Limite de 30 kms/h em França
#1

Ahhh caralhes... já vejo esta norma muito em breve implementada por cá e a malta de mota em Lisboa a levar grantes ratadas das bicicletas e trotinetas que não carecem de matrícula, seguro, IUC, IPO, carta de condução, respeito pelo código de estrada, civismo, etc. etc. etc...

Como diz o Nelson, "admira-me como ainda nos deixam andar de mota"!

Citar:30 km/h é agora norma em muitas cidades de França

[Imagem: limitation-vitesse-30-km-h-montpellier-niort-hd.jpg]

O limite de velocidade de 30 km/h está-se a generalizar entre os municípios de França. Se o anúncio desse limite em Paris gerou muita controvérsia, a Cidade Luz pital está longe de ser um caso isolado.

Grenoble foi a primeira cidade a estabelecer o limite dos 30 km/h em 2016, seguida por Begles e depois Lille no final de 2019, antes de Nantes.

No final de Julho esse limite tornou-se norma em Paris e, se por acaso vai para lá não o exceda ou arrisca-se a ser autuado.

[Imagem: archivo.jpg]

Desde o passado domingo, Montpellier também reduziu o limite para 30 km/h, sendo uma excepção para algumas vias os 50 km/h. De acordo com a prefeitura, o objetivo da medida é melhorar a segurança dos utentes, em especial dos mais vulneráveis. Em Niort as coisas ainda são mais apertadas, com toda a zona centro limitada aos 30 e as designadas “zonas de encontro” limitadas a apenas 20 km/h. Bom, isto numa moto nova de 1000cc, com EU5 e todas as limitações dessa norma… é praticamente impossível de cumprir!

[Imagem: dgt.jpg]

De acordo com um estudo realizado em Grenoble pelo Cerema, a redução dos limites de velocidade está a dar frutos, com uma queda significativa nas velocidades praticadas e uma diminuição nos acidentes tanto em número como em gravidade. Por outro lado, o argumento ecológico que muitas vezes é apresentado para defender este tipo de plano não foi mencionado.

Portanto, se for viajar para França, tenha cuidado com o punho do acelerador. Nós por cá, ficamos bem com os 50 km/h… mas sabemos que também já existem zonas abaixo desse limite!

Fonte: Motosport
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#2

O problema nem esta nas ratadas das bicicletes, trotinetes ou seja o que for. Essa velocidade nao permite grande fluidez de circulaçao. E se cidades como lisboa ja eram penosas pelo transito caotico, so vao ficar pior, se decidirem importar essa medidas da treta.
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#3

Por aqui já há muitos meses que há sinais destes.
Mas como qualquer outro sinal de limite de velocidade, encaro mais como sugestão.
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#4

É interessante observar a evolução no que diz respeito à segurança dos veículos nos últimos 30 anos.

Nem cintos de segurança atrás tinham.
Hoje não falta electrónica para os tornar mais seguros.
E até normas obedecem para serem mais "fofinhos" em caso de colidir com um peão.

Depois assiste-se a esta regressão no no que diz respeito a limites de velocidade...
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#5

Acho bem. Em especial junto de zonas residenciais e de escolas.
As pessoas andam cada vez menos a pé. Para percorrerem 500m pegam no carro.

Apesar do aumento de segurança das viaturas motorizadas, o número de viaturas que circulam também aumentou... e muito! Quando eu era miúdo o normal era haver uma viatura por família. E conheci muitas famílias cuja única viatura era uma motorizada! Hoje um agregado familiar pobre tem pelo menos um automóvel.

Eu apesar de andar de moto e automóvel, corro e ando de bicicleta. Uso a bicicleta de dois modos: treinos e para commuting dentro do bairro. Devo dizer que me sinto mais seguro na N10 a ser ultrapassado por camiões do que no bairro (onde não existem ciclovias) a levar razantes constantes a mais de 50kmh! E recuso-me a pegar no carro para ir ao pão (a 500m de casa).

Quantos jogavam à bola na rua (em putos) e agora acham impensável deixar uma criança de 10 ir para a escola sozinha pelo passeio?!
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#6

Se acabarem de vez com as motos... garantem que pelo menos a sinistralidade em duas rodas fica em ZERO...
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#7

Raras vezes vi tamanho chorrilho de disparates e argumentos ao lado do tema em questão, num único post.

(06-08-2021 às 16:02)cconst Escreveu:  Acho bem. Em especial junto de zonas residenciais e de escolas.

Isso já acontece pontualmente e não é a mesma coisa que generalizar a circulação a 30 kms/h numa cidade inteira.

(06-08-2021 às 16:02)cconst Escreveu:  As pessoas andam cada vez menos a pé. Para percorrerem 500m pegam no carro.

Então vamos castigá-las, obrigando-as a andar de carro mais devagar do que se fossem a pé.

