1º Inimigo: a CHUVA
A arma definitiva, especialmente em chuvas pequenas, é a existência de carenagem. Igualmente, para evitar sustos com a chuva, tenha particular atenção à escolha dos pneus. os compostos "pedra", de grande duração, podem chegar a ser perigosos. Os travões antibloqueio são um privilégio nestas condições.
Um fato impermeável (mais fácil de transportar se for composto de duas peças) é imprescindível, salvo se optar pelas soluções completas de "Gore-Tex". O mesmo se diga de uns cobre-botas, a não ser que tenha umas botas completamente impermeáveis.
Como soluções de emergência podem ser utilizados sacos de plástico (do lixo) bem ajustados ao que se quiser resguardar, bem como luvas de plástico ou borracha sobre as luvas normais.
A condução deve ser suave e sem manobras bruscas porque, deste modo, pode-se viajar com água e com uns limites de segurança bastante mais amplos do que parece. Aqueça os pneus com cuidado e evite as linhas brancas no pavimento, regueiros de gasóleo, etc. Lembre-se que os automobilistas não o veêm, com os seus vidros embaciados e com os espelhos cobertos de água.
Trate as placas metálicas ou as tampas de esgotos como se fossem placas de gelo. Lei de Murphy: quando se põe o fato de chuva não chove, mas se se esquecer dele cairá toda a chuva do mundo...
2.º Inimigo: o FRIO
Considera-se que é o mais comum, sendo um dos principais inimigos do condutor de mota mas, felizmente, é o mais fácil de combater. Entre 12ºC e 1ºC há que tomar medidas especiais.
Fisicamente não existe o frio, apenas há ausência de calor... A carenagem é imprescindível, pela sua eficácia. Pode-se sempre montar uma viseira que evite o vento no peito.
O "Gore-Tex" e outras fibras revolucionaram o vestuário de Inverno. Como soluções de emergência, há o recurso a um jornal a resguardar o peito, bem como cobre-mãos feitos com garrafas de plástico cortadas longitudinalmente.
Para o uso de coletes ou punhos térmicos, é importante ter a bateria em boas condições e toda a cablagem blindada e bem colocada.
Com baixas temperaturas, mas sempre superiores a 0ºC, a condução não difere do habitual em condições normais, mas é preciso recordar que os pneus frios agarram muito menos que quentes, em especial durante os primeiros quilómetros.
Qualquer acompanhante deve ir com equipamento ainda melhor do que o condutor. Há sempre humidades e descidas de temperatura ao passar zonas sombrias. Deve sair de casa bem quente.
Mais vale perder uns minutos fechando tudo antes de sair, ajustando bem as roupas e fechos, do que ter de o fazer a meio do percurso, quando já é muito difícil recuperar o calor perdido.
3.º Inimigo: o NEVOEIRO
Enganoso, molha a viseira de forma lenta e não desaparece com a velocidade, dificultando ainda mais a visão. As armas principais são os faróis anti-nevoeiro, os líquidos anti-embaciantes e os reflectores bem colocados (inclusivamente no fato).
Como soluções de emergência pode levantar-se a viseira (se não levar óculos) ou utilizar sabão líquido como anti-embaciador (e enxaguar bem).
Quanto à condução, o mais perigoso são as auto-estradas e as vias rápidas, em que se tem a tentação de circular mais rápido do que a visibilidade permite. É preciso assumir que o pavimento está molhado, aceitando que a média quilométrica da viagem se reduzirá drasticamente.
Não diminuir nunca a precaução, porque circular muito tempo com nevoeiro conduz a uma falsa sensação de segurança. É preciso limpar frequentemente a viseira com a luva, bem como recordar que nem todos os obstáculos levam luz (vacas, carros, peões, etc.).
Em caso de avaria ou paragem na estrada, estacione fora do asfalto.
4.º Inimigo: o GELO
Traiçoeiro, camuflado, o gelo nunca denuncia a sua presença. Circulando em estrada aberta, é o mais fulminante dos inimigos. Convém tentar detectá-lo antes que o termómetro alcance os 0ºC.
Não há armas definitivas contra o gelo. Como soluções de emergência, poder-se-ão enrolar cordas na roda traseira para conseguir que esta se agarre. Ou utilizar certos líquidos que se espalham sobre o pneu.
