Ricardo Mendão Silva
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(17-12-2014 às 19:24)dfelix Escreveu: (17-12-2014 às 17:33)Ricardo Mendão Silva Escreveu: Há os que cedem passagem, há os que nem se apercebem e há os que se atravessam de propósito.
É o sonho de qualquer gajo que está no transito atrasado para o trabalho!
Atravessar em frente de uma moto só porque sim.
Afinal, é "fofo" ficar uns dias com o carro encostado na oficina...
Se é que eles existem, até os "entendo"!
Quando vou de carro e passam por mim aqueles stressadinhos a apitar e gesticular por achar que carros completamente bloqueados no trânsito têm de inventar espaço de passagem por obrigação, dá-me essa vontade.
De passar por cima... e depois fazer marcha-atrás para garantir que o trabalho ficou bem feito.
De moto, normalmente limito-me a ir atrás a abanar a cabeça e pedir desculpa aos automobilistas pelo embaraço.

Não é o sonho de qualquer gajo, mas há muito condutor que propositadamente ou não bloqueia o corredor, nas mais diversas situações.
(17-12-2014 às 19:24)dfelix Escreveu: (17-12-2014 às 17:33)Ricardo Mendão Silva Escreveu: Ainda não outro dia, um tipo numa GS800, à minha frente, limpou três seguidos.
Suponho que sejam espelhos de veículos de pesados, já que os da GS são bem altinhos. 
Os espelhos da GS800 não são assim tão altos. Basicamente, estão à altura de qualquer SUV, monovolume, furgão, etc...
(17-12-2014 às 19:24)dfelix Escreveu: Eu não gostaria que me dessem um toque num espelho só porque não me desviei.
Não tenho que o fazer. E posso nem o ter visto.
Aliás... acho que se isso me acontecesse frequentemente era capaz de começar a passar-me essas ideias homicidas de mandar uns quantos ao chão!
Será assim tão complicado entender que passar entre filas é privilégio e não um direito?

Precisamente. É um privilégio para quem circula de mota e quem circula de carro não tem qualquer obrigação em dar passagem. No entanto, o bom senso deve-se manter para ambos os lados.
Tudo seria mais simples se as aulas de condução para carta automóvel implicassem 1 mês de aulas de moto em hora de ponta em Lisboa.
As pessoas aprendiam logo o que era estar na pele do motociclista, em olhar para os espelhos antes de mudar abruptamente de direção, o olhar com frequência para o retrovisor e os tais " bons sensos " em dar espaço para passar entre filas etc ..
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(18-12-2014 às 10:46)BroLy Escreveu: Tudo seria mais simples se as aulas de condução para carta automóvel implicassem 1 mês de aulas de moto em hora de ponta em Lisboa.
As pessoas aprendiam logo o que era estar na pele do motociclista, em olhar para os espelhos antes de mudar abruptamente de direção, o olhar com frequência para o retrovisor e os tais " bons sensos " em dar espaço para passar entre filas etc ..
Acredito que sim, mas também acredito que ao fim de uns meses de carta se esquecessem...
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(18-12-2014 às 10:46)BroLy Escreveu: Tudo seria mais simples se as aulas de condução para carta automóvel implicassem 1 mês de aulas de moto em hora de ponta em Lisboa.
Sempre disse isso.... e sempre defendi isso! Umas aulinhas em duas rodas serviria para abrir os olhos a muitos, tivessem ou não intenção de no futuro, conduzir motos!
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(17-12-2014 às 21:08)Ricardo Mendão Silva Escreveu: (17-12-2014 às 19:24)dfelix Escreveu: Eu não gostaria que me dessem um toque num espelho só porque não me desviei.
Não tenho que o fazer. E posso nem o ter visto.
Aliás... acho que se isso me acontecesse frequentemente era capaz de começar a passar-me essas ideias homicidas de mandar uns quantos ao chão!
Será assim tão complicado entender que passar entre filas é privilégio e não um direito?

Precisamente. É um privilégio para quem circula de mota e quem circula de carro não tem qualquer obrigação em dar passagem. No entanto, o bom senso deve-se manter para ambos os lados.
É um privilégio, é verdade, mas é uma situação em que todos ganham. Reparem só: uma mota ali a passar entre os carros implica menos um carro a congestionar e mais um lugar livre à chegada. Portanto, às custas de um de nós ter levado um meio de transporte mais perigoso e desconfortável, alguém que continua no seu automóvel ganha conforto e comodidade.
Por isso, o traffic filtering é um privilégio, deve ser encarado com tal, mas não deixa de ser uma situação win-win em que apenas um dos membros da equação win-win é que vai ao vento e sujeito a uma probabilidade de acidente com ferimentos graves muito superior.
Acho que, acima de tudo, deve prevalecer o bom senso. Se quem vai de carro não é obrigado a facilitar, pode lembrar-se que se facilitar, também ganha com isso, além de lhe ficar bem. E quem vai de mota, tem que ter em atenção que tem que ir com muita atenção e cuidado e perceber que não é exatamente uma ambulância do INEM a abrir caminho.
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(18-12-2014 às 12:59)quatropiscas Escreveu: Se quem vai de carro não é obrigado a facilitar, pode lembrar-se que se facilitar, também ganha com isso, além de lhe ficar bem. E quem vai de mota, tem que ter em atenção que tem que ir com muita atenção e cuidado e perceber que não é exatamente uma ambulância do INEM a abrir caminho.
O problema fundamental é que se faz uma espécie de culto do coitadinho.
Passa-se uma imagem errada de que o motociclista é uma vitima discriminada pela sociedade e um alvo de automobilistas assassinos.
E a realidade não é bem assim.
Mas o sentimento é legitimo.
Muita gente precisa disso para se afirmar ou simplesmente sentir-se parte de uma tribo.
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18-12-2014 às 13:35 (Mensagem modificada pela última vez: 18-12-2014 às 13:42 por
carlos-kb.)
Em relação ao facilitar ou não facilitar, o código da estrada diz que se deve circular o mais possível à direita da nossa via (é logo, se bem me lembro, um dos primeiros artigos).
Por norma, uma via de circulação tem cerca de 3,5 metros de largura. Ora se os veiculos, especialmente os ligeiros, têm em média de 1,75m de largura, quer dizer que ainda restam 1,75m que dá à vontade para uma margem de segurança até à berma, e do lado oposto, para dar espaço à passagem de um motociclo. Claro que a coisa não é tanto assim com pesados, cujas larguras andam pelos 2,4 a 2,5 m.... mas curiosamente, o pessoal dos pesados é quem mais facilita a passagem a motociclos, muitas vezes até "exagerando" e saindo para fora da faixa aonde circulam, só para deixar passar a moto.
Um condutor que se encoste assim à esquerda da sua via de circulação sem haver obstáculo que o motive, "apertando" a passagem de uma moto, seja intencional ou negligentemente, estará também, em teoria, a infringir uma das regras do CE.
Basta ver a situação contrária... peguem vocês na vossa moto, por exemplo, e circulem numa estrada, a baixa velocidade, no meio ou à esquerda da via de circulação, dificultando a passagem de um automóvel... que verão logo a reacção de qualquer condutor de um veículo de 4 rodas.
Como se disse, passa tudo por ser uma questão de bom senso e até civismo. Se não se pode passar, deixe-se passar quem pode... ou pelo menos não se complique!