Indícios de que és um principiante!
#91

Desculpa Cabs, nao sou engenheiro e talvez falta-me argumentos para defender a minha ideia, mas eu vejo as coisas de uma forma mais pratica.

Ou seja.

A minha CRF tem uma caixa super suave e um sistema de transmissao secundario que, para permitir o curso de suspensao que tem, tem momentos em que a corrente tem folga suficiente para saltar da cremalheira ou do pinhao. Isso só nao acontece porque estao as guias para a manter no caminho certo.
Em muitos desses momentos o trabalho de caixa e embraiagem é importante para tomas de força e em nenhum momento a caixa me dificulta esse trabalho!
Na Maria das Curvas, dado a uma aventura em off-road, tive que fazer o regresso de Portugal a casa (mais de 1000km) com a corrente parcialmente gripada (ovalizada) e a caixa da Maria foi sempre fiel ao seu trabalho. Tudo o que notava era uma transmissao mais ruidosa e instavel quando arrancava. O tacto (no Pé) a precisao e a suavidade com que "metia e tirava" mudanças nunca se alterou.

Tive varias motos com sistema de transmissao por corrente, la em casa dos meus pais existe uma Ducati Paso, existiram outros animais como uma TomCat, uma GTS ou uma XX, que de alguma maneira tive o prazer de andar nelas.
Em algumas nota-se diferenças na caixa, actuaçao mais suave, menos dura ou inclusive imprecisa.
No caso da Tomcat, as passagens de 1 a 2 eram algo conflictivas e isso dava igual estivesse a corrente lá no sitio, mal esticada ou "au point".

O sistema de transmissao secundario influencia no diferencial de rotaçoes dos veios na caixa, nisso estamos de pleno acordo, mas este sistema secundario pode ser um veio, uma corrente, uma correia ou até um sistema hidraulico.
Respeitando sempre a opiniao alheia, talvez seja mlhor remeter este dabate para o dia 23 de Dezembro, e nao o faço por casmurrice, mas sim com a verdadeira intuiçao de aprender e explicar melhor o meu ponto de vista!

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#92

(26-11-2016 às 14:17)LoneRider Escreveu:  Desculpa Cabs, nao sou engenheiro e talvez falta-me argumentos para defender a minha ideia, mas eu vejo as coisas de uma forma mais pratica.


Estás desculpado, mas que não volte a acontecer lol !

Eu nem sequer te estava a tentar convencer, nem a ti nem a ninguém. Alguém lá atrás pediu uma possível explicação de um ponto de vista mais técnico, eu dentro do pouco que sei, tentei dá-la.

Não estou a dizer que uma corrente em mau estado, vai fazer notar-se numa passagem de caixa menos suave, para todas as caixas e para toda a gente c/ os seus diferentes estilos de condução.
Estava a tentar explicar que, a fazer-se notar, a explicação (dentro do que sei) é aquela. E há muita boa gente a dizer que se nota.


(26-11-2016 às 14:17)LoneRider Escreveu:  O sistema de transmissao secundario influencia no diferencial de rotaçoes dos veios na caixa, nisso estamos de pleno acordo, mas este sistema secundario pode ser um veio, uma corrente, uma correia ou até um sistema hidraulico.

Correcto, mas como sabes há diferenças entre uns e outros, uns são mais flexíveis, uns tem mais inercia etc. Os veios são a ligação mais rígida, as correias estão normalmente tencionadas (sem folga).

(26-11-2016 às 14:17)LoneRider Escreveu:  Respeitando sempre a opiniao alheia, talvez seja mlhor remeter este dabate para o dia 23 de Dezembro, e nao o faço por casmurrice, mas sim com a verdadeira intuiçao de aprender e explicar melhor o meu ponto de vista!

Se não houver contratempos, também acho que será melhor altura do que estar-mos aqui a bater teclas blink
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#93

Acho bem, chapada ao vivo é mais divertido!
lol clap clap
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#94

Haverá algum vloger que queira fazer um vídeo? smile

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#95

(26-11-2016 às 16:35)LoneRider Escreveu:  Haverá algum vloger que queira fazer um vídeo?  smile

Por acaso tenho uns vídeos, ainda com a R1, filmados junto à corrente...só não estou a falar...
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#96

Voltando ao tópico devo dizer que, ainda hoje, cometo erros de iniciante, como por exemplo esquecer-me de recolher o descanso.

Sem querer entrar a catalogar as pessoas, reconheço que se verifica nas motos o mesmo que nos carros (por exemplo)

Um iniciante verdinho é aquele recém encartado que, ao não saber nada, toma uma actitude "submissa" e tudo o que vem à rede é peixe.

Mas passados 6 ou 7 meses, com os km e auto estiva em altas começa a aperceber-se de que pode ter alguma autonomia.
É aqui que os erros de iniciante deixam sequelas na auto estima.

