01-12-2015 às 15:47
Ora bem, criei este tópico no seguimento de uma participação que tive num tema relacionado com controlo de velocidade que se faz nos outros paises, através de pórticos e calculando a velocidade média dos condutores, ao invés de existirem radares espalhados como temos por cá. Adiante.
A certa altura a conversa foi dar às mortes provocadas pela velocidade e se havia ou não uma relação, então eu fui à procura de algo que respondesse a isto e não sei se encontrei a resposta, mas encontrei realmente alguns dados.
Para quem tiver curiosidade, podem ler aqui um pouco da história do CE em Portugal.
http://www.ansr.pt/SegurancaRodoviaria/A...%A1ria.pdf
Destaco o seguinte:
Então, houve uma certa altura do nosso CE que houve limite superior ao actual em cidade e sem qualquer restrição fora das localidades. Posteriormente foi introduzido limite, segundo o texto, devido a questões de escassez de combustiveis.
Depois foi à procura de dados sobre as mortes.
http://www.pordata.pt/Portugal/Acidentes...inente-326
Vejamos o seguinte, segundo a história do CE, em 1954 o limite de velocidade subiu para 60kmh em cidade e fora dela não havia limites. Resultado?
1960: 649 mortes
1961: 738 mortes
1965: 920 mortes
Foi aumentando. Em 1970 o número já tinha aumentado para 1417 mortes! Relembro que antes de 1954 o limite era de 50kmh em cidade.
Em 1976 quando introduziram o limite máximo, após o limite temporário, o número de mortes estava nesse ano com 2594 (aumentou). No entanto, em 1977 já tinha baixado significativamente para 2153.
Relembro que em 1998 o CE já tinha as velocidades que ainda hoje conhecemos, e podemos verificar que uma vez que existia penalização na condução a altas velocidades e álcool, as mortes em 1998 ficaram-se em 1865, tendo vindo a baixar de ano para ano.
Será isto tudo, pura coincidência? Será que tem apenas relação com a maior segurança dos nossos veículos?
Que têm a dizer?
A certa altura a conversa foi dar às mortes provocadas pela velocidade e se havia ou não uma relação, então eu fui à procura de algo que respondesse a isto e não sei se encontrei a resposta, mas encontrei realmente alguns dados.
Para quem tiver curiosidade, podem ler aqui um pouco da história do CE em Portugal.
http://www.ansr.pt/SegurancaRodoviaria/A...%A1ria.pdf
Destaco o seguinte:
Citar:O início desta viagem leva-nos ao século XX, mais concretamente a 1901(1) e 1911(2), anos da publicação dos primeiros regulamentos sobre circulação dos automóveis, nomeadamente as primeiras regras de circulação, bem como da aprovação do modelo de automóvel, livrete e exigência legal para a condução. Em 1901, o limite máximo de velocidade dentro das localidades era de 10 km/h.
Citar:O ano de 1928(3) trouxe a regra de circulação pela direita e a regra de cedência de passagem ao veículo que se apresentasse pela direita. Também o regime da circulação pedonal relativo ao atravessamento de vias foi consagrado, mediante a criação das passagens para peões. Foi também neste ano que foi instituído o sinal rodoviário de perigo. Por outro lado, o limite máximo de velocidade dentro das localidades passou para 30 km/h.
Citar:O CE de 1930(4) e Regulamento do CE de 1931 (5) introduziram a obrigatoriedade do uso de pneumáticos nos veículos automóveis, assim como consagrou o aumento da velocidade máxima dentro das localidades para 50 km/h. No que respeita à sinalização rodoviária, assinala-se a criação demais 12 sinais de trânsito.
Citar:O ano de 1954 será, porventura, um dos mais importantes na história da legislação rodoviária, ano em foi publicado um novo CE(6), o qual continha um conjunto de normas inovadoras. Destas, destaco o aumento da velocidade máxima dentro das localidades para 60 km/h, não existindo limites fora destas,e o acolhimento de normas decorrentes do direito internacional, nomeadamente da Convenção de Genebra de 1949, sobre trânsito rodoviário.
Citar:A década de 70 assistiu ao choque petrolífero, sendo que essa realidade influenciou a circulação rodoviária em Portugal, tendo sido fixados limites máximos de velocidade. Em 1973, foi fixado o limite máximo temporário de 80 km/h fora das localidades e de 100 km/h nas autoestradas (8). Em 1976,com a crise do abastecimento de combustíveis mais atenuada, os limites máximos de velocidade foram elevados para 90 km/h fora das localidades e 120 km/h nas autoestradas(9). Ainda na década de 70,em 1977, foi consagrada a obrigatoriedade do uso de cintos de segurança nos bancos dianteiros, fora das localidades(10).
Citar:Já no século XXI, o CE sofreu uma importante alteração em 2005(17), da qual resultou a redução dos valores do excesso de velocidade a partir dos quais as contra ordenações passam a graves e muito graves.
Então, houve uma certa altura do nosso CE que houve limite superior ao actual em cidade e sem qualquer restrição fora das localidades. Posteriormente foi introduzido limite, segundo o texto, devido a questões de escassez de combustiveis.
Depois foi à procura de dados sobre as mortes.
http://www.pordata.pt/Portugal/Acidentes...inente-326
Vejamos o seguinte, segundo a história do CE, em 1954 o limite de velocidade subiu para 60kmh em cidade e fora dela não havia limites. Resultado?
1960: 649 mortes
1961: 738 mortes
1965: 920 mortes
Foi aumentando. Em 1970 o número já tinha aumentado para 1417 mortes! Relembro que antes de 1954 o limite era de 50kmh em cidade.
Em 1976 quando introduziram o limite máximo, após o limite temporário, o número de mortes estava nesse ano com 2594 (aumentou). No entanto, em 1977 já tinha baixado significativamente para 2153.
Relembro que em 1998 o CE já tinha as velocidades que ainda hoje conhecemos, e podemos verificar que uma vez que existia penalização na condução a altas velocidades e álcool, as mortes em 1998 ficaram-se em 1865, tendo vindo a baixar de ano para ano.
Será isto tudo, pura coincidência? Será que tem apenas relação com a maior segurança dos nossos veículos?
Que têm a dizer?