(06-08-2021 às 16:02)cconst Escreveu:  Apesar do aumento de segurança das viaturas motorizadas, o número de viaturas que circulam também aumentou... e muito! Quando eu era miúdo o normal era haver uma viatura por família. E conheci muitas famílias cuja única viatura era uma motorizada! Hoje um agregado familiar pobre tem pelo menos um automóvel.

Ah... bons tempos em que uma viatura familiar era uma boa e velhinha V5 para transportar todo o agregado ao molho e de forma segura, "indian style" (daí o V5 = "vai 5").

(06-08-2021 às 16:02)cconst Escreveu:  Eu apesar de andar de moto e automóvel, corro e ando de bicicleta. Uso a bicicleta de dois modos: treinos e para commuting dentro do bairro. Devo dizer que me sinto mais seguro na N10 a ser ultrapassado por camiões do que no bairro (onde não existem ciclovias) a levar razantes constantes a mais de 50kmh! E recuso-me a pegar no carro para ir ao pão (a 500m de casa).

Eu também ando de carro, mota, bicicleta e a pé... ainda assim... não percebi este racional. Talvez porque quando ando de bicicleta evito as estradas e quando ando a pé uso o passeio.

(06-08-2021 às 16:02)cconst Escreveu:  Quantos jogavam à bola na rua (em putos) e agora acham impensável deixar uma criança de 10 ir para a escola sozinha pelo passeio?!

Portanto, reduzindo a velocidade máxima para 30 kms/h dentro de Lisboa, por exemplo, poderemos voltar a ver magotes de crianças sem o acompanhamento de adultos, a correr livremente Av. da Liberdade abaixo a caminho da escola ou a jogar à bola nos Restauradores.
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#8

(06-08-2021 às 17:08)marco.clara Escreveu:  Raras vezes vi tamanho chorrilho de disparates e argumentos ao lado do tema em questão, num único post.

(06-08-2021 às 16:02)cconst Escreveu:  Acho bem. Em especial junto de zonas residenciais e de escolas.

Isso já acontece pontualmente e não é a mesma coisa que generalizar a circulação a 30 kms/h numa cidade inteira.

Prefiro ver a coisa ao contrário. Tudo a 30Kmh e depois criam-se excepções nas vias de ligação. Não faz sentido algum encher os bairros residenciais com sinalética específica.

(06-08-2021 às 17:08)marco.clara Escreveu:  
(06-08-2021 às 16:02)cconst Escreveu:  As pessoas andam cada vez menos a pé. Para percorrerem 500m pegam no carro.
Então vamos castigá-las, obrigando-as a andar de carro mais devagar do que se fossem a pé.

Castigar? Mas consegues andar a pé a uma velocidade de 30kmh? Eu nem de bicicleta!
Castigar era obrigar alguém a andar a pé a 30kmh!!!

(06-08-2021 às 17:08)marco.clara Escreveu:  
(06-08-2021 às 16:02)cconst Escreveu:  Apesar do aumento de segurança das viaturas motorizadas, o número de viaturas que circulam também aumentou... e muito! Quando eu era miúdo o normal era haver uma viatura por família. E conheci muitas famílias cuja única viatura era uma motorizada! Hoje um agregado familiar pobre tem pelo menos um automóvel.

Ah... bons tempos em que uma viatura familiar era uma boa e velhinha V5 para transportar todo o agregado ao molho e de forma segura, "indian style" (daí o V5 = "vai 5").

Bom... parece-me que apenas vês o que queres ver.... ou o que te dá jeito. E tirando o que escrevi do contexto até comentaste acertadamente. No entanto, no contexto global do meu comentário, este excerto serve apenas para evidenciar que dependemos em demasia dos automóveis. É possível viver com menos automóveis.

(06-08-2021 às 17:08)marco.clara Escreveu:  
(06-08-2021 às 16:02)cconst Escreveu:  Eu apesar de andar de moto e automóvel, corro e ando de bicicleta. Uso a bicicleta de dois modos: treinos e para commuting dentro do bairro. Devo dizer que me sinto mais seguro na N10 a ser ultrapassado por camiões do que no bairro (onde não existem ciclovias) a levar razantes constantes a mais de 50kmh! E recuso-me a pegar no carro para ir ao pão (a 500m de casa).

Eu também ando de carro, mota, bicicleta e a pé... ainda assim... não percebi este racional. Talvez porque quando ando de bicicleta evito as estradas e quando ando a pé uso o passeio.

Epah... andar de bicicleta não é ir meter a bicicleta no carro (ou nas barras do carro) e ir com os "putos" passear para a beira Tejo. É usar a bicicleta no dia a dia. Ir buscar os miúdos à escola de bicicleta, ir à mercearia de bicicleta... Tás ver? Fazer coisas do quotidiano que normalmente se faz de carro, mas dá para fazer de bike! E em locais onde normalmente não existem ciclovias (pensa em bairros como o de Alvalade, Benfica, Olivais,... tantos outros por essa Lisboa que foi construída numa altura em que as ruas eram feitas para se andar a pé ou de carro de bois.

