfelix Escreveu:  Não sei se existe propriamente algo que se possa considerar "Tesla" dos motociclos.
Porque a própria "Tesla" é um fenómeno onde algumas características acessórias inovadoras a colocam num patamar acima do que propriamente representa enquanto veículo.

Diria que a Tesla tornou-se foi uma espécie de Apple dos EV's.
Onde a concorrência por muito que apresente melhores soluções não terá a mesma aura do ponto de vista de branding.

Referi-o, no sentido da Energica (a par como foi a extinta Brammo ou até a Lightning) ser das pioneiras no fabrico e desenvolvimento exclusivo de motos eléctricas, sendo ao mesmo tempo das mais reputadas, eficientes e que oferecem um produto num estatuto tecnológico mais elevado, face às restantes... tal como a Tesla, nos automóveis.

Claro que o mundo da locomoção eléctrica nas motos, está a anos-luz do que já temos nas 4 rodas. Essa representatividade comercial e aura de que falas, que a Tesla tem nos automóveis, pela limitação e pouca procura, ainda existente no mercado dos EV's das duas rodas, não pode ser sequer comparável. No entanto, a Energica, na sua pequenez, mantém dentro do universo motociclístico, o mais elevado status em relação às suas concorrentes, detendo inclusivé o fornecimento exclusivo das motos do campeonato do mundo de Moto-E (que possivelmente também não haverá muita demais escolha).

Curiosamente, fui pesquisar sobre o que poderia haver sobre o tema... e encontrei isto:

>> Is this the Tesla of motorcycles? <<

[Imagem: QKmafvp.png]
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#50

(02-05-2022 às 11:23)Nfilipe Escreveu:  Uma certo nivel arrojado de engenharia acho que de uma maneira ou outra acaba por comprometer sempre um pouco a fiabilidade. No entanto grandes avanços tecnologicos e abordagens pouco convencionais na engenharia nos motores quando nao sao acompanhadas por uma certa fiabilidade desejada, causa sempre aquela sensacao de inseguranca. E sim as sensaçoes que uma mota causa sao muito importantes.

Mas ainda assim prefiro uma engenharia mais convencional e previsivel, mas ter segurança quando saio com a mota do que todas as sensacoes que um motor fora do comum possa dar mas que por outro lado, um gajo n sabe se a mota nao vem p casa mas montada no reboque. Mas la está, isto também é a mentalidade de pobre a falar!
OK... Estás a querer dizer que preferes uma gaja que te dá a oportunidade de 3 quecas por semana, mas sempre de luz apagada e na posição de missionário... Em detrimento duma polaca que te dá de tudo e mais a prima é a amiga tudo ao molho e fé em Deus... A noite toda.... Mas não sabes bem quando... Já provaste.... Mas nao as vezes que ambicionava... Porque ela anda de mv Agusta... E aquilo nem sempre pega....

[Imagem: SM4eYt9.png]
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