A condução tem de ser de antecipação. Quando a temperatura ronda os 0ºC, as manchas na estrada já não serão de água líquida. Se se entrar repentinamente sobre uma placa de gelo e se se tiver uma boa escapatória, há que seguir "teso como uma vela".
Sobre neve pode-se avançar com uma moto de estrada sempre que não houver desníveis pronunciados. Quanto ao granizo, enquanto não se formar uma capa sobre o piso da estrada, os pneus desalojam as bolas bastante bem.
É preciso limpar várias vezes a viseira do capacete, passando a luva, para evitar que a neve congele. Numa zona de sombra permanente podem estar restos de gelo mesmo durante o dia.
5.º Inimigo: o VENTO
É um inimigo diabólico que não permite baixar as precauções nem um momento. Consegue pôr tenso o sistema nervoso do mais calmo dos motociclistas.
Sempre se prefere o vento frontal aos laterais e são muito mais defensáveis os contínuos do que os intervalados.
A arma definitiva de defesa é a perícia do condutor. Como soluções de emergência, pode-se mudar a posição, deslocando-se para o lado de onde sopra o vento. Deve transportar-se equipamentos baixos e pouco volumosos e, ao viajar-se com acompanhante, deve tentar fazer-se um só corpo.
Quanto à condução, deve evitar-se a distração, conduzindo sempre muito atento e disposto a corrigir qualquer rajada com energia, mas também com tranquilidade.
Viajar apoiado num vento lateral é relativamente fácil. A mota avança inclinada nas rectas, mas é preciso prestar muita atenção às mudanças do vento que se verificam nas barreiras (taludes ou valas): tapam repentinamente o vento, considerando-se que os momentos mais críticos são o da ultrapassagem de um camião ou o da entrada numa ponte.
Deve observar-se as árvores, as bandeiras ou a vegetação alta. Os sinais de uma manga de aviação (ou de vento) indicam zona de ventos frequentes ou que estamos próximos de uma travessia de corredores naturais de vento.
P.s.: o texto não é da minha autoria, conta já com uns anos e já perdi a fonte de donde o rapinei!
A arma definitiva, especialmente em chuvas pequenas, é a existência de carenagem. Igualmente, para evitar sustos com a chuva, tenha particular atenção à escolha dos pneus. os compostos "pedra", de grande duração, podem chegar a ser perigosos. Os travões antibloqueio são um privilégio nestas condições.
Um fato impermeável (mais fácil de transportar se for composto de duas peças) é imprescindível, salvo se optar pelas soluções completas de "Gore-Tex". O mesmo se diga de uns cobre-botas, a não ser que tenha umas botas completamente impermeáveis.
Como soluções de emergência podem ser utilizados sacos de plástico (do lixo) bem ajustados ao que se quiser resguardar, bem como luvas de plástico ou borracha sobre as luvas normais.
A condução deve ser suave e sem manobras bruscas porque, deste modo, pode-se viajar com água e com uns limites de segurança bastante mais amplos do que parece. Aqueça os pneus com cuidado e evite as linhas brancas no pavimento, regueiros de gasóleo, etc. Lembre-se que os automobilistas não o veêm, com os seus vidros embaciados e com os espelhos cobertos de água.
Trate as placas metálicas ou as tampas de esgotos como se fossem placas de gelo. Lei de Murphy: quando se põe o fato de chuva não chove, mas se se esquecer dele cairá toda a chuva do mundo...
2.º Inimigo: o FRIO
Considera-se que é o mais comum, sendo um dos principais inimigos do condutor de mota mas, felizmente, é o mais fácil de combater. Entre 12ºC e 1ºC há que tomar medidas especiais.
Fisicamente não existe o frio, apenas há ausência de calor... A carenagem é imprescindível, pela sua eficácia. Pode-se sempre montar uma viseira que evite o vento no peito.
O "Gore-Tex" e outras fibras revolucionaram o vestuário de Inverno. Como soluções de emergência, há o recurso a um jornal a resguardar o peito, bem como cobre-mãos feitos com garrafas de plástico cortadas longitudinalmente.
Para o uso de coletes ou punhos térmicos, é importante ter a bateria em boas condições e toda a cablagem blindada e bem colocada.
