Novas 300cc/400cc - Boas alternativas, ou brinquedos para teenagers com pais ricos?
#11

(30-04-2018 às 22:59)Almareado Escreveu:  Pergunta séria, o segmento das 300/400cc é um segmento de passagem/aprendizagem, ou qualquer um podia vender a sua 600cc do dia a dia e passar para uma destas sem se sentir defraudado?

As 300/400cc são na sua maioria motos dentro da limitações impostas pela A2.
Ou seja, a licença de condução que se obtém aos 18 anos.
Portanto sim, é um segmento de passagem/aprendizagem. O que não significa que não cumpra a expectativas dum vasto mercado menos exigente quanto a specs.

Claro que num contexto como o nosso em que toda a gente aprende a andar de moto com 12 anos (ou menos) numa 600cc (ou superior)... optar por algo deste tipo mesmo mediante as limitações da A2 de certa forma até pode ser uma vergonha.
Daí que seja tão comum quando alguém pede sugestões de imediato surgir imensa malta recomendar procurar motos "limitadas"... que facilmente passam a estar apenas "limitadas no livrete".


Quanto a alguém trocar uma media/alta cilindrada por algo deste género se "sentir defraudado"... sim!
Muito provavelmente é o que vai acontecer!

Somos todos pessoas muito diferentes, com expectativas e tipos de utilização diferente.
Porém, acho que para quem já não é maçarro haverá sempre "mínimos" que se podem considerar adequados para o tipo de utilização que se dá.
Onde pode existir alguma confusão é que muita vezes o mais importante não é a potência... mas forma como a mesma é entregue.

Acredito que é perfeitamente possível viver confortavelmente com uma moto de specs relativamente modestas.
Numa perspectiva de consumos, qualquer CB500 ou NC750 cumpre a expectativa.
Numa perspectiva mais entusiasmante, qualquer motorização >70cv/>65Nm que tenha um comportamento linear (ex: MT-07 , SV650, ..) corresponderá aos mínimos.
Abaixo disto.. será uma questão de tempo até se começar a pensar em outra coisa qualquer.
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#12

(02-05-2018 às 14:47)dfelix Escreveu:  ...

Porém, acho que para quem já não é maçarro haverá sempre "mínimos" que se podem considerar adequados para o tipo de utilização que se dá.
Onde pode existir alguma confusão é que muita vezes o mais importante não é a potência... mas forma como a mesma é entregue.

Acredito que é perfeitamente possível viver confortavelmente com uma moto de specs relativamente modestas.
Numa perspectiva de consumos, qualquer CB500 ou NC750 cumpre a expectativa.
Numa perspectiva mais entusiasmante, qualquer motorização  >70cv/>65Nm que tenha um comportamento linear (ex: MT-07 , SV650, ..) corresponderá aos mínimos.
Abaixo disto.. será uma questão de tempo até se começar a pensar em outra coisa qualquer.

Nem mais Félix. É precisamente o que penso. 

Existe ali um compromisso commuter nesta faixa...

Menos que isto para certas ultapassagens, certas retomadas também acho manifestamente insuficiente.

É mesmo assim já acho o mínimo porque em AE sentes o motor numa faixa em que não vai à vontade...ali o último terço de rotação...(não é a 120kmh....)

Velasquez87
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#13

Mas sempre houve "um segmento" de 400cc. Agora, essas 400cc de que falo, eram completamente diferentes destas que temos agora.
Apesar de em Portugal até terem tido um sucesso comercial residual, países houve, que por motivos fiscais, tiveram no auge.

As 400 dos anos 90 (especialmente as desportivas), eram máquinas fabulosas, detentoras de mecânicas e ciclísticas apuradas, do melhor que se fazia e completamente à imagem das suas irmãs desportivas maiores.

