Conclusões finais.

Confirmou-se o problema do rebentamento da junta da tampa das válvulas ter tido origem no strator. A Honda honrou a extensão de garantia, de mais cinco anos, que aplicou ao strator tendo enviado uma peça nova de substituição sem custos e apesar da minha mota estar quase no limite final do prazo concedido.

Supostamente em 2011 houve cartas enviadas pela Honda aos proprietários dos modelos afectados para trocarem a peça sem custos em qq representante da marca. De 2012 em diante este problema foi eliminado, segundo a Honda.

Mais alguns detalhes para quem estiver com pachorra e curiosidade.

O problema detectado no strator tem origem no desgaste progressivo duma camada final de verniz usada como isolamento.

Por acção do tempo e das amplitudes térmicas o verniz vai-se desgastando. E, dada a proximidade do cobre sob tensão nas bobines que compõem a peça, a certa altura esta pode emitir pequenos arcos eléctricos e/ou faiscas no exterior do circuito. O que, dada a localização do strator, numa zona pequena e propicia à existência duma mistura de gases combustíveis, óleo pulverizado, etc., esta combinação pode dar origem a uma explosão.

Explosão essa que se escoa pela zona mais frágil que encontra no caminho, normalmente a junta da tampa das válvulas(1)(2). Et Voilá!...

(1)Junta da tampa das válvulas com 78.000 Kms mas conservando ainda total flexibilidade e exceptuando a zona afectada pela explosão sem quaisquer fissuras ou desgaste visível a olho nu..


(2)Junta rebentada


Este problema especifico pode acontecer num strator que não tenha qualquer dano visível a olho nu e que, apesar do desgaste "invisível" do verniz, mesmo assim apresenta valores dentro dos parâmetros normais quando efectuadas as medições "da praxe".(3)

(3)Strator avariado mas sem danos visíveis a olho nú ou acusando medições fora dos parâmetros normais.


A única pista para a existência do problema será uma ligeiríssima variação anormal da intensidade luminosa em certas posições do acelerador. Eu tive ainda uma outra "pista" de que algo estaria mal pouco tempo antes do rebentamento, uns 10/15 quilómetros se tanto, mas que dificilmente seria relacionado com a causa não se estando de pré aviso para o facto. E que foi uma pequeníssima baba de óleo com origem na "bochecha" traseira esquerda da junta da tampa das válvulas(4).

Mas como a explosão só acontece mediante a conjugação de vários factores "anormais" esta nunca se dá em andamento, já que há circulação de ar no interior do motor dissolvendo assim a mistura "critica", mas apenas ao ralenti e quando reunidas todas as condições para que possa existir uma acumulação de gases suficiente e nas proporções certas para dar origem à explosão quando o strator emite a tal micro-faisca/arco eléctrico exterior.

(4) Pingo de óleo de "pré-aviso"



Fim da "aventura" ( I hope!   )

Que seja como digas

A Honda a portar-se bem, como é sua reputação, e mota para mtos mais km's

Esta cena é boa para calar a boca aos que dizem que as marcas japonesas não assumem determinados defeitos de fabrico.

Se fosse outra marca diria que a culpa é da idade da mota.

(26-01-2017 às 13:27)LoneRider Escreveu:  Se fosse outra marca diria que a culpa é da idade da mota.

Ou do tratamento que leva, ou deixa de levar...

Como o mecânico teve que mexer ali pertinho aproveitou o ter a tampa das válvulas aberta para verificar folgas. E, para não variar, continuam a 100%. Nem uma pastilhinha, para amostra, precisaram. Aos 78.109 quilómetros...  

78mil isso já vai no segundo motor por isso estar tudo nos trinques.

Toda a gente sabe que os motores de motas rebentam aos 50mil e os dos carros aos 100mil