09-12-2014 às 16:58
Fonte
Eu só tenho a dizer algo sobre isto:
A SportTV que coloque um dos canais dedicado a desportos motorizados, por um preço razoável que poderei ponderar aderir... agora pagar alguns 25€ por 4 ou 5 canais de futebol (que não ligo nenhuma) e 1 ou 2 corridas nos meses de corrida, nunca irei aderir à SportTV.
"A controvérsia à volta dos direitos de transmissão televisiva do Mundial de Velocidade continua a dar que falar, não apenas entre os fãs, que preferem usufruir de transmissões em canal aberto, mas também entre diretores de equipas e Dorna, que têm de escolher a melhor solução que respeite as necessidades de todas as partes.
Agora que o Mundial de Velocidade acabou, e a ação em pista está parada, três diretores das principais equipas de MotoGP – Repsol Honda, Movistar Yamaha e Ducati Factory -, abordaram o tema das transmissões em canal pago ou em canal aberto.
Cada um dos diretores, profundos conhecedores das implicações financeiras de uma e de outra opção, em declarações publicadas no website CrashNet.com, analisou os prós e contras, sendo que todos concordam que o futuro deste desporto, e até de outros desportos, passa, invariavelmente, pelos canais pagos e que transmitem especificamente desporto.
Livio Suppo, diretor da Repsol Honda, coloca-se ao lado da Dorna que opta cada vez mais pelas transmissões de TV em canais pagos, explicando que essa é a forma da entidade que organiza o mundial de reunir o dinheiro necessário para manter em funcionamento algumas equipas, situação que se mantém há vários anos
“Penso que, e quer se goste ou não, as transmissões pagas são o futuro de todos os desportos. E quer se goste quer não, a Dorna tem sido o principal patrocinador para algumas equipas desde há vários anos, e eles têm de conseguir o dinheiro. No final, penso que é uma situação que todos temos de enfrentar. Honestamente, nunca enfrentei uma situação em que um potencial patrocinador diz que não quer investir porque as transmissões são em canal pago”.
Por sua vez, Lin Jarvis, diretor da Movistar Yamaha, acredita que ambos os sistemas de transmissão televisiva do Mundial de Velocidade têm respetivas vantagens, não escondendo que tem o patrocínio de um operador que é parte interessada nas transmissões pagas
“Talvez em Espanha e Itália a situação esteja a ser um pouco mais negativa pois as audiências são cada vez menores, pois em vez de termos transmissões em canal aberto temos transmissões pagas. Eu penso que a qualidade das transmissões pagas é melhor, mas é óbvio que nem todos podem pagar, e claro que isso faz com que MotoGp não chegue a determinados mercados. No nosso caso particular, a Movistar, que é um canal pago, tornou-se o nosso principal patrocinador e isso tem sido positivo. Penso que fora da Europa isto não é um problema tão grande. É um problema mais localizado na Europa e em três ou quatro mercados específicos”.
Enquanto isso, Paolo Ciabatti, diretor desportivo da Ducati, vê com bons olhos as transmissões pagas de MotoGP, pois apesar dos números das audiências estarem em queda, abriram novas “portas” para as equipas explorarem ao nível dos patrocínios
“Da nossa parte, o nosso patrocinador, a Telecom Italia, adquiriu os direitos exclusivos de MotoGP em aparelhos como os tablets ou smartphones. Isso é uma nova oportunidade para eles. Tal como o Livio diz, teremos de nos habituar a isto. Os canais abertos vão transmitir cada vez menos desporto. Desporto será transmitido em canais dedicados, e é algo com que teremos de viver”.
Se da parte das equipas e Dorna a situação parece favorecer as transmissões pagas do Mundial de Velocidade, para os fãs a opinião é precisamente contrária, e os números de audiências em países tradicionalmente adeptos de MotoGP, como Itália ou Espanha, demonstram que está a ser uma mudança complicada quando até há bem poucos tempo tínhamos acesso ilimitado às transmissões do Mundial de Velocidade sem pagar por isso.
E para si: a Dorna e equipas de MotoGP fazem bem em privilegiar as transmissões em canais pagos e garantindo melhor qualidade de transmissão, ou estas transmissões estão a limitar em demasia o acesso dos fãs a este desporto e a qualidade não justifica o preço a pagar?"
