Suzuki desenvolve moto híbrida de admissão forçada
#11

(16-10-2015 às 06:20)Lusitanian Escreveu:  Acho que as marcas já começam a exagerar, especialmente nos investimentos direccionados para motas de performance com mais de 190 CV. Quer dizer, qual é o interesse que ter uma mota tão potente? Faziam melhor em investir nas possíveis tecnologias que melhorem o desempenho, a segurança, e por aí adiante.

Há poucos dias conduzi uma Benelli BN302. Fiquei surpreendido com a mota. Uma 300cc com um som espectacular de origem, que praticamente todas as japonesas não têm, tem forquilhas invertidas, suspensão traseira regulavel, corpo de uma mota 600cc, postura de condução direita e muito confortável, motor económico e espevitado ao mesmo tempo, com um doseamento do acelerador bastante suave e linear. Tem força que chega e sobra para o dia-a-dia. Preço excelente. Uma mota que impressiona bastante pela positiva, e mal falam dela. E no fim é uma 300cc.

E um gajo pensa para quê ter uma mota tão potente?

Se não tivesse olhado para quem escreveu e não tivesse tão bem estruturado o texto, dizia que era o Pires a escrever. lol

Agora a sério, o Lone já te respondeu à tua pergunta. Existem outras razões, não seja mais para fanfarronice ou o que seja. O importante é existir escolha, pois o que serve a uns não serve a outros. E se não se quebrarem limites as coisas não evoluem. Se ninguém tivesse tentado quebrar os limites ainda hoje tinhas motas como à 30 anos.

A minha máquina (e ex):
KTM 1290 SuperAdventure S
KTM 1290 Super Duke GT
Kawasaki Versys 1000
Yamaha FZS 600 Fazer

[Imagem: censorship2.jpg]
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#12

(16-10-2015 às 06:20)Lusitanian Escreveu:  Acho que as marcas já começam a exagerar, especialmente nos investimentos direccionados para motas de performance com mais de 190 CV. Quer dizer, qual é o interesse que ter uma mota tão potente? Faziam melhor em investir nas possíveis tecnologias que melhorem o desempenho, a segurança, e por aí adiante.

É natural que as soluções mais revolucionárias ou inovadoras, primeiramente, sejam recurso dos modelos no topo da gama de qualquer construtor. Pois são estes normalmente os porta-estandartes da marca, e é neles aonde os benefícios são mais imediatamente visíveis e expressivos.

O recurso à sobrealimentação de motores, é um bom exemplo disto, no mundo automóvel. Por exemplo, a recorrência a turbos ou compressores, dantes, existiam apenas em carros desportivos, de altas prestações ou topos de gama. Hoje em dia, são comuns a todos, mesmos os mais espartanos e de baixas cilindradas.

Nas duas rodas, e apesar de já terem havido alguns (poucos) exemplos passados de motos "turbinadas", a Recursion torna-se aliciante precisamente por ser uma média cilindrada, que é francamente beneficiada no seu comportamento e prestações, com a utilização de uma solução deste tipo. E é isto que eu gostava de ver.
Seria bem mais interessante, e acima de tudo utilizável, ter uma 500cc, com 110cv, um binário de 80Nm, e a consumir 4lts./100, do que ver aplicadas estas tecnologias somente a potências estratosféricas, muitas vezes pouco reais e adequadas ao utilizador comum.

(16-10-2015 às 06:20)Lusitanian Escreveu:  Há poucos dias conduzi uma Benelli BN302. Fiquei surpreendido com a mota. Uma 300cc com um som espectacular de origem, que praticamente todas as japonesas não têm, tem forquilhas invertidas, suspensão traseira regulavel, corpo de uma mota 600cc, postura de condução direita e muito confortável, motor económico e espevitado ao mesmo tempo, com um doseamento do acelerador bastante suave e linear. Tem força que chega e sobra para o dia-a-dia. Preço excelente. Uma mota que impressiona bastante pela positiva, e mal falam dela. E no fim é uma 300cc.

A Benelli é uma marca histórica que em boa hora foi adquirida e ressuscitada (saudades das poderosas TNT ou Tornado Tre). Segue a tendência de outras, que mantêm os seus "headquarters" na Europa e fabricam na China, conseguindo oferecer produtos, com o devido controlo qualitativo, muito interessantes e concorrenciais, seja em soluções no seu segmento, como no preço final.
Eu vi-as na FIL.... e gostei do que vi, sejam as 300 twin, como as 600 tetra.

