Quando a bicicleta se cruza com a moto
#1

https://www.youtube.com/watch?v=_saHv-su30w

A pergunta é: Ciclista em contra-mão, danos visiveis na moto. Se fosse em Portugal, quem pagaria o estrago?

Aqui está a verdadeira importância de que o seguro de responsabilidade civil deveria ser obrigatório para ciclistas nos moldes do código da estrada actual.
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#2

Boas;
A questão da responsabilidade não se limita à existência ou não dum seguro de responsabilidade civil.
Desde sempre as bicicletas circularam em Portugal sem seguro e tal nunca serviu para ilibar o ciclista de responsabilidades.
No exemplo do video é claro de quem é a responsabilidade, com ou sem seguro.
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#3

Sim, e o ciclista paga os danos com o quê? Tudo bem que existe o fundo de garantia automóvel, mas esse fundo em Portugal demora uma eternidade a pagar. Entretanto, fica-se com o encargo de arranjar ou com o veiculo parado? Não faz sentido.
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#4

Boas;
Mas não faz sentido porquê?? O ciclista paga como qualquer pessoa que fica em dívida perante outro.
O que acontece se eu me passar da cabeça e te escavacar a moto à marretada?? Também queres instituir um seguro para marretas??
Os peões também fazem parte dos utilizadores da via pública, queres instituir um seguro de responsabilidade civil para estes também??
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#5

Vamos lá ver uma coisa, andar na estrada não é crime, destruir um bem alheio à marretada é. São coisas distintas.

Os peões andam na via pública em locais especificos, como passagens de peões. Claro que pode acontecer atropelar alguém fora desse local, os danos nesse caso são cobertos pelo FGA. Depois o peão entende-se com o FGA.

Agora, um veiculo que é equiparado a qualquer veiculo a motor, deveria não só ter seguro de responsabilidade civil, como ser identificável por matricula, assim como já foi antes.
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#6

Se fosse cá, o ciclista ainda se ia achar dono da razão, e possivelmente dizer que a culpa era do motociclista que ia em "excesso de velocidade" ou coisa parecida!
Os tugas são expeditos em sacudir a água do capote, mesmo nas situações mais evidentes de responsabilidade (*).

Já vi acidentes entre bicicletas e automóveis, por culpa do biciclista, e com danos para o veiculo motorizado. Não sei no entanto como a coisa acabou, mas também se adivinha uma carga de trabalhos .
Uma moto, mesmo num pequeno toque com uma bicicleta, por culpa desta, que resulte em queda de ambos, não é preciso muito para os danos provocados à moto serem avultados. Já nem falando sequer em eventuais despesas hospitalares. Sem um dos envolvidos não tiver seguro (neste caso o velocípede) e for o responsável do acidente, vai dar umas belas dores de cabeça, tempo e dinheiro perdido, com toda a certeza, para a outra parte ser indeminizada. Por isso também sou apologista que qualquer veículo que ande na estrada, tenha de ter um seguro de responsabilidade civil.

Não é por desde sempre as bicicletas andarem na estrada sem seguro, que é motivo para que o continuem a fazer.... ainda mais quando actualmente, a toda a hora e local são exponencialmente em maior número, em relação a há uns anos atrás, que se via uma bicicleta na via pública de quando em quando apenas.

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(*)Ainda em relação à situação dos tugas se desculparem por toda a trampa que fazem, esta que me ocorreu ontem está-me aqui bem fresquinha e "atravessada"... Tal como referi no tópico sobre a circulação em rotundas, tenho um FDP que, indo eu numa rotunda, entra "à papo-seco" na entrada antes da saída que eu ia tomar, sem parar e por uma questão de míseros centímetros a frente do carro dele não me apanhou de lado. Parece eu que estava a adivinhar que ele ia fazer aquilo quando o vi a aproximar-se da entrada da rotunda, sem deter a marcha. A imagem que me ficou gravada foi olhar de lado e ver o capot do VW passat dele a poucos centímetros directo à minha moto e instintivamente desviei para a esquerda. Ainda agora não sei como ele não me bateu e como saí ileso. Fiquei de tal maneira nervoso e a descarga de adrenalina foi tão grande, que me deu para encostar logo a seguir e começar a barafustar, completamente passado. E o c@brão sai também do carro a mandar vir, a dizer que eu não tinha feito pisca para lhe indicar que ia sair (o que não era verdade), e a arranjar todas as desculpas para a merd@ que tinha acabado de fazer  redeye . Eu a dizer-lhe, que se eu ia dentro da rotunda e ele a entrar, ele tinha pura e simplesmente de parar, e mais nada  dead ! E o gajo ainda se achava dono da razão  mad ! Estive mesmo para experimentar a resistência do capacete no focinho dele, e não fosse ele virar as costas e ter voltado ao carro possivelmente era o que tinha acontecido.

