Tenere 900
#31

(03-05-2022 às 12:49)LoneRider Escreveu:  Eu acho que a Yamaha, assim como todos os grandes construtores estão a aplicar o chavão renovar-se ou morrer.
Estamos em plena transição energética e, independentemente do rendimento comercial, convém apresentar veículos que respondam à procura existente.

Não tem lógica enterrar dinheiro num laboratório tecnológico caducado e que não obedece as procuras comerciais.

faço destas as minhas palavras, com as restricoes euro cada vez mais intensas, fica até dificil investir na meia cilindrada desportiva mesmo que haja vontade.
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#32

Lifeinloops! lol
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#33

piloto solitário! lol
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#34

(03-05-2022 às 13:50)Nfilipe Escreveu:  Eu ficava admirado era se continuassem a investir na Nikem. Uma mota que ninguem pediu, já para nao falar que se deixaram de investir é porque foi um flop de vendas, algo que também nao deixa ninguem surpreso.

Sim, a Niken é a versão esquizofrénica da Piaggio MP3 e foi um falhanço.

Sobre a «transição energética» não ocorrerá de forma natural, vai ter de existir uma imposição legal.

Algo me diz que em breve estaremos a sonhar com uma Ural a prestações.

PS: espero não ter ofendido ninguém.
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#35

(03-05-2022 às 12:19)Liquid_Fire Escreveu:  A yamaha tem um historial de ameaçar abandonar o WSB, não me admira que um dia o façam efectivamente.

https://www.visordown.com/news/racing/ws...t-wsb-2012

A notícia é de 2011.
A Yamaha é actualmente a campeã em título de WSBK em construtores e pilotos (com a R1), conseguindo destronar a hegemonia quase total da Kawasaki na última década. E repete-o nas supersport (WSSP) com a R6. O reconhecimento e sucesso desportivo é por norma, meio caminho andado para a permanência.

(03-05-2022 às 12:19)Liquid_Fire Escreveu:  Depois do desaparecimento da R6 que era um modelo mitico e sucesso de vendas, nada na Yamaha me espanta, basta ver as decisões comerciais dos ultimos tempos, fim da r6, Niken, desinvestimento no Moto GP WSB e MXGP, investimento forte no mercado electrico (https://www.autocarpro.in/feature/yamaha...tric-81661) quer-me parecer que a yamaha está focada no rendimento comercial que não passa por apostar em competição mas sim em vendas massivas, modelos acessíveis e electrificação, R1 e companhia começam a representar cada vez mais um nicho que dá pouco dinheiro, longe vão os tempos que a R1 era a rainha da marca, diria que a mesma neste momento representa uma pequena percentagem de vendas quando comparada por exemplo à tracer 900

É certo que não são as vendas das motos desportivas que pagam as contas... mas sim os modelos mais utilitários de baixas e médias cilindradas, para as massas. Por outro lado, a competição é uma montra tecnológica aos olhos do mundo do que cada construtor pode / consegue fazer e ao mesmo tempo balão de ensaio, para sistemas que porventura venham a ser adequados posteriormente nas motos de produção. O sucesso na competição é pois uma das maiores publicidades, que se podem traduzir em vendas, mesmo que depois a oferta de produtos nos stands seja totalmente distinta daquilo que povoa as pistas. Mas o puto novo que compra a sua primeira R125 vai sempre imaginar que está aos comandos da R1M das pistas.

Não sei se a Yamaha sairá da competição ou não nem tenho sérios indícios que isso venha a ocorrer?! Mas a acontecer, ainda mais com os pergaminhos, tradição e historial que tem, a meu ver, seria sempre uma má aposta.

(03-05-2022 às 12:49)LoneRider Escreveu:  Eu acho que a Yamaha, assim como todos os grandes construtores estão a aplicar o chavão renovar-se ou morrer.
Estamos em plena transição energética e, independentemente do rendimento comercial, convém apresentar veículos que respondam à procura existente.

Não tem lógica enterrar dinheiro num laboratório tecnológico caducado e que não obedece as procuras comerciais.

Será tanto assim? É que ao contrário dos automóveis, o caminho para essa transição energética e alternativas aos motores de combustão, nas motos, está vários passos atrás e continuamos a ter as imensas limitações que inviabilizam a recorrência por essas alternativas.
Especialmente nas eléctricas (porque tirando estas, também não conheço que existam muitas mais alternativas, dentro dessa "transição energética"), tirando um par de construtores específicos que desde sempre se detiveram nessa vertente (caso da Zero, Super Soco ou Energica) e outros que já fecharam portas, como a Brammo, não existem ainda muitas e viáveis opções.
Nos construtores tradicionais, temos basicamente a Livewire, na Harley Davidson ou a CE na BMW. Praticamente o restante, não passaram ainda de concepts, longe de verem condições para a luz verde da produção.
Depois, os problemas de sempre, mantêm-se... pouca autonomia, pesos elevados (por conta das baterias), prestações discutíveis e valores de comercialização astronómicos, que as tornam nada atractivas.
Não acredito que hajam muitos motociclistas que quando querem comprar uma moto, ponderem especificamente uma eléctrica. Portanto, essa questão da «procura existente», está longe de se colocar.

