Antes e depois das "...125 para todos..."
#31

As escolas de condução é que deviam ser alvo de "exigencias de qualidade". Porque é lá que aprendes e deves aprender. Mas muitas, como vês em Lisboa, metem publicidade enganosa para atrair lucro e depois compram carros modernos e muito recentes e publicitam isso pois sabem que os futuros encartados ficam "apanhados" pela ideia de conduzir um grande carro XPTO.
Apesar de eu ter tido um bom professor, admito que podia aprender muito mais. Pois lá não soube mexer numa mota carburada, ninguem me explicou a contra-brecagem (que podia ter-me facilitado a vida nas aulas e exame de condução. Nem toda a gente percebe á primeira este funcionamento básico de duas rodas).
E as horas para que eu paguei, nunca tinha 30 minutos de aula, quanto mais 1 hora. Entende-se dar 5 ou 10 minutos para se organizarem, mas mais que isso...cheguei a chatear-me com um instrutor por causa disso.
O tal professor que eu achei muito bom é o dono da escola, e coitado, tinha sempre pessoas a telefonar-lhe, e a ocupar-lhe tempo o que fazia com que ele tinha que pedir desculpa quase todas as aulas a mim e a outros alunos pelo tempo perdido. O meu pai viu isso muito bem (tirou a carta onde eu tirei)

Portanto é nas escolas que se deve simplificar e exigir ensino de qualidade. E claro exigir um desempenho de condução o melhor possivel, e não facilitar só porque um faz cara triste, outro esforçou-se, outra manda uns melões e umas pernas divinais, e sei lá mais o quê...
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#32

(02-02-2015 às 11:33)Cloud Escreveu:  Retomando a discussão, não podem estar a falar a sério ao dizerem que não vão ser aulas extra na escola de condução que vão fazer a diferença, porque acho óbvio que vão. É o mesmo que dizerem que para a categoria B também não se aprende nada. Realmente eu quando fui tirar a carta até já sabia andar de carro, mas e então? Isso dá-me o direito de conduzir um carro de baixa cilindrada sem sequer tirar a carta? Não dá, nem deve dar. As aulas de condução, principalmente, fazem toda a diferença para alguém que apenas quer conduzir uma 125 porque é nas primeiras voltas que surgem as dúvidas e os problemas, e prefiro pagar 50€ e ter alguém especializado ao meu lado quando essas dúvidas e problemas surgirem, do que não pagar nada e estar no meio do trânsito sem saber o que fazer, ou pior, a fazer tudo menos o que devia.

Muito optimismo no sistema de ensino no meu ponto de vista. blink As minhas aulas de mota foram basicamente praticar oitos enquanto o instrutor lá tratava da vidinha dele, ao telemóvel, na sombra que estivesse disponível. smile

Ok, talvez eu não seja propriamente um bom exemplo já que à data tinha quase 30 anos de experiência em 4 rodas no meio do transito e carta de ligeiros tirada e usada em 2 continentes diferentes e portanto o fluxo de tráfego não me assustava. Mas algumas das especificidades para a condução em 2 rodas aprendi-as eu, depois. Ou melhor, vou aprendendo mais qualquer coisinha de cada vez que saio com ela...  blink

[Imagem: wrong-bike.jpg]
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#33

(02-02-2015 às 11:06)OFFICER Escreveu:  Na formação especifica estás a esquecer-te talvez dos pontos mais importantes como, regras de trânsito que não são especiais para motociclistas, ou como efectuar a trajectória de uma curva ou até como efectuar uma travagem em plena curva.

Quem te ler acha que nunca tirei qualquer tipo de licença e todos estes anos tenho andado sempre ilegal... lol

(02-02-2015 às 11:06)OFFICER Escreveu:  Isto tudo aprende-se apenas com aulas de código e depois é aplicado na prática. Fora disso, não sabem nada deste assunto a não ser aprendendo pelos próprios meios.

É aqui que eu sou crítico.
Acho que se paga demasiado por uma carta de condução face ao retorno que ela oferece em termos pedagógicos.

Seja no código, já que as questões avaliam mais a capacidade de interpretar lingua portuguesa do que o conhecimento sobre regras de trânsito.
Seja na condução, onde são avaliados determinados clichés que por norma nem são as razões que provocam acidentes.

Aquilo que chamam de "alguém especializado" são pessoas que formam não para ensinar a conduzir, mas para passar num exame!
E isto aplica-se tanto a carro como moto.

(02-02-2015 às 11:33)Cloud Escreveu:  Novamente, não estás a perceber o meu ponto.

Eu compreendo e respeito.
Apenas não concordo com boa parte.