[Imagem: QKmafvp.png]
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#7

(04-03-2015 às 15:54)Johnny_1056 Escreveu:  Boas;
Mas não faz sentido porquê?? O ciclista paga como qualquer pessoa que fica em dívida perante outro.

Correto. É uma questão de ética que deveria partir da pessoa que causou o acidente.

Se houver má-fé por parte do ciclista a coisa complica-se. Nesses casos testemunhas e documentos identificação da pessoa são essenciais, se forem chamadas as autoridades, melhor. Não há seguro de responsabilidade civil, há queixa por danos.

[Imagem: wsv79s.jpg]vroom !
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#8

(04-03-2015 às 16:14)gordep Escreveu:  Correto. É uma questão de ética que deveria partir da pessoa que causou o acidente.

O biciclista pode até ter toda a ética do mundo.... que se não tiver meios económicos, fica logo o caso mal parado!
E para isso é ainda necessário que ele se dê como culpado. Curiosamente, e mesmo em casos flagrantes, poucos são os responsáveis de um acidente, que o fazem.
Depois, para complicar, dado o velocípede não ter um registo de matrícula e respectivo seguro, não se pode fazer uma simples declaração de acidente, que agiliza em muito a coisa para que haja brevidade na resolução da questão e consequente indemnização.

(04-03-2015 às 16:14)gordep Escreveu:  Se houver má-fé por parte do ciclista a coisa complica-se. Nesses casos testemunhas e documentos identificação da pessoa são essenciais, se forem chamadas as autoridades, melhor. Não há seguro de responsabilidade civil, há queixa por danos.

Mas é totalmente diferente, em termos jurídicos, uma resolução por via de entidades seguradoras, e a resolução da coisa por uma apresentação de queixa por danos, caso o biciclista não se dê como culpado e não proceda á liquidação desses mesmos danos, dado o assunto ter de seguir outras vias, neste caso a judicial.

E o que está em questão é mesmo a celeridade e eficácia na resolução do assunto, o que, quer se queira, quer não, se houver seguros de ambas as partes envolvidas, a coisa é relativamente rápida.
E deve ser mesmo muito fdd, um gajo ver-se privado de um seu veículo, durante tempo indeterminado, motivado pelos danos de um acidente do qual não é responsável.

[Imagem: QKmafvp.png]
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#9

Boas;
Gordep, é exactamente aí que quero chegar!! Não é o facto de haver um seguro que vai ilibar as responsabilidades de quem quer que seja.

Antes de aprender a andar de moto, aprendi a andar de bicicleta. Nunca tive seguro nem matrícula e circulei por onde quis e bem me apeteceu, tal como actualmente ainda faço. Se bem que, por vezes, até me esqueço que tenho uma bicicleta e preciso de andar mais.

Nunca percebi muito bem porque é que de repente de levantaram estas polémicas todas em relação às bicicletas e a necessidade de legislar e regulamentar tudo. Quanto a mim, tudo isto não passa duma p#ta duma palhaçada sem qualquer objectivo ou vantagem práticos.
Uma coisa que garantidamente conseguiu foi espicaçar ódios entre as diversas categorias de veículos.
Sempre houve bicicletas a circular na estrada tudo isto se resolvia com bom-senso e sem necessidade de grandes leis.
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#10

(04-03-2015 às 16:39)Johnny_1056 Escreveu:  Nunca percebi muito bem porque é que de repente de levantaram estas polémicas todas em relação às bicicletas e a necessidade de legislar e regulamentar tudo.

Essencialmente por dois motivos:

1. A alteração do CE, dando aos velocípedes condições de circulação e características que as equiparam aos demais utentes motorizados das vias públicas.

2. O aumento exponencial do número de ciclistas nas vias públicas, que potenciam a probabilidade da ocorrência de acidentes com os demais utentes.

[Imagem: QKmafvp.png]
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