[Imagem: QKmafvp.png]
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#13

Há muitos...muitos anos atrás... todas as grandes marcas japonesas tiveram as suas motos turbo-comprimidas em catálogo... só que a electrónica era medíocre na altura... e não eram assim tão diferentes das suas irmãs sem o dito turbo... e com a agravante que eram tipo on/off... imaginem a fazer umas curvas de montagem... e aquilo dá em dar o coice a meio duma curva de cotovelo... ui....

Com o desenvolvimento da electrónica actual... as coisas são mais fáceis de controlar... e posso estar enganado... mas isto pode muito bem passar por fazer motos com cilindradas baixas turbo-comprimidas... vamos ver se as coisas pegam e o consumidor adere... mas para isso as marcas terão de mandar cá para fora máquinas "racionais"... e não coisas como as H2R

A Honda tinha as CX500/650 Turbo com injecção electrónica e 82cv

[Imagem: Vergleich_Honda_CX_500_650_Turbo_Kawasak...073843.gif]

A Suzuki tinha a XN85D com injecção electrónica e 85cv

[Imagem: Suzuki%20XN85Turbo%2084%20%205.jpg]

A Yamaha já tinha a sua XJ650T mas carburada com 90cv

[Imagem: Yamaha%20XJ650%20Turbo%205.jpg]

e a Kawasaki a GPz 750 Turbo também injectada com 115cv

[Imagem: Kawasaki%20GPZ750%20Turbo%20%203.jpg]

Já nos anos 80, este sistema foi usado em motos com cilindradas mais baixas... 500/650, só a Kawasaki usava um motor sete e meio.

Acho estas GPz muito bonitas... bem desenhadas para a época...

E depois vem a BMW dizer que foi a primeira a usar injecção.... pfff....

[Imagem: SM4eYt9.png]
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#14

Obviamente, para fazer viagens e etc, uma 300cc não é a melhor coisa. Mas quantas vezes iremos viajar? Justifica ter uma mota de 8 mil euros para cima, com os custos de manutenção etc, só porque num ano decido fazer umas 5 ou 10 viagens?

Mas reconheço, que para fazer uma viagem prefiro uma mais potente. Para mim, faz mais sentido alugar uma moto por X dias e divertir-me (apesar de os preços serem altos). Engraçado é, fiquei muito confortavel em cima desta Benelli do que na minha SV650, que tem um banco duro e suspensão traseira rija. smile
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#15

Lusitanian...
Estas a excluirme não estás! ?
É verdade que saio pouco, mas dos quase 15000 km que fiz com a Dorothy, 5000 com a Maria e os que não contabilizei com a Dulcinea (+/-3000); isto só este ano, uma boa parte (uns 70%) foram a fazer mototurismo.
É verdade que existe muita gente que não sabe que fazer ao dinheiro e compra altas máquinas para as ter a ganhar pó na garagem.
Tal e qual como eu, que não sei o que fazer ao dinheiro e por isso queimo-o em gasolina a conhecer mundo.

No mercado existe um vasto leque de opções e aqueles, como eu, que gostam de sentir musculo no pulso, compram grandes maquinas. Maquinas essas, como ja foi referido, são os navios almirante da marca, carraegados de tecnologia e inovações que num futuro próximo se extenderam às demais motos do fabricante!

I just don't run with the crowd!

www.loneriderendlessroad.com
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#16

Por acaso há uns tempos vi uma Benelli em frente à Judiciária ali ao lado do Liceu Camões em Lisboa... e é realmente uma moto bonita, bem acabada, com pormenores interessantes e com bons materiais...

[Imagem: dsk-benelli-tnt-300.jpg]

É verdade que esta moto, como em outras, fazem tudo os que as grandes fazem... mas não são a mesma coisa...

Eu já tive um punhado de motos neste mais de 20 anos em cima de motos... eram todas diferentes... e os modelos foram mudando consoante o meu estado de espírito e postura no motociclismo...

tive motos que não prestavam, tive motos muito boas, tive motos que avariavam, tive motos radicais, tive motos rápidas, tive motos LENTAS... tive motos racionais e tive motos eficientes... tive motos fáceis, e tive motos muito dificeis... enfim...

Agora tenho uma Suzuki GSXR 1100 WP... não é racional, não é confortável, não é economica, não é fácil de usar, não é leve, não é barata de manter... mas porque será que gosto tanto de a conduzir...

[Imagem: SM4eYt9.png]
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#17

Por acaso conheço quem tenha uma Kawasaki GPz750 Turbo, precisamente dessa cor, comprada nova, em estado de museu... e com muitos quilómetros feitos.
Tem um painel de instrumentos muito interessante. No seu tempo devia parecer algo vindo do futuro. lol

Em Fevereiro devo estar com ele. Depois tiro uma foto para meter nos avistamentos.
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#18

(16-10-2015 às 20:34)Lusitanian Escreveu:  Obviamente, para fazer viagens e etc, uma 300cc não é a melhor coisa. Mas quantas vezes iremos viajar? Justifica ter uma mota de 8 mil euros para cima, com os custos de manutenção etc, só porque num ano decido fazer umas 5 ou 10 viagens?