Erros como estacionar de frente num sitio inclinado, chorar por um risco num protector da moto por ter deixado cair a moto para o lado.
Viver a frustração de não acompanhar os mais experientes.
Esquece-se do kill-swich, ficar melindrado por bocas foleiras e reagir mal a estas.
Na primeira viagem levar todo tipo de gadgets para a viagem sem serem necessários.
Descarregar a bateria à pala dos gadgets e depois não conseguir arrancar o motor.
Levar uma tenda de campismo de 4 quartos e para meter a moto dentro, que demora 4h a montar/desmontar para passar apenas uma noite.
Por pneus de marcas diferentes na moto.
Não questionar a vertente práctica de um acessório só porque é bonito.

Enfim, aqueles erros que cometemos quando pensamos que já sabemos o suficiente e não sabemos nada.


Para terminar, todos passamos por isso, ninguém nasce ensinado, mas devemos saber apurar os sentidos, com o objectivo de filtrar a informação que nos chega e reter aquela que nos é útil.

Por mais experiência que se tenha, nunca rejeitar a opinião de quem quer que seja. Nunca se sabe quando aprendemos algo.
Partilhar experiências, vivências e a sua solução com o objectivo de retirar uma lição e enriquecer a base de dados do companheiro, mesmo que venha um venenoso e te diga que é um tenrinho.

Não é mau não saber.
É mau não querer aprender.

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#97

(27-11-2016 às 12:07)LoneRider Escreveu:  Por pneus de marcas diferentes na moto.

Esta discordo Lone! blink Sou ainda tenrinho mas não vejo que seja mau, e já se falou disso em outro tópico qualquer.

As minhas máquinas (e ex):
Kawasaki Versys 1000 / KTM 1290 Super Duke GT
Yamaha FZS 600 Fazer

[Imagem: censorship2.jpg]

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#98

(27-11-2016 às 13:43)michelfpinto Escreveu:  
(27-11-2016 às 12:07)LoneRider Escreveu:  Por pneus de marcas diferentes na moto.

Esta discordo Lone!  blink  Sou ainda tenrinho mas não vejo que seja mau, e já se falou disso em outro tópico qualquer.

É mais uma daquelas coisas que são difíceis de explicar, mas que já tive o prazer de viver nas minhas próprias carnes.
Tomei consciência disso à uns anos atrás quando li um artículo sobre mecánica na revista La Moto.
Havia um leitor que se queixava de umas reacções estranhas da moto, que se tinha verificado tudo e que estava tudo bem. Queixava-se de que metia a moto com mais dificuldade em curva, não era tão precisa e não dava confiança.
A sugestão do acessor de mecânica foi essa mesma, de verificar que pneus tinha montados na moto, e dava como exemplo a situação de serem de marcas diferentes.
As marcas utilizam métodos de produção distintos, as carcaças dos pneus são diferentes e estas passam informação às suspensões, ao chassi e por último a ti. Básicamente tratava de dizer que as informações chegavam de forma confusa porque os pneus ao não ter a mesma forma de construção não eram homogéneos na informação.
Lembro-me que ter referido que seria algo semelhante a duas pessoas a ler o mesmo texto ao mesmo tempo, mas um lia o texto em inglês e outro em alemão.
No final quem não sabia bem o que acontecia era o condutor, terminando por não ter confiança na moto.
Espero ter-me explicado, mas o que é certo é que na Maria nunca mais voltei a ter problemas desde que deitei fora aquele Z6 a meio uso e passei a calçar exclusivamente de uma só marca ambos eixos.

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#99

Acho que ambos podem ter razão na cena dos pneus.
A questão é que nem todos os pneus de marcas diferentes poderão ser "incompatíveis".
Deverá ter muito a ver com o perfil do pneu (mais em "U" ou mais em "V")

Dou um exemplo andei uns tempos com um Dunlop Trailmax à frente e um Michelin PR4 atrás e não são incompatíveis, apesar de se olhar para o PR4 e parecer mais estreito que outros pneus com as mesmas dimensões.
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A forma dos pneus pode ter impacto sem dúvida, e é verdade que os pneus são diferentes, e dependendo da marca podem dar um feedback diferente ao condutor. Os Bridgstone normalmente tem uma carcaça mais duro que os Michelin. Embora nunca tenha tido problemas com pneus Bridgestone nunca me deram a mesma confiança.

E no caso que falas Rui, penso que o que pode estar a acontecer é isso. Eu com pneus Bridgestone que tive parecia que a mota não queria curvar e que tinha de "forçar" para conseguir ter mais inclinação em curva. Acho que mais do que usar pneus de diferentes marcas talvez seja mais o que o pneu te dá de feedback e te adaptares bem a isso ou não. Penso que usando pneus semelhantes com um perfil igual não seja problemático.

Mas admito que possa estar errado. De preferência tenho os 2 pneus iguais, mas nem sempre é possível. No meu caso especifico não consigo ter a muda de pneus sincronizada, por isso ou usaria sempre os mesmos pneus ou terei que misturar pneus/marcas. No meu caso em principio o próximo será um Metzeler e ficarei com o de trás Michelin pois ainda durará mais um bocado.
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