Eu só tenho a dizer algo sobre isto:
A SportTV que coloque um dos canais dedicado a desportos motorizados, por um preço razoável que poderei ponderar aderir... agora pagar alguns 25€ por 4 ou 5 canais de futebol (que não ligo nenhuma) e 1 ou 2 corridas nos meses de corrida, nunca irei aderir à SportTV.
"A controvérsia à volta dos direitos de transmissão televisiva do Mundial de Velocidade continua a dar que falar, não apenas entre os fãs, que preferem usufruir de transmissões em canal aberto, mas também entre diretores de equipas e Dorna, que têm de escolher a melhor solução que respeite as necessidades de todas as partes.
Agora que o Mundial de Velocidade acabou, e a ação em pista está parada, três diretores das principais equipas de MotoGP – Repsol Honda, Movistar Yamaha e Ducati Factory -, abordaram o tema das transmissões em canal pago ou em canal aberto.
Cada um dos diretores, profundos conhecedores das implicações financeiras de uma e de outra opção, em declarações publicadas no website CrashNet.com, analisou os prós e contras, sendo que todos concordam que o futuro deste desporto, e até de outros desportos, passa, invariavelmente, pelos canais pagos e que transmitem especificamente desporto.
Livio Suppo, diretor da Repsol Honda, coloca-se ao lado da Dorna que opta cada vez mais pelas transmissões de TV em canais pagos, explicando que essa é a forma da entidade que organiza o mundial de reunir o dinheiro necessário para manter em funcionamento algumas equipas, situação que se mantém há vários anos
“Penso que, e quer se goste ou não, as transmissões pagas são o futuro de todos os desportos. E quer se goste quer não, a Dorna tem sido o principal patrocinador para algumas equipas desde há vários anos, e eles têm de conseguir o dinheiro. No final, penso que é uma situação que todos temos de enfrentar. Honestamente, nunca enfrentei uma situação em que um potencial patrocinador diz que não quer investir porque as transmissões são em canal pago”.
Por sua vez, Lin Jarvis, diretor da Movistar Yamaha, acredita que ambos os sistemas de transmissão televisiva do Mundial de Velocidade têm respetivas vantagens, não escondendo que tem o patrocínio de um operador que é parte interessada nas transmissões pagas
“Talvez em Espanha e Itália a situação esteja a ser um pouco mais negativa pois as audiências são cada vez menores, pois em vez de termos transmissões em canal aberto temos transmissões pagas. Eu penso que a qualidade das transmissões pagas é melhor, mas é óbvio que nem todos podem pagar, e claro que isso faz com que MotoGp não chegue a determinados mercados. No nosso caso particular, a Movistar, que é um canal pago, tornou-se o nosso principal patrocinador e isso tem sido positivo. Penso que fora da Europa isto não é um problema tão grande. É um problema mais localizado na Europa e em três ou quatro mercados específicos”.
Enquanto isso, Paolo Ciabatti, diretor desportivo da Ducati, vê com bons olhos as transmissões pagas de MotoGP, pois apesar dos números das audiências estarem em queda, abriram novas “portas” para as equipas explorarem ao nível dos patrocínios
“Da nossa parte, o nosso patrocinador, a Telecom Italia, adquiriu os direitos exclusivos de MotoGP em aparelhos como os tablets ou smartphones. Isso é uma nova oportunidade para eles. Tal como o Livio diz, teremos de nos habituar a isto. Os canais abertos vão transmitir cada vez menos desporto. Desporto será transmitido em canais dedicados, e é algo com que teremos de viver”.
Se da parte das equipas e Dorna a situação parece favorecer as transmissões pagas do Mundial de Velocidade, para os fãs a opinião é precisamente contrária, e os números de audiências em países tradicionalmente adeptos de MotoGP, como Itália ou Espanha, demonstram que está a ser uma mudança complicada quando até há bem poucos tempo tínhamos acesso ilimitado às transmissões do Mundial de Velocidade sem pagar por isso.
E para si: a Dorna e equipas de MotoGP fazem bem em privilegiar as transmissões em canais pagos e garantindo melhor qualidade de transmissão, ou estas transmissões estão a limitar em demasia o acesso dos fãs a este desporto e a qualidade não justifica o preço a pagar?"
Ricardo - Honda CB500X