(14-12-2016 às 17:08)pneves33 Escreveu: A mota era fiavel para caraças...pode não ter o refinamento das motas de hoje, mas se olhares para o que a concorrência fazia na altura...a XJ tinha 4 cilindros vs 2, mas faltava-lhe a agilidade da CB, era uma matrafona e os cavalos (poucos) a mais, não se faziam sentir, antes pelo contrário
E o motor da XJ, apesar de ser tetracilindrico, estava obsoleto em tudo (air head de 2 valvulas por cilindro... e só mais tarde recebeu um radiador de óleo), em relação ao da CB.
O peso e tamanho também bem maiores da XJ, não ajudava nessa tarefa de a tornar mais ágil e rápida.
(14-12-2016 às 17:08)pneves33 Escreveu: a GS tinha mono atrás ao contrário do duplo da CB, mas o motor ficava muito atrás e em termos de condução, não transmitia a mesma confiança...
O motor da GS500 ainda conseguia ser mais arcaico que o da XJ. A CB, depois de corrigida a questão da travagem de trás, só perdia mesmo na suspensão traseira, com 2 amortecedores, porque de resto era superior em tudo.
E não esquecer ainda neste rol, a Kawasaki ER-5, com o motor herdado da GPZ. E havia ainda outra "meia concorrente" destas, apesar de ser Honda também, que era a NTV650 (V2 drive shaft).
A CB500 superiorizava-se a todas.
(14-12-2016 às 17:08)pneves33 Escreveu: foi uma mota que se vendeu bem, porque não sendo excelente em nada, era muito boa em tudo, era pau para toda a obra e a prova de idiotas...a fama dela não é em vão, a mota resistia a tudo.
A minha ex-CB500 veio para as minhas mãos com 11 mil kms e ainda na garantia de fábrica. Apenas lhe mandei mudar ao abrigo desta o tensor (as made in japan davam problemas aqui e a cremalheira de embraiagem (por sugestão do meu mecânico). Depois disto, andou.... andou.... andou.... correu PT de Norte a Sul e partes de Espanha... fiz férias com a minha namorada (e actual mulher) nela... Foi vendida com 123 mil kms (já tinha dado a volta no odómetro)

e num estado irrepreensível, sem um risco (há uns quantos aqui que a conheceram e podem atestar isto).
Tirando consumíveis e baterias, apenas precisou de levar um rectificador de corrente aos 95 mil (que nas Honda acaba por ser também um consumível

).
E depois de a ter vendido com aquela elevada quilometragem, em 2007, anos depois vê-la e saber que ela ainda anda aí, é de enaltecer (continua pelo menos com seguro activo).
(14-12-2016 às 17:22)pneves33 Escreveu: A CB500 foi na altura o que as Ncoisas são agora...uma mota acessível, facil de guiar, com manutenção contida e prestações mais que suficientes para a utilização do dia-a-dia e em que podíamos confiar.
Uma verdadeira utilitária simples e pratica, sem floreados.
Vejo mais a CB500 equiparada à actual MT07, do que propriamente às NCoisa! É que a CB500 conseguia suplantar em prestações toda a concorrência e despachava-se bem e com desenvoltura.... sem ser "castrada" a partir de um certo ponto, como acontece com as NCoisa.
Recordo-me por exemplo de um epsisódio engraçado do Nelson, ter andado com uma Monster 600 de um amigo, e poucos dias depois eu lhe ter emprestado a minha CB500 para ele ir ao Restelo tratar de umas cenas. Quando me devolveu a mota, disse que a M600, comparando com a CB, parecia um cordeirinho.

Chegamos depois a fazer várias vezes swing de motos.... ele com a CB500 e eu com a Gixxer600 cú de abelha.