Quem anda à chuva, molha-se!
#51

Soluções não faltam! smile

[Imagem: PNjtebn.jpg]

[Imagem: GSYZIgm.jpg]

Boas curvas! 
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#52

(08-01-2018 às 21:23)LoneRider Escreveu:  Vou aproveitar para mudar o oleo e tudo....
Eu até tinha que lhe mudar os vedantes e tudo!
Aproveito e junto tudo com umas juntas novas.... devil

Sim, sim, junta tudo e deita fora. lol
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#53

(08-01-2018 às 00:44)marco.clara Escreveu:  Apesar de o clima e as estações do ano já não serem aquilo que eram, o Inverno está aí e cada vez se vêem menos motas sair à estrada. Os motivos são óbvios: a grande maioria dos motociclistas preza a qualidade de vida e o seu conforto, e não estão para fazer o trajeto casa/trabalho debaixo de chuva, com todas as implicações que isso acarreta. Sem juízos de valor, sobram uns quantos "malucos" a quem o trânsito da hora de ponta continua a parecer uma alternativa bem pior ou simplesmente prezam andar de mota faça chuva ou faça sol. Convenhamos que não é uma tarefa fácil, que com frequência obriga a recorrer uma série de apetrechos, desde a mota ao motociclista, que são tudo menos práticos ainda que servindo um propósito em particular.

[Imagem: shad-top-case-sh40-cargo.jpg]

A capacidade de transporte é uma delas. Seja com recurso à tradicional top case, ou com alternativas menos ofensivas à estética da mota, como ad malas laterais, alforges, sacos de depósito, mochilas, etc. No meu caso em particular, praticamente em todas as motas que tive instalei uma top case (e interiormente verti uma lágrima de cada vez que o fiz). A sua utilização já me beneficiou em certas situações (protegeu material caro em situação de queda/acidente) e já me prejudicou (cerca de 400 euros de material roubado do interior da mala). Em jeito de balanço, é algo muito prático para a utilização que lhe dou e da qual me custa hoje em dia abdicar.

[Imagem: 3530-Alpinestars-El-Nino-Motorcycle-Rain...-800-1.jpg]

O equipamento em termos de vestuário é outro elemento chave para manter um nível mínimo de conforto. Por muito bons que sejam os casacos e por muito que o material de que são feitos seja apregoado como impermeável, desde a pele ao goretex, nenhum deles resistirá a uma boa dose de chuva por tempo prolongado. Pode-se sempre optar por um fato adicional verdadeiramente impermeável com costuras vulcanizadas, daqueles que parecem ser feitos do material dos sacos do lixo, e que se veste em cima de tudo o resto que já levamos vestido. Implica mais alguns minutos a equipar/desequipar, mas pode fazer a diferença entre chegar completamente seco ou apenas razoavelmente seco ao destino. As luvas padecem do mesmo mal, sendo que além do nível de impermeabilidade existe também o problema do frio. Alguns companheiros que conheço recorrem a uma solução a que nunca experimentei, que é a de usar luvas de plástico ou mesmo latex por baixo das luvas de pele/sintéticas, o que protege eficazmente da água e do frio.

[Imagem: alpinestars_ridge_waterproof_boots.jpg]

O calçado também representa um desafio. Umas simples botas frequentemente deixam passar água poucos minutos depois de expostas à intempérie, pelo que calçado específico e também impermeável é imperativo, a não ser que se goste de andar com os pés molhados o dia inteiro. Calçado específico significa muitas vezes botas que acabam por dar nas vistas e que podem não se coadunar com alguns códigos de vestuário em particular, nomeadamente quem possa ter de andar de fato e gravata. As alternativas são andar com um par de sapatos atrás, arranjar umas botas impermeáveis que disfarcem bem, ou utilizar umas sobre-botas, que uma vez mais representam minutos adicionais ao equipar/desequipar.