Acho que actualmente, a viabilidade económica dos construtores tradicionais passa sobretudo (e cada vez mais), pela reutilização abrangente de motores / componentes transversal a vários modelos, uniformização de gamas com uma oferta mais abrangente para todas as carteiras (basta ver as recentes BMW ou HD de baixas cilindradas) e penetração em mercados emergentes, com menos restrições, através de consórcios com construtores dessas regiões. Não vejo que seja tão cedo que se siga outro caminho e é na realidade o que se está a verificar.

[Imagem: QKmafvp.png]
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#36

A degradação das baterias, mesmo que «climatizadas,» continua a ser um problema por resolver.

Há décadas que se ouve falar em revoluções nas baterias e continua tudo praticamente na mesma. A exceção tem sido a descida do custo por kWh, já é possível ter baterias de 110 kWh por preços aceitáveis.
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#37

(03-05-2022 às 13:50)Nfilipe Escreveu:  Eu ficava admirado era se continuassem a investir na Nikem. Uma mota que ninguem pediu, já para nao falar que se deixaram de investir é porque foi um flop de vendas, algo que também nao deixa ninguem surpreso.

Chamar "mota" a essa coisa devia dar direito a 1 ano sem carta.
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#38

(03-05-2022 às 16:24)carlos-kb Escreveu:  . Mas o puto novo que compra a sua primeira R125 vai sempre imaginar que está aos comandos da R1M das pistas.


o problema é que nem a r125 os putos hoje em dia compram, os poucos que querem mota querem uma nmax pratica ou um scooter electrica yamaha, é aaui que está o mercado actual da nova geraçao, mobilidade electrica barata, os gen z que nao têm poder de compra, estão em trabalhos precarios e uma renda quase do tamanho do ordenado vêm os meios de transporte apenas como isso, transporte, as motas e carros são despesas que eles não querem ter, somente se obrigados e quando gastam dinheiro é o menos possivel. As marcas não são burras, e sabem onde é o focus do mercado.

[Imagem: 3a28d74fcda810d6526bb56e69702394.jpg]
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#39

O que é uma atitude bastante mais sensata do que a nossa, diga-se.
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#40

(03-05-2022 às 16:24)carlos-kb Escreveu:   
(03-05-2022 às 12:49)LoneRider Escreveu:  Eu acho que a Yamaha, assim como todos os grandes construtores estão a aplicar o chavão renovar-se ou morrer.
Estamos em plena transição energética e, independentemente do rendimento comercial, convém apresentar veículos que respondam à procura existente.

Não tem lógica enterrar dinheiro num laboratório tecnológico caducado e que não obedece as procuras comerciais.

Será tanto assim? É que ao contrário dos automóveis, o caminho para essa transição energética e alternativas aos motores de combustão, nas motos, está vários passos atrás e continuamos a ter as imensas limitações que inviabilizam a recorrência por essas alternativas.
Especialmente nas eléctricas (porque tirando estas, também não conheço que existam muitas mais alternativas, dentro dessa "transição energética"), tirando um par de construtores específicos que desde sempre se detiveram nessa vertente (caso da Zero, Super Soco ou Energica) e outros que já fecharam portas, como a Brammo, não existem ainda muitas e viáveis opções.
Nos construtores tradicionais, temos basicamente a Livewire, na Harley Davidson ou a CE na BMW. Praticamente o restante, não passaram ainda de concepts, longe de verem condições para a luz verde da produção.
Depois, os problemas de sempre, mantêm-se... pouca autonomia, pesos elevados (por conta das baterias), prestações discutíveis e valores de comercialização astronómicos, que as tornam nada atractivas.
Não acredito que hajam muitos motociclistas que quando querem comprar uma moto, ponderem especificamente uma eléctrica. Portanto, essa questão da «procura existente», está longe de se colocar.

Acho que actualmente, a viabilidade económica dos construtores tradicionais passa sobretudo (e cada vez mais), pela reutilização abrangente de motores / componentes transversal a vários modelos, uniformização de gamas com uma oferta mais abrangente para todas as carteiras (basta ver as recentes BMW ou HD de baixas cilindradas) e penetração em mercados emergentes, com menos restrições, através de consórcios com construtores dessas regiões. Não vejo que seja tão cedo que se siga outro caminho e é na realidade o que se está a verificar.


Penso que o facto de não existir nenhuma "Tesla" dos motociclos é a causa disso mesmo também, nos automóveis essa também era a realidade a 10 ou poucos mais anos atrás, que eu tenha noção as construtoras andavam a inovar e a adicionar cavalos aos motores elétricos nos híbridos em passo de pisar ovos, até que uma empresa torna possível a produção, comercialização e manutenção de veículos 100% elétricos. com problemas como é óbvio, nada é perfeito, mas a questão é que foi feito, e na altura NINGUÉM, pelo menos dos manda chuvas da concorrência passaram caso. inclusive descredibilizaram, o que é normal uma vez que é concorrência cry

pergunto-me se caso existi-se o equivalente de tal companhia no mundo de duas rodas, a situação estivesse noutro pé. por outro lado provavelmente não existe devido à fraca plataforma que um veiculo de 2 rodas oferece para se implementar a atual tecnologia elétrica.

na minha opinião vamos passar sem dúvida pelos combustíveis biodegradaveis, caros e super dispendiosos atualmente, inclusive é no gasto energético, mas só porque ainda estão verdes, vão ser precisas mais iniciativas como a da porsche que publiquei à uns dias para fazer maturar a ideia.
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