02-08-2018 às 12:29
A imagem que temos da HD são pomposos "ferros", grandes, pesados compridos, na sua maioria com uma enorme proliferação de cromados e que se arrastam pelas enormes rectas das estradas trans-americanas.
Mas as vicissitudes do mercado global actual, não contemplam caprichos. É conhecido o apuro financeiro porque a marca de Milwaukee tem passado nos últimos tempos, com quebras enormes nas vendas a nível geral.
Aliás, o lançamento da gama "street" e motores mais pequenos há meia dezena de anos, estabelecendo novos centros de produção na India, e lançando produtos mais espartanos e baratos, já augurava a abertura a novos mercados e extractos de clientes.
Neste capítulo, assiste-se assim a uma verdadeira revolução na oferta do construtor americano, a que deram o nome de "More Roads to Harley-Davidson".
https://youtu.be/j2XglhtZTbA
E espante-se... ou não... neste momento a Harley desvenda o lançamento de novos produtos, em outros segmentos e estilos, que não as cruisers e suas derivadas.
Esta estratégia assenta assim na seguinte política:
«Novos Produtos – Manter os condutores actuais envolvidos e inspirar novos condutores mantendo a liderança no heavy-weight e abrindo novos mercados e segmentos.
Acesso Mais Amplo – Chegar aos clientes onde quer que se encontrem e envolvê-los com uma experiência de retalho multi-canal.
Concessionários Mais Fortes – Impulsionar uma estrutura de desenvolvimento para melhorar a força financeira do concessionário e a experiência de cliente Harley-Davidson»
O recente exemplo da eléctrica Livewire, já desvendada há um par de anos (que eu pude ver ao vivo na EICMA), é o primeiro exemplo desta revolução...
Outro dos exemplos é a recém apresentada Streetfighter 975... uma naked que mete de lado todo o classicismo típico e actual da HD e se apresenta com um conceito e imagem à semelhança de outras propostas de construtores concorrentes.
Ainda que dentro da HD, já se tivesse visto isto, com a VR1200 ou mesmo com a "paralela" Buell (até no facto de manter a usual transmissão final por correia), esta streetfighter marcará toda uma linhagem diferente daquilo que tem saído da fábrica americana. Novo motor V2 com refrigeração líquida, ciclística (aparentemente) em linha com a concorrência e um design aguerrido (para mim, a fazer-me lembrar uma mescla entre a Bulldog e a MT-01).
Parece confirmada para 2020.
Outra das novidades já desvendadas oficialmente é a H-D estar prestes a lançar um modelo totalmente inesperado, com uma maxi-trail / adventure.
De seu nome "Pan-America", e com base no mesmo motor da streetfighter, mas com 1250cc, esta bizarra "calça-arregaçada" é a proposta de Milwaukee para concorrer no rentável segmento da moda.
Se não vier a convencer pelos atributos mecânicos e de performance (que no caso de uma HD, dá que pensar), penso que dificilmente o fará pelos atributos estéticos... é que a mota é feia (e estranha) como tudo. Mas sabemos que a HD também vive muito do facciosismo dos seus clientes.
A também já desvendada Custom 1250, com o mesmo motor da Pan America, visual musculado e aguerrido, marca uma mudança radical no paradigma da linha cruiser e um seguimento mais arrojado do que já se tinha com o conceito sportster e V-Rod.
Por fim... depois do conturbado período AMF e depois Aermacchi, já num passado longínquo (em que tivemos Harley's de baixa cilindrada e motores "simples"), parece que o construtor irá repensar a sua oferta, com produtos de baixa gama e cilindrada, no intuito de penetrar eficazmente nos aguerridos mercados dos países emergentes, algo que que já acontecia com a gama Street, dentro do universo cruiser. Assim, irão desenvolver uma nova linha de motociclos mais acessíveis e de menor cilindrada,de 250cc a 500cc, impulsionando o acesso e crescimento de clientes da Harley-Davidson nesses mercados em rápida evolução.