(06-08-2021 às 17:08)marco.clara Escreveu:  
(06-08-2021 às 16:02)cconst Escreveu:  Quantos jogavam à bola na rua (em putos) e agora acham impensável deixar uma criança de 10 ir para a escola sozinha pelo passeio?!

Portanto, reduzindo a velocidade máxima para 30 kms/h dentro de Lisboa, por exemplo, poderemos voltar a ver magotes de crianças sem o acompanhamento de adultos, a correr livremente Av. da Liberdade abaixo a caminho da escola ou a jogar à bola nos Restauradores.

Não. A ligação não é direta. Mas sentir-me-ia mais seguro em que a minha filha - p.e. - circule de bicicleta comigo quando a levo à ginástica, escola, ballet ou...
A referência à Av. da Liberdade é interessante... Era bom que a liberdade e direito que um ciclista tem em andar na estrada fosse respeitado por todos aqueles que também a partilham!



Eu sei que a malta aqui é petrohead e eu também tenho um bocado de gasolina nas veias. Mas caramba... tanta estrada boa por esse país fora para andar a gastar gasolina apenas para chegar a casa com um sorriso de orelha-a-orelha... porquê tanta coisa que de resultado prático tem muito pouco, já que - pelo menos em LX - em hora de ponta será raro o automóvel que ande mais depressa que os 30kmh?

Mas são opiniões, e és livre de ter a tua, tal como eu sou livre de ter um "chorrilho de disparates" como opinião. Tem tudo a ver com a vivência do dia-a-dia de cada um.
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#9

Sinceramente não vejo que 50 kms/h seja uma velocidade excessiva para uma cidade (salvo as exceções já referidas) que justifique uma mudança para 30 kms/h. Se leres a notícia original está lá referido um ponto interessante, que é o da própria dificuldade que isso representa em termos de condução.

Quanto ao comentário do "castigo" de andar a essa velocidade, obviamente que estou ciente que ninguém anda a pé a 30 kms/h (estava a ser sarcástico). Por outro lado de trotinete (algumas) e bicicleta é algo que garantidamente acontece com relativa facilidade e frequência (um dos motivos dos muitos acidentes que têm ocorrido com estes veículos em Lisboa).

Sobre eu ver o que quero ver e o comentário de usarmos em demasia automóveis... se por um lado concordo com o que referes da malta que vai levar o lixo ao contentor de carro, por outro acho que vivemos num país onde não existem alternativas efetivamente viáveis a essa libertação dos carros por parte de todos. Se dentro de Lisboa já é relativamente fácil circular de transportes e outros meios mais "eco friendly", a maioria das pessoas que vivem nos chamados "dormitórios" em seu redor, não têm muitas vezes alternativas viáveis simplesmente para chegar até lá (ou simplesmente ter onde deixar o carro). Uma vez mais, continuo a não ver a relação deste argumento específico com o tema em discussão.

Quanto ao conceito de "andar de bicicleta", depende de cada um. Eu ando todos os dias e não faço a utilização que referes. Não deixa de ser "andar de bicicleta". De qualquer forma, se reparares no meu comentário, o que pretendia evidenciar é que andar a pé ou de bicicleta no meio da estrada é diferente de andar fora dela, seja num passeio ou ciclovia respetivamente. E sem querer abrir a porta a outra discussão comum, enquanto ciclista frequente sou daqueles que acha que uma bicicleta na estrada não tem os mesmos direitos que um veículo automóvel - para isso seria necessário ter também os mesmos deveres.

Em relação à segurança das crianças, devo dizer que hoje em dia a maioria das pessoas me parece mais amedrontada de deixar os seus filhos na rua à mercê de um "predador" do que um veículo bem lançado.

Sobre ser petrolhead, desejar poder andar a mais de 30 kms/h numa cidade, digamos assim na loucura nos 50 kms/h, não me parece um sonho de um piloto de MotoGP, mas admito que possa ser eu que tenho os meus padrões todos lixados.

Quanto ao teu último comentário, desculpa se fui excessivo e ofensivo com o termo "chorrilho de disparates". De facto, estamos apenas a exprimir opiniões e o termo não foi o mais feliz da minha parte. Não quero também tornar este tópico em mais uma daquelas discussões sem fim em que tentamos impor a nossa opinião um ao outro, pelo que se chegar a esse ponto rapidamente te vou responder... "leva lá a bicicleta"! lol

Peace! V
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#10

Este contraditório é salutar. Eu sei que foste - como habitualmetne és - provocador. Tentei-o ser na resposta (até fiz quotes aos quotes!!!) mas confeaao

EDIT.,,
Publiquei a meio...

... confesso que tenho pouca prática nisto de respostas em Foruns...

Esta história dos 30kmh já tem alguns exemplos com "sucesso" na redução da sinistralidade e melhorias no centro de cidades (se bem que essas me pareceram bem mais pequena que uma Lisboa)
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