[Imagem: s-l300.jpg]

A nível do capacete, as dificuldades também se fazem sentir. Capacetes abertos não são claramente uma boa opção. Mesmo com óculos e máscara, a coisa acaba por não correr bem. Optando por capacetes fechados, vários problemas se podem fazer sentir ainda assim. Respiradores abertos ou que não vedam bem e deixam entrar água, ou viseiras que ficam rapidamente embaciadas. Existem alguns sistemas para ajudar a evitar estas situações, como películas, sprays ou o famoso sistema de pinlock. Mas quando o problema não ocorre no interior do capacete, ocorre muitas vezes no exterior. Ao fim de algum tempo, e por mais que rodemos a cabeça como se um catavento fosse para expulsar as gotículas pelas laterais, a determinada altura isso deixa de acontecer, e amiúde acabamos por desistir e simplesmente ter de abrir a viseira para levar com a chuva e o resto da porcaria na cara numa tentativa desesperada de ver qualquer coisa. Se for à noite, é tudo muito mais interessante ainda.

[Imagem: Oil-colours.jpg]

Depois de nos protegermos o mais possível resta-nos rezar para que corra tudo bem, quando pegamos na mota para ir para o trabalho ou regressar a casa. O melhor é iniciar a viagem a pensar que o mundo inteiro conspira contra nós, e estar o mais atento possível aos obstáculos e dificuldades que se nos apresentem à frente. Com a chuva, além da já tradicional e irritante azelhice dos cidadãos automobilizados, há que ter atenção às partidas que a chuva proporciona. Se estradas de paralelos já secas são perigosas, molhadas são um desastre à espera de acontecer. O mesmo em relação aos carris dos elétricos, junções metálicas, tampas de esgoto e passadeiras ou outra sinalização aplicada no pavimento. Pensar que a chuva arrasta coisas, e muitas vezes locais que são habitualmente seguros podem de um momento para o outro tornar-se perigosos graças a detritos que são levados pela água. As poças de água misturada com óleo visível sob a forma de um líquido multicolor ou uma espuma branca, que adicionalmente podem esconder buracos, paus, pedras e outras coisas que facilmente nos deixam estendidos no meio do chão, se lhes tentarmos passar por cima.

[Imagem: Bridgestone_rain.jpg]

Para além da manutenção básica da mota, estado dos pneus, lubrificação da corrente, etc., o derradeiro recurso para que a prática do motociclismo à chuva decorra com um mínimo de conforto, em condições razoáveis de segurança e sem problemas de maior, somos nós próprios. Face a condições adversas, devemos adotar uma postura adequada no que diz respeito à estrada e à condução a praticar. As distâncias a considerar para ultrapassagens, paragens ou travagens de emergência serão sempre maiores. A sensibilidade do acelerador para arranques, reduções e outras manobras específicas terá de ser adequada. As inclinações e as aproximações/entradas/saídas de curva terão de ser ajustadas. Considerar que somos (ainda) menos visíveis, pelo que a antecipação em relação a tudo o que nos rodeia em geral tem de ser mais apurada, e só de nós depende isso e devemos isso a nós próprios, portanto, façam o favor de rolar em segurança, mesmo que encharcados até aos ossos, para não mencionar outras partes anatómicas frequentemente afetadas.

V


Eu tenho top case e para mim é o melhor levo tudo o que preciso, tenho dois gostos motas e saltos, ora de saltos é impossível andar de mota por isso lá vou eu sempre com os saltos na mala para trocar
Não temos tantos dias de chuva como a maior parte de vocês mas fico sempre apreensiva porque tudo pode acontecer, e vou sempre a pensar em como tenho de reduzir com cuidado, não parar nas linhas brancas que parecem azeite e para minha sorte a maior parte das tampas de esgoto são a meio da via já para não falar nos rasgos de obras feitas e mal acabadas, tudo contra mim. Mas lá vou toda protegida com fato, luvas, que são uma grande ajuda não sentir a chuva e o frio mas o chato é a viseira, as gotas que dificultam a visibilidade tenho de ir com ela ligeiramente aberta para não ficar embaciada.
Mas sem mala era mais chato, quando tinha a 125 não tinha e andava de mochila, agora com mala é arrumar tudo e bora lá


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