Acho que o código específico para motociclos é desnecessário e serve apenas para gerar receita.
Acho que um motociclo até 11kw é perfeitamente adequada para um aprendizagem de forma autodidata por quem já tem formação teórica de código e experiência de condução em outro veículo. (Sobretudo quando durante décadas eram atribuidas licenças de forma identica a condutores sem qualquer experiência teorica/pratica a idades a partir dos 16)

Tudo isto são opiniões que, como referi atrás, valem o que vale.
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#34

(02-02-2015 às 13:43)dfelix Escreveu:  ...
Quem te ler acha que nunca tirei qualquer tipo de licença e todos estes anos tenho andado sempre ilegal...  lol
...

Afinal confirma-se!! És um bandido!! lol
Desculpa, mas assim que li isto não pude evitar rir-me. blink

Se o ensino da condução não fosse tão trágico, quase se podia considerar uma comédia.

Devem-te ter feito a mesma pergunta simpática que a mim, quando entrei pela primeira vez numa escola de condução: Já sabe andar de moto, não sabe?? smile
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#35

Não sei o que consideras cliché, mas para mim uma pessoa que não sabe colocar-se correctamente numa via, que não sabe fazer uma mudança de direcção à esquerda (em que muitos fazem na diagonal), que não sabe trabalhar com a caixa e etc, não é uma pessoa apta para conduzir. O mesmo se processa no estacionamento (falando dos ligeiros) onde muitos não fazem a minima ideia o que é estacionar um veiculo correctamente, dai poder ver em parques que a maioria está mal estacionado e muitos até a roubar o lugar ao lado.

Já na moto, também se aprende muita coisa, principalmente no que toca à condução defensiva.

No entanto, isto claro, requer um bom profissional, quer isto dizer, um bom instrutor e que maus profissionais há em todas as profissões.
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#36

(02-02-2015 às 13:51)Johnny_1056 Escreveu:  Devem-te ter feito a mesma pergunta simpática que a mim, quando entrei pela primeira vez numa escola de condução: Já sabe andar de moto, não sabe?? smile

Não, porque quando tirei A+B já utilizava o ciclomotor como veiculo do dia-a-dia.
E portanto, ia para a escola de condução na minha mítica NSR 50 R! proud
Porém, essa licença em 1995 custou-me 10 contos para a C.M. Mafra em troca de 10 perguntas de sinais e uns oitos feitos na casal boss dum amigo.

Concordo que os anos 90 foram um período negro.
E nem acho que a principal razão estivesse na falta de conhecimento do código da estrada. Muito menos o saber conduzir a moto.
O problema era mesmo a falta de maturidade que tínhamos aos 16 anos para a fazer cumprir.

(02-02-2015 às 15:06)OFFICER Escreveu:  Não sei o que consideras cliché, mas para mim uma pessoa que não sabe colocar-se correctamente numa via, que não sabe fazer uma mudança de direcção à esquerda (em que muitos fazem na diagonal), que não sabe trabalhar com a caixa e etc, não é uma pessoa apta para conduzir.

Concordo totalmente contigo.
E a observação que fazes no dia-a-dia também faço!

Provavelmente achas que o problema está nos condutores e que estes devem ser punidos!
Eu acho que o problema começa logo numa má formação. Porque acima de tudo é algo que pretende ser um negócio rentável. E por isso a parte teórica parece mais orientada em avaliar a gramática de pergunta dúbias do que avaliar o conhecimento de código. E uma formação prática passa por despachar o aluno ensinando-o a ultrapassar as situações que serão avaliadas no exame.

E é a isso que me refiro como clichés...
Por exemplo, quanto tirei a carta parte das aulas foi a dar voltas no local de Chelas onde são feitos os exames para me explicarem as armadilhas habituais que o examinador fazia.

Desde que comecei a participar em forums como este, a quantidade de recém-encartados que não faziam a ideia de que travões usar ou sequer de como virar é impressionante.
Atrevo-me a dizer que muita gente tem aprendido mais com a internet do que com as escolas de condução.

Se no futuro assistir a uma mudança que me faça acreditar que os novos encartados seja de carro ou moto saem devidamente preparados então aí mudarei com todo o gosto a minha opinião.
Até lá, acho que simplesmente estão a pagar por uma carta, e depois aprendem cá fora.
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#37

(02-02-2015 às 13:51)Johnny_1056 Escreveu:  Devem-te ter feito a mesma pergunta simpática que a mim, quando entrei pela primeira vez numa escola de condução: Já sabe andar de moto, não sabe?? smile

lol A mim não foi preciso perguntarem. Tanto que já ia para as aulas de código de motorizada (com a dita licença camarária)!

Quando passei à condução (de moto, pois de carro ainda tive umas quantas aulas), foi ir dar umas voltas "por mim mesmo" a dias do exame, para me habituar à GN250 e na véspera treinar uns oitos (coisa que depois nunca mais tive necessidade de fazer nos moldes em que são feitos em exame, e ando de moto há mais de duas décadas).