Com baixas temperaturas, mas sempre superiores a 0ºC, a condução não difere do habitual em condições normais, mas é preciso recordar que os pneus frios agarram muito menos que quentes, em especial durante os primeiros quilómetros.
Qualquer acompanhante deve ir com equipamento ainda melhor do que o condutor. Há sempre humidades e descidas de temperatura ao passar zonas sombrias. Deve sair de casa bem quente.
Mais vale perder uns minutos fechando tudo antes de sair, ajustando bem as roupas e fechos, do que ter de o fazer a meio do percurso, quando já é muito difícil recuperar o calor perdido.
3.º Inimigo: o NEVOEIRO
Enganoso, molha a viseira de forma lenta e não desaparece com a velocidade, dificultando ainda mais a visão. As armas principais são os faróis anti-nevoeiro, os líquidos anti-embaciantes e os reflectores bem colocados (inclusivamente no fato).
Como soluções de emergência pode levantar-se a viseira (se não levar óculos) ou utilizar sabão líquido como anti-embaciador (e enxaguar bem).
Quanto à condução, o mais perigoso são as auto-estradas e as vias rápidas, em que se tem a tentação de circular mais rápido do que a visibilidade permite. É preciso assumir que o pavimento está molhado, aceitando que a média quilométrica da viagem se reduzirá drasticamente.
Não diminuir nunca a precaução, porque circular muito tempo com nevoeiro conduz a uma falsa sensação de segurança. É preciso limpar frequentemente a viseira com a luva, bem como recordar que nem todos os obstáculos levam luz (vacas, carros, peões, etc.).
Em caso de avaria ou paragem na estrada, estacione fora do asfalto.
4.º Inimigo: o GELO
Traiçoeiro, camuflado, o gelo nunca denuncia a sua presença. Circulando em estrada aberta, é o mais fulminante dos inimigos. Convém tentar detectá-lo antes que o termómetro alcance os 0ºC.
Não há armas definitivas contra o gelo. Como soluções de emergência, poder-se-ão enrolar cordas na roda traseira para conseguir que esta se agarre. Ou utilizar certos líquidos que se espalham sobre o pneu.
A condução tem de ser de antecipação. Quando a temperatura ronda os 0ºC, as manchas na estrada já não serão de água líquida. Se se entrar repentinamente sobre uma placa de gelo e se se tiver uma boa escapatória, há que seguir "teso como uma vela".
Sobre neve pode-se avançar com uma moto de estrada sempre que não houver desníveis pronunciados. Quanto ao granizo, enquanto não se formar uma capa sobre o piso da estrada, os pneus desalojam as bolas bastante bem.
É preciso limpar várias vezes a viseira do capacete, passando a luva, para evitar que a neve congele. Numa zona de sombra permanente podem estar restos de gelo mesmo durante o dia.
5.º Inimigo: o VENTO
É um inimigo diabólico que não permite baixar as precauções nem um momento. Consegue pôr tenso o sistema nervoso do mais calmo dos motociclistas.
Sempre se prefere o vento frontal aos laterais e são muito mais defensáveis os contínuos do que os intervalados.
A arma definitiva de defesa é a perícia do condutor. Como soluções de emergência, pode-se mudar a posição, deslocando-se para o lado de onde sopra o vento. Deve transportar-se equipamentos baixos e pouco volumosos e, ao viajar-se com acompanhante, deve tentar fazer-se um só corpo.
Quanto à condução, deve evitar-se a distração, conduzindo sempre muito atento e disposto a corrigir qualquer rajada com energia, mas também com tranquilidade.
Viajar apoiado num vento lateral é relativamente fácil. A mota avança inclinada nas rectas, mas é preciso prestar muita atenção às mudanças do vento que se verificam nas barreiras (taludes ou valas): tapam repentinamente o vento, considerando-se que os momentos mais críticos são o da ultrapassagem de um camião ou o da entrada numa ponte.
Deve observar-se as árvores, as bandeiras ou a vegetação alta. Os sinais de uma manga de aviação (ou de vento) indicam zona de ventos frequentes ou que estamos próximos de uma travessia de corredores naturais de vento.
P.s.: o texto não é da minha autoria, conta já com uns anos e já perdi a fonte de donde o rapinei!