Moral da estória: Ahhh pois é... Se não podes vencê-los... junta-te a eles!
Mas as vicissitudes do mercado global actual, não contemplam caprichos. É conhecido o apuro financeiro porque a marca de Milwaukee tem passado nos últimos tempos, com quebras enormes nas vendas a nível geral.
Aliás, o lançamento da gama "street" e motores mais pequenos há meia dezena de anos, estabelecendo novos centros de produção na India, e lançando produtos mais espartanos e baratos, já augurava a abertura a novos mercados e extractos de clientes.
Neste capítulo, assiste-se assim a uma verdadeira revolução na oferta do construtor americano, a que deram o nome de "More Roads to Harley-Davidson".
https://youtu.be/j2XglhtZTbA
E espante-se... ou não... neste momento a Harley desvenda o lançamento de novos produtos, em outros segmentos e estilos, que não as cruisers e suas derivadas.
Esta estratégia assenta assim na seguinte política:
«Novos Produtos – Manter os condutores actuais envolvidos e inspirar novos condutores mantendo a liderança no heavy-weight e abrindo novos mercados e segmentos.
Acesso Mais Amplo – Chegar aos clientes onde quer que se encontrem e envolvê-los com uma experiência de retalho multi-canal.
Concessionários Mais Fortes – Impulsionar uma estrutura de desenvolvimento para melhorar a força financeira do concessionário e a experiência de cliente Harley-Davidson»
O recente exemplo da eléctrica Livewire, já desvendada há um par de anos (que eu pude ver ao vivo na EICMA), é o primeiro exemplo desta revolução...
Outro dos exemplos é a recém apresentada Streetfighter 975... uma naked que mete de lado todo o classicismo típico e actual da HD e se apresenta com um conceito e imagem à semelhança de outras propostas de construtores concorrentes.
Ainda que dentro da HD, já se tivesse visto isto, com a VR1200 ou mesmo com a "paralela" Buell (até no facto de manter a usual transmissão final por correia), esta streetfighter marcará toda uma linhagem diferente daquilo que tem saído da fábrica americana. Novo motor V2 com refrigeração líquida, ciclística (aparentemente) em linha com a concorrência e um design aguerrido (para mim, a fazer-me lembrar uma mescla entre a Bulldog e a MT-01).
Parece confirmada para 2020.
Outra das novidades já desvendadas oficialmente é a H-D estar prestes a lançar um modelo totalmente inesperado, com uma maxi-trail / adventure.
De seu nome "Pan-America", e com base no mesmo motor da streetfighter, mas com 1250cc, esta bizarra "calça-arregaçada" é a proposta de Milwaukee para concorrer no rentável segmento da moda.
Se não vier a convencer pelos atributos mecânicos e de performance (que no caso de uma HD, dá que pensar), penso que dificilmente o fará pelos atributos estéticos... é que a mota é feia (e estranha) como tudo. Mas sabemos que a HD também vive muito do facciosismo dos seus clientes.
A também já desvendada Custom 1250, com o mesmo motor da Pan America, visual musculado e aguerrido, marca uma mudança radical no paradigma da linha cruiser e um seguimento mais arrojado do que já se tinha com o conceito sportster e V-Rod.
Por fim... depois do conturbado período AMF e depois Aermacchi, já num passado longínquo (em que tivemos Harley's de baixa cilindrada e motores "simples"), parece que o construtor irá repensar a sua oferta, com produtos de baixa gama e cilindrada, no intuito de penetrar eficazmente nos aguerridos mercados dos países emergentes, algo que que já acontecia com a gama Street, dentro do universo cruiser. Assim, irão desenvolver uma nova linha de motociclos mais acessíveis e de menor cilindrada,de 250cc a 500cc, impulsionando o acesso e crescimento de clientes da Harley-Davidson nesses mercados em rápida evolução.
Moral da estória: Ahhh pois é... Se não podes vencê-los... junta-te a eles!