Mas reconheço, que para fazer uma viagem prefiro uma mais potente. Para mim, faz mais sentido alugar uma moto por X dias e divertir-me (apesar de os preços serem altos). Engraçado é, fiquei muito confortavel em cima desta Benelli do que na minha SV650, que tem um banco duro e suspensão traseira rija.  smile

Não "julgues" o mundo só pela tua verdade, pelas tuas vivências ou pelas tuas necessidades/gostos! blink Como o Lone te mostrou existem pessoas, eu incluído, que não usam só a mota para ir trabalhar ou ir passear à Roca ao domingo de manhã, muitos usam-na para muito mais. E se não fores rico, fica mais barato teres uma mota que te faça tudo o que precisas que teres uma das melhores para cada coisa que fazes.

A minha máquina (e ex):
KTM 1290 SuperAdventure S
KTM 1290 Super Duke GT
Kawasaki Versys 1000
Yamaha FZS 600 Fazer

[Imagem: censorship2.jpg]
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#19

Não, Lone Rider, não te excluo. Aliás tenho inveja das viagens que podes fazer quando permite.

Citar:Não "julgues" o mundo só pela tua verdade, pelas tuas vivências ou pelas tuas necessidades/gostos! blink Como o Lone te mostrou existem pessoas, eu incluído, que não usam só a mota para ir trabalhar ou ir passear à Roca ao domingo de manhã, muitos usam-na para muito mais. E se não fores rico, fica mais barato teres uma mota que te faça tudo o que precisas que teres uma das melhores para cada coisa que fazes.

Verdade, mas muitos infelizmente usam mota só para o dia-a-dia e umas voltas e pouco mais. Não sou de maneira nenhuma contra quem compra grandes máquinas. Invejo-os por puderem possuir esses canhões. Nem é esse o caso de discussão.
Mas no fim, olho para a revista que dá destaque a motas de grande cilindrada e com muitos cavalos e tecnologias encima e não tenho interesse nenhum pois não vejo grande proveito real disso, além de fugir á carteira do consumidor comum. Faria mais sentido investir em tecnologias que possam melhorar as motas, como é o caso da Recursion.

Só como exemplo:
Olhei para a Kawasaki H2R na altura da novidade, e pensei para mim: Meh, mais uma para inglês ver! Muito frenesim e etc, mas qual é o mesmo o seu propósito? Ah, tem turbo, fantastico. Numa mota que custa mais de 20 mil euros...rightrolleyes!
Aparece o concept da Suzuki Recursion, fiquei super interessado. Chamou-me a atenção.
A Yamaha MT-09 com o seu CP3 e a MT-07 com o seu CP2, muito interessante. A BOSCH com o novo sistema de ABS (tem nome proprio mas não lembro-me), muito interessante, e por aí adiante.

Esta noticia do motor hibrido é muito interessante, mas perdi o entusiasmo pois pelo que percebi é só para meter 300cv e assim bater a Kawasaki H2R. E nós consumidores comuns, ficamos a comer pipocas (por sinal até gosto). Mas pode até sair algo positivo como sempre sai: neste "espectaculo" de motas potentes poderemos beneficiar de tecnologias que possam servir-nos no futuro e para o futuro.

O MichelPinto disse uma verdade verdadinha:
Citar:E se não se quebrarem limites as coisas não evoluem. Se ninguém tivesse tentado quebrar os limites ainda hoje tinhas motas como à 30 anos.

Só acho que não era preciso tanto... lol  podiam fazer em motas que um normal consumidor pudesse ter. Digo eu...

Fica o testamento  smile
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#20

A questão Lusitanian é que até chegar às motas que a maioria das pessoas pode comprar, primeiro tem que evoluir e tornar-se barato. Como acontece em tudo, computadores, telemóveis, carros, etc etc. Isso é a própria evolução que funciona assim, e ela começará sempre nas modelos mais caros como referiu se não me engano o Carlos mais atrás. Terás isso possivelmente daqui a 10 anos em quase tudo o que seja mota, e só será possível por o fazerem hoje da forma que fazem. E vez isso com o ABS, controlos de estabilidade, etc etc.

A minha máquina (e ex):
KTM 1290 SuperAdventure S
KTM 1290 Super Duke GT
Kawasaki Versys 1000
Yamaha FZS 600 Fazer

[Imagem: censorship2.jpg]
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