Exactamente.... como o Lone disse, e bem, as motos mais musculadas dos anos 70, 80 e (ainda) 90, tinham motores brutos e muito à frente de tudo o resto, especialmente quadro, suspensões, travagem e pneus. Até mesmo a geometria e peso das mesmas, estavam bem atrás da rudeza de alguns motores.
Entrar em falso numa curva, com velocidade a mais ou com uma trajectória errada, ou se tinha um bom K.D.U.... ou então mais valia rezar umas quantas ave-marias, se houvesse tempo para isso!
E se a inserção e o descrever a curva, exigia alguns dotes... O mesmo se passava à saída delas, quando a entrega seca e bruta de potência à roda, exigia demais dos parcos pneumáticos e suspensões, e era vê-las a "rabiar" mais que uma bailarina de Kuduro....
Eram motos que exigiam muito do condutor.... e nem todos estavam aptos a conduzi-las.
A mota mais complicada que tive oportunidade de meter as unhas, que me lembre, foi uma velha Kawa GPZ1000 dos anos 80, ilustre tetravó da linhagem das Ninja, que teve como filha a conhecida Tomcat.
Pesada (250 kgs em ordem de marcha), grande e estranha (aquilo até tinha um interruptor para ligar a ventoinha do radiador

) . Em auto-estrada, em recta, era uma delícia.... um poço de força.... o pior era depois a curvar, que parecia ter uma âncora a puxar-me para fora, obrigando a pendurar-me literalmente fora da moto, para com o peso do corpo, a puxar no sentido contrário...
Também cheguei a conduzir uma 1100WP.... mas já era mais refinada.