O facto é que na realidade o instrutor "formata" o instruendo, apenas para passar em exame. A componente educacional ou pedagógica é segundo plano. Não conheço uma só pessoa que tivesse saído de uma escola de condução a saber realmente conduzir... a não ser que já o soubesse fazer antes de entrar lá.

[Imagem: QKmafvp.png]
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#38

(02-02-2015 às 16:07)dfelix Escreveu:  Concordo totalmente contigo.
E a observação que fazes no dia-a-dia também faço!

Provavelmente achas que o problema está nos condutores e que estes devem ser punidos!
Eu acho que o problema começa logo numa má formação. Porque acima de tudo é algo que pretende ser um negócio rentável. E por isso a parte teórica parece mais orientada em avaliar a gramática de pergunta dúbias do que avaliar o conhecimento de código. E uma formação prática passa por despachar o aluno ensinando-o a ultrapassar as situações que serão avaliadas no exame.

E é a isso que me refiro como clichés...
Por exemplo, quanto tirei a carta parte das aulas foi a dar voltas no local de Chelas onde são feitos os exames para me explicarem as armadilhas habituais que o examinador fazia.

Desde que comecei a participar em forums como este, a quantidade de recém-encartados que não faziam a ideia de que travões usar ou sequer de como virar é impressionante.
Atrevo-me a dizer que muita gente tem aprendido mais com a internet do que com as escolas de condução.

Se no futuro assistir a uma mudança que me faça acreditar que os novos encartados seja de carro ou moto saem devidamente preparados então aí mudarei com todo o gosto a minha opinião.
Até lá, acho que simplesmente estão a pagar por uma carta, e depois aprendem cá fora.

No que está a bold, estou plenamente de acordo, mas permite-me acrescentar que não é só má formação mas sim o facilitismo que existe nos exames e o pouco rigor que os acompanha. Qualquer "maçarico" hoje em dia tira a carta.

No entanto, tal como dizes no fim, paga-se pela carta e pagas as bases, porque aprender, será sempre cá fora com a experiência. Não são 32 aulas de condução de ligeiros ou 16 de motociclos que te ensinam a conduzir.

Recordo-me da frase que o examinador disse no final de um dos exames: "Lembre-se, você passou no exame mas não sabe conduzir, apenas está apto a conduzir, estando encartado".
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#39

(02-02-2015 às 16:48)OFFICER Escreveu:  
(02-02-2015 às 16:07)dfelix Escreveu:  Concordo totalmente contigo.
E a observação que fazes no dia-a-dia também faço!

Provavelmente achas que o problema está nos condutores e que estes devem ser punidos!
Eu acho que o problema começa logo numa má formação. Porque acima de tudo é algo que pretende ser um negócio rentável. E por isso a parte teórica parece mais orientada em avaliar a gramática de pergunta dúbias do que avaliar o conhecimento de código. E uma formação prática passa por despachar o aluno ensinando-o a ultrapassar as situações que serão avaliadas no exame.

E é a isso que me refiro como clichés...
Por exemplo, quanto tirei a carta parte das aulas foi a dar voltas no local de Chelas onde são feitos os exames para me explicarem as armadilhas habituais que o examinador fazia.

Desde que comecei a participar em forums como este, a quantidade de recém-encartados que não faziam a ideia de que travões usar ou sequer de como virar é impressionante.
Atrevo-me a dizer que muita gente tem aprendido mais com a internet do que com as escolas de condução.

Se no futuro assistir a uma mudança que me faça acreditar que os novos encartados seja de carro ou moto saem devidamente preparados então aí mudarei com todo o gosto a minha opinião.
Até lá, acho que simplesmente estão a pagar por uma carta, e depois aprendem cá fora.

No que está a bold, estou plenamente de acordo, mas permite-me acrescentar que não é só má formação mas sim o facilitismo que existe nos exames e o pouco rigor que os acompanha. Qualquer "maçarico" hoje em dia tira a carta.

No entanto, tal como dizes no fim, paga-se pela carta e pagas as bases, porque aprender, será sempre cá fora com a experiência. Não são 32 aulas de condução de ligeiros ou 16 de motociclos que te ensinam a conduzir.

Recordo-me da frase que o examinador disse no final de um dos exames: "Lembre-se, você passou no exame mas não sabe conduzir, apenas está apto a conduzir, estando encartado".

16 de mota em determinadas condições. No meu caso foram só 12.
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#40

Citar:Devem-te ter feito a mesma pergunta simpática que a mim, quando entrei pela primeira vez numa escola de condução: Já sabe andar de moto, não sabe??

A mim fizeram cool
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