(26-02-2016 às 16:46)pneves33 Escreveu: Nem toda a gente nasceu para andar de mota...muitos só se apercebem que não é para eles depois da mota estar na garagem...andam meia duzia de kms, apanham um susto e encostam a mota com medo de que o susto passe a algo mais grave...
Um primo meu foi um caso típico desses... mas levou tempo para se aperceber!
Como era "moda" ter e andar de moto, decidiu ir tirar a carta de moto (já tendo a carta de carro há muito).... e como tinha dinheiro (filho único solteirão a quem os papás ofereceram uma casa e pagavam a maioria das continhas ao menino, ele, tudo quanto ganhava, era para "torrar" em caprichos).
E com a carta, achou que o melhor era mesmo começar uma super-sport, pois dava mais nas vistas. E com 0 de experiência (tirando as aulas de instrução) lá foi comprar uma CBR600RR a estrear, apesar de ter havido quem o tivesse aconselhado a ir com mais calma, ainda por cima conhecendo a forma de pensar da "peça".
Resultado: Ao final de pouco tempo.... travou conhecimento com o alcatrão. Umas mazelas no corpo que acabaram por se curar e mais uns euros para meter a RR nos trinques....
Uns tantos dias depois, e como já havia conhecido o alcatrão, desta vez foi mesmo tratá-lo por "tu". Mais umas escoriações que o tempo tratou de disfarçar e nada que mais uma remessa de euros não ajudassem... e aí estava ele novamente no activo.
Como não há duas sem três.... mas também porque à terceira é de vez... depois de mais um contacto em 1º grau com o betuminoso asfáltico, e já com as orelhas quentes de tanta achega dos pais dele, familiares e (talvez) amigos, viu que não tinha vocação para a coisa.
Despachou a infeliz CBR600RR, e como achava que o problema dele era a falta de mais duas rodas, comprou uma moto 4 (uma Suzuki).
Passado mais algum tempo (que adivinho com outros sustos pelo meio), chegou-me aos ouvidos sob forma de proposta, que a moto4 estava para venda e se me interessaria eventualmente comprá-la!
O rapaz deve ter finalmente percebido que não tinha vocação para coisas com guiador, motor e rodas.... fossem duas... ou quatro. Não fosse um dia destes a coisa correr pior e em lugar de fazer uns tratamentos à base de pensos e betadine, ter de usar mesmo formol!
(sim... confesso que não tenho grande afinidade a este primo, é aquele tipo de pessoa que na prática e um "parvalhão de nariz empinado")