[Imagem: b1456a33b415bf13613d603ea8f6fe81.jpg]

[Imagem: 9f81acbc2da91507580d67f51f5cb872.jpg]

[Imagem: Kawasaki_ZXR_400.jpg]

Estas novas 400 de hoje em dia são basicamente o segmento das 250 de antigamente, com concepções e motorizações igualmente modestas, compartilhadas entre modelos utilitários, naked e de "visual" desportivo.
E são essas 250 de há uma ou duas décadas atrás, que têm vindo a refinar-se e a evoluir, primeiramente para os 300cc e que resultam nas actuais 400... a par disso, encaixam-se ainda nas restrições legais relativas ao escalonamento das cartas de condução (que também têm vindo a mudar com o tempo), e por isso é natural que sejam encaradas como um segmento de "entrada" ou aprendizagem.

Vejo um bocado estas actuais 400cc como aquilo que era um dos modelos quase únicos no mercado, há 25 anos atrás... a ZZR250 (não obstante de neste tempo, não haver limitações legais para cartas de condução).

Agora, e embora sendo vendidas por valores algo elevados, as 400 actuais acabam por ser a alternativa válida de quem quer um certo tipo de moto de iniciação, nova (ou muito recente), para um uso diário, mas fugindo às espartanas e muito sensaboronas 125.
Porque depois, por comparação, temos os modelos maiores limitados  a 35kw (e que actualmente nem podem ser deslimitadas)... mas que ainda assim e face a estas 400, já se revestem com valores de venda substancialmente mais elevados e equivalentes às respectivas versões "full-power".

Duvido é, que alguém com o averbamento "A" na sua carta de condução, venha a optar por este segmento, que não seja quase exclusivamente pelo motivo da mera economia de utilização.  E a fazê-lo, irá certamente ver as suas expectativas defraudadas.

[Imagem: QKmafvp.png]
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#14

(02-05-2018 às 17:33)carlos-kb Escreveu:  Mas sempre houve "um segmento" de 400cc. Agora, essas 400cc de que falo, eram completamente diferentes destas que temos agora.

Na realidade essas 400 que referes são uma excepção à regra.

Elas foram criadas para satisfazer sobretudo o mercado interno do Japão, onde predominou até recentemente elevadas cargas fiscais e elevados custo dos seguros indexadas à cilindrada (sem olhar a valores de potência). Assim como um acesso ás licenças de condução bastante diferente do nosso.

Claro que boa parte acabou por ser também exportada e consumida no mercado europeu.
Mas na maior parte dos casos o custo não justificava face ás correspondentes 600.
Daí que a única que foi realmente sucedida fosse a bandit 400... não só por ser a que tinha realmente um preço mais atractivo, como pelo facto de não existir grande concorrência até ao aparecimento da Hornet em 98.

Ainda assim, se analisarmos bem nenhuma destas motos se enquadrava na categoria A2 introduzida nos meandros dos anos 90.
O que existia era maior tolerância por parte das autoridades, o que permitiu a que muitos tal como eu as conduzissem ilegalmente nos primeiros anos de carta.
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#15

Não vejo grande valor acrescentado no mercado destas 300cc que pouco mais acrescentam ao mercado das 125cc e nada têm a ver com as pontudas 300c/400cc desportivas de há umas décadas atrás. Estes mais recentes motores amorfos parecem-me aborrecidos, e aborrecido por aborrecido, acho que o de uma 125cc serve.

O tema da limitação também não me parece grande motivo para esta existência. Isto porque se pode perfeitamente ter uma 600cc limitada, permitindo assim a condução com as cartas A2 e afins. Ate a Harley já vende motas limitadas para este efeito. Para fazer hypermiling uma 125 também serve, portanto este também não será um motivo muito válido. Já para não falar no que o dfelix comentou, que é o facto de hoje em dia toda a gente tirar a carta numa 500cc ou 600cc...

Pessoalmente, tive uma 125cc durante pouco mais de um ano, até me fartar dela e resolver tirar a carta. Dois dias depois comprei uma Hornet 600 e foi uma lufada de ar fresco. Desde então andei ocasionalmente em motas deste segmento 300cc e - por muito bom aspeto que tivessem - fiquei sempre a sensação de "cartucho de pólvora seca".
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#16

Se os papás forem ricos comprem logo esta: https://www.olx.pt/anuncio/kawasaki-ninj...a9a32af62e
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#17

(02-05-2018 às 19:50)2low Escreveu:  Se os papás forem ricos comprem logo esta: https://www.olx.pt/anuncio/kawasaki-ninj...a9a32af62e
O azulinho desses colectores mete respeito. Bela cor!!
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#18

(30-04-2018 às 14:04)Como podem constatar, não percebo de motas. Tenho a curta experiência de um ano numa SYM 125 gts evo (Lamento não ter mudanças, o que me permitiria melhor aprendizagem) e, 8 mil km de prazer na estrada. Mas, como compreenderão, necessito de algo mais... Pelo menos, para não ter o incómodo de ser ultrapassado por qualquer carro ou camião pesado.O que me pergunto é se com uma 300/400 cc, não resolveria o problema? Qual a diferença de consumo e custo de manutenção (pneus, velas, etc...) de uma destas 300/ 400 cc, para uma de 600 ou 800 cc?O meu sincero e antecipado obrigado pelos vossos comentários e sugestões.    2low Escreveu:  "...pneus de biciclete" 
isso é cá um preconceito...

uma ninjinha 250cc com esses pneus envergonha as ninjas mais crescidas nas curvas (excepto curvas rápidas) perdendo obviamente as acelerações e velocidade de topo após as curvas. [maneabilidade/peso] 

os pneus são estudados e adequados pelos engenheiros a cada modelo e por vezes alterar esses parâmetros pode não se ganhar nada ou mesmo piorar...

depois há que te lembrares que compras um brinquedozinho destes e muito rapidamente vais querer subir de cilindrada e que uma coisa é comprares uma r3/rc390/cbr300r e outra coisa é comprares a "mini bmw", talvez consigas manter mais tempo esta "mini bmw"  ...

a sugestão que faço é:







-compra uma usada (começa com naked) 
-ganha primeiro (muita) experiência 
-quando subires de cilindrada e te sentires confortável no patamar então compra uma nova com paitrocinio...

e também podes dar o devido desconto ao que aqui escrevi, geralmente gosto de "amandar bujardas" ahahah
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#19

(02-05-2018 às 20:24)Helder Cortes Escreveu:  
(30-04-2018 às 14:04)Como podem constatar, não percebo de motas. Tenho a curta experiência de um ano numa SYM 125 gts evo (Lamento não ter mudanças, o que me permitiria melhor aprendizagem) e, 8 mil km de prazer na estrada. Mas, como compreenderão, necessito de algo mais... Pelo menos, para não ter o incómodo de ser ultrapassado por qualquer carro ou camião pesado.O que me pergunto é se com uma 300/400 cc, não resolveria o problema? Qual a diferença de consumo e custo de manutenção (pneus, velas, etc...) de uma destas 300/ 400 cc, para uma de 600 ou 800 cc?O meu sincero e antecipado obrigado pelos vossos comentários e sugestões.    2low Escreveu:  "...pneus de biciclete" 
isso é cá um preconceito...

uma ninjinha 250cc com esses pneus envergonha as ninjas mais crescidas nas curvas (excepto curvas rápidas) perdendo obviamente as acelerações e velocidade de topo após as curvas. [maneabilidade/peso] 

os pneus são estudados e adequados pelos engenheiros a cada modelo e por vezes alterar esses parâmetros pode não se ganhar nada ou mesmo piorar...

depois há que te lembrares que compras um brinquedozinho destes e muito rapidamente vais querer subir de cilindrada e que uma coisa é comprares uma r3/rc390/cbr300r e outra coisa é comprares a "mini bmw", talvez consigas manter mais tempo esta "mini bmw"  ...

a sugestão que faço é:







-compra uma usada (começa com naked) 
-ganha primeiro (muita) experiência 
-quando subires de cilindrada e te sentires confortável no patamar então compra uma nova com paitrocinio...

e também podes dar o devido desconto ao que aqui escrevi, geralmente gosto de "amandar bujardas" ahahah

Hélder, uma 250cc já deve ter à volta de 30/40cv e que já dão para levares a burra até aos estonteantes 160/180kmh conforme a moto.
Se o teu problema é apenas os camiões… a velha maxima é "se não os consegues vencer, junta-te a eles", compra um camião… devil  
Mas a sério, a 250cc já te dá para andares a velocidades cruzeiro ligeiramente acima da velocidade de cruzeiro dos camiões (que andam aparentemente sempre a fundo).
Entre "quitar" uma 250cc ou ter uma 500cc, prefiro de longe a 500cc.

A CB500 era a moto de guerra dos estafetas: andava suficientemente bem e aguentava porrada sem se ter cuidados com as carenagens que não tinha… 
O problema é que já estão bastante rodadas e só com sorte é que apanhas alguma que teve escondida, tipo com 15000/25000km e que pode ser deveras um problema, por ter estado parada…

Sem querer impingir nada: experimenta uma CBR250R 2011/2012 e acho que vás ficar satisfeito. (já chega aos 170kmh e consumos inferiores a 4Lt/100km, a rondar os 3,5Lt/100km)
Não tenho visto à venda as ninjinhas 250cc mas de vez enquando aparece uma ninjinha 300cc - a 250cc é mais robusta apesar da 300cc ser mais bonita.
As R3 devem ser tipo "1000 cães a um osso" e portanto ou são muito caras as que aparecerem usadas e novas são caríssimas.
(as CBR125R e CBR250R da mesma época 2011/2012 não eram uma R pura, eram mais uma pequena sport-touring)

Ou então procura o patamar das 600/750cc mas para teres preços mais em conta só de 2000 até 2007 é que encontras alguma coisa… os preços a partir daí disparam.
Se não tens pratica foge das R's e das nakeds "turbinadas" tipo KTM (quero dizer motos muito nervosas e com grande aceleração em baixa com a 1ª muito curta): mal aceleras a moto já te voou das mãos
olha...ali noutro tópico ao lado… VFR800i 2001 - boa moto https://www.motorcyclenews.com/bike-revi...r800/1998/

Os doutores já te vão dizer se disse algum disparate.  lol
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#20

Para mim... sao uma bela treta.

Eu quase em cada viagem sinto as limitacoes e a submotorizacao da minha mota, pelo que me pergunto que calmantes tomam os proprietários de uma 300cc.

Ontem fiz o IC1 desde Ourique ate Alcacer, e a N10 ate VFX, e decidi vir a bater um ritmo certinho de aproximadamente 170 o que considero para as estradas que sao, vir praticamente nas calmas. Para o poder fazer, vim com a mota praticamente a berrar e ja fora da zona de conforto dela.

Nao tenho interesse em andar particularmente mais depressa, mas gostava imenso de sentir mais folga de motor para poder fazer medias de velocidade minimamente despachadas e sem vir a estorvar demasiado os outros utilizadores da estrada, sem que a mota me desse a entender de duas formas que e pequenina para grandes andamentos:

- Um sistema de barras, que quando chega ao fim a mota deixa de andar. A essas velocidades perde-as demasiado depressa.
- Tem um ponteiro em cima de uns números que quanto mais altos, mais distorcem a belíssima guitarra de Ricardo Amorim

Portanto...estas 250, 300, 400 por mais suspensoezinhas fofinhas e sejam coqueluches ciclisticas (que nao sao)... falta o essencial para quem aprecia minimamente estrada.

Para andar na cidade... acho escusado pseudo posicoes agressivas, carenagens e por ai fora... fica um pouco